quinta-feira, 21 de abril de 2011

I Encontro Estadual de Blogueiros do Rio de Janeiro

Data: 6, 7 e 08/05

Local: Memorial Getúlio Vargas (Praça Luís de Camões, ao lado do Hotel Glória - Metrô Estação Glória)

Presenças confirmadas de Altamiro Borges, Arthur William, Bemvindo Sequeira, Beto Mafra, Brizola Neto, Claudia Santiago, Cris Rodrigues, Eduardo Guimarães, Emir Sader, Hélio Paz, Jandira Feghali, José de Abreu, Luiz Carlos Azenha, Marcos Dantas, Paulo Henrique Amorim, Renato Rovai, Sergio Amadeu, Sr. Cloaca.

Acompanhe neste blog a evolução da organização e mais notícias sobre atrações. Deixe suas idéias em nossos comentários, colabore, pois esse evento é de todos os blogueiros e internautas em geral interessados em um Brasil e um mundo cada vez mais democrático e com maior acesso à pluralidade de opiniões e versões dos fatos.

Apoio:
Coordenadoria de Juventude da Prefeitura do Rio de Janeiro
RioTUR
Centro de Estudos da Mídia - Barão de Itararé
Rede Brasil Atual
DCE-Facha

Como se inscrever?
IMPORTANTE ESCLARECIMENTO: A INSCRIÇÃO SÓ ESTÁ CONCLUÍDA APÓS A INFORMAÇÃO JUNTO À ORGANIZAÇÃO DO EVENTO SOBRE SEU DEPÓSITO DA TAXA DE INSCRIÇÃO. SIGA RIGOROSAMENTE AS INFORMAÇÕES DESCRITAS ABAIXO.
As inscrições podem ser feitas até o dia 30/04 por aqui: http://www.jotform.com/migueldorosario/rioblogprog
Se quiser ajudar a divulgar, divulgue o link de inscrição no seu blog, acrescentando as seguintes informações:
A taxa de inscrição será de R$ 20,00. Enviar comprovante do depósito para o email (encontroblogsrj@gmail.com). No caso do Paypal, o comprovante é enviado automaticamente para a organização do encontro.

- Pagamento
por depósito:

Caixa
...agencia: 0995
Conta: 00010392-9
Digito de Conta Poupança: 013

Banco do Brasil
agencia 0087-6
Conta Corrente 25018-x
Substitua o "x" pelo zero (0) em alguns sites de transferência.
- Para pagar com paypal (aceita todos os cartões):
https://www.paypal.com/cgi-bin/webscr?cmd=_s-xclick&hosted_button_id=DFYTF3RY8JNN4

IMPORTANTE: Neste caso, o preço é de 24,00 porque tem uma taxa administrativa do site que faz o serviço.

Programação
I Encontro Estadual de Blogueiros do Rio de Janeiro

Local: Memorial Getúlio Vargas (Ao lado do Hotel Glória)

Sexta-Feira – 06/05

18 horas – Abertura do credenciamento

19 horas – Palestra: “Democratizar a comunicação para democratizar o Brasil”
Palestrantes: Altamiro Borges, Eduardo Guimarães, Emir Sader, Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim e Renato Rovai.
Mediação: Miguel do Rosário (Blog Óleo do Diabo).

22 horas: Coquetel de Confraternização.


Sábado – 07/05

08:30 horas – Oficina: Construção de blogs e redes sociais (Miguel do Rosário e Sergio Telles)
Painel 1: Rentabilidade e regulamentação da profissão de blogueiro (Suzana Blass)
Painel 2: Direito Autoral (Helio Paz)
Painel 3: Experiências locais de blogs (Cris Rodrigues e Marcio Kerbel)

11 horas – Palestra: “O marco regulatório e o Conselho Estadual de Comunicação”.
Palestrantes: “Paulo Ramos, Marcos Dantas (ECO-UFRJ), Jandira Feghalli, João Brant (Intervozes).
Mediação: Sergio Telles (Blog Opiniões - Sergio Telles).

13 horas – Ato político "Contra o monopólio da mídia" em frente a sede da Globo na Glória.

14 horas - Almoço

15 horas – Palestra: “O plano nacional de banda larga e a universalização da internet”
Palestrantes: Brizola Neto, Cláudia Santiago (NPC), Sergio Amadeu e Ricardo Negrão (Rede Brasil Atual).
Mediação: Theófilo Rodrigues (Blog Fatos Sociais).

17 horas – Lanche.

18 horas – Palestra: "Arte e humor na Blogosfera"
Palestrantes: Sr. Cloaca, Bemvindo Sequeira, Beto Mafra e José de Abreu.
Mediação: Flávio Lomeu (@Porra_Serra_)

22 horas - Festa de Confraternização


Domingo – 08/05

09 horas – Palestra: "A televisão que queremos: TV privada; TV pública; TV estatal; e TV comunitária".

Palestrantes: Arthur William (Intervozes), Ivana Bentes (ECO-UFRJ), Rodrigo Vianna (Record) e Marcos Oliveira (TVComunitária e ABCCOM).
Mediação: Marcos Pereira (Portal Vermelho)

12 horas – Assembleia Final.


Em solidariedade as vítimas de Realengo, Rio de Janeiro.


Quando se reflete sobre o episódio de Realengo, duas conclusões são obvias. A primeira: o assassino sofria de graves problemas mentais. A segunda: sem o comércio ilegal de armas, sem acesso a uma arma de fogo, ele não conseguiria produzir uma tragédia de tamanhas proporções.

Mas a doença mental e o comércio de armas são o suficiente para explicar o ocorrido? Talvez não.

Quando alguém, em momento de transtorno mental, diz: "Sou Napoleão Bonaparte", essa pessoa está indicando uma forma, dotada de significado cultural, necessária para expressar e realizar os desígnios de seu transtorno. Sendo assim, é razoável supor que o mesmo tipo de transtorno se manifeste de forma diferenciada em ambientes culturais diferentes.

Cabe, portanto, examinar o quanto a cultura da violência é um terceiro fator, necessário à ocorrência de episódios como o de Realengo, que não é o primeiro. Houve caso recente, em um shopping em São Paulo, com características semelhantes.

70% da cinematografia importada, apresentada nas TVs brasileiras, pode ser enquadrada no mesmo modelo de filme onde um homem (raras vezes uma mulher) com uma pistola na mão, resolve todos os seus problemas, matando seus inimigos e assim eliminando todo o mal. Essa cinematografia é complementada por outros tantos videogames com o mesmo apelo cultural. E, se a propaganda influencia nossos comportamentos, porque com esses produtos culturais seria diferente?

Em vista do alcance da tragédia é preciso perguntar até que ponto essa cinematografia contribui para dar forma à certos tipos de transtorno mental, até que ponto interessa importar a cultura da violência, quantos episódios como o de Realengo serão necessários para que se desenvolvam ações para reverter esses processos?

Leo Mesentier é Arquiteto do IPHAN e professor da UFF.



Audiência Pública “A CULTURA DA MODA” - ALERJ

Presidente da Comissão de Cultura - Deputado Robson Leite

DATA : 25 de abril de 2011

HORA : 14 horas

LOCAL : Salão das Comissões - Sala 316 do Palácio Tiradentes

Rua Primeiro de Março s/nº – Centro – Rio de Janeiro

Primeira audiência pública sobre cultura da moda do país tem como objetivo verificar as demandas do setor no RJ e formar um grupo de trabalho responsável por organizar o Seminário Estadual de Moda que elegerá os membros da Câmara Setorial de Moda do Estado do Rio de Janeiro.

A criação dessa Câmara é um passo fundamental para que as políticas públicas para a moda sejam organizadas em um Plano Estadual para o setor, sendo formuladas em conjunto pelo poder público e pela sociedade organizada.

Para esta primeira audiência pública estão convidados estilistas, estudiosos, produtores, empresários, profissionais das indústrias e costureiras, estudantes, ONGs, representantes das instituições de moda e do poder público.

E viva o #ptfashion ! ;-)

Participe da campanha “Banda larga é um direito seu! Uma ação pela internet barata, de qualidade e para todos”

Lançamento nacional será no dia 25/4, em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília


A banda larga no Brasil é cara, lenta e para poucos, e está na hora de pressionar o poder público e as empresas para essa situação mudar. O lançamento do Plano Nacional de Banda Larga em 2010 foi um passo importante na tarefa necessária de democratizar o acesso à internet, mas é insuficiente. O modelo de prestação do serviço no Brasil faz com que as empresas não tenham obrigações de universalização. Elas ofertam o serviço nas áreas lucrativas e cobram preços impeditivos para a população de baixa renda e de localidades fora dos grandes centros urbanos.


Enquanto isso, prefeituras que tentam ampliar o acesso em seus municípios esbarram nos altos custos de conexão às grandes redes. Provedores sem fins lucrativos que tentam prover o serviço são impedidos pela legislação. Cidadãos que compartilham sua conexão são multados pela Anatel.


É preciso pensar a banda larga como um serviço essencial. A internet é instrumento de efetivação de direitos fundamentais e de desenvolvimento, além de espaço da expressão das diferentes opiniões e manifestações culturais brasileiras por meio da rede.


Neste dia 25, vamos colocar o bloco na rua: juntar blogueiros, ativistas da cultura digital, entidades de defesa do consumidor, sindicatos e centrais sindicais, ONGs, coletivos, usuários com ou sem internet em casa, todos aqueles que acham que o acesso à internet deveria ser entendido como um direito fundamental. Nossa proposta é unir os cidadãos e cidadãs brasileiros em uma vigília permanente em defesa do interesse público na implementação do Plano Nacional de Banda Larga e da participação da sociedade civil nas decisões que estão sendo tomadas.


O lançamento nacional da Campanha Banda Larga é um Direito Seu! Uma ação pela Internet barata, de qualidade e para todos será feito em plenárias simultâneas em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Brasília, com transmissão pela Internet. O manifesto da campanha, a lista de participantes e o plano de ação estão no site www.campanhabandalarga.org.br. Participe.


SÃO PAULO (SP) - 19h

Sindicato dos Engenheiros de São Paulo

Rua Genebra, 25 – Centro (travessa da Rua Maria Paula)


RIO DE JANEIRO (RJ) - 20h30

Auditório do SindJor Rio

Rua Evaristo da Veiga, 16, 17º andar


SALVADOR (BA) - 19h

Auditório 2 da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia

Avenida Reitor Miguel Calmon s/n – Campus Canela


BRASÍLIA (DF) – A CONFIRMAR

Balaio Café

CLN 201 Norte, Bloco B, lojas 19/31

Oportunidade e oportunismos: teoria e prática em Políticas Culturais no PT

Publicado no site do PT (www.pt.org.br) e na revista Fórum sexta, 08 de abril.

Texto de Idelber Avelar publicado no site da Revista Fórum em 5 de abril traz à tona questões que merecem esclarecimento. Ou o autor desconhece o processo histórico de construção política e programática do PT – ignorando as relações do partido com suas bases, seus governos e lideranças - ou omite deliberadamente essa trajetória com o objetivo de comprovar seu equivocado raciocínio, segundo o qual os avanços na Cultura, durante o Governo Lula, teriam ocorrido “apesar “do PT.


O instrumental político do Partido dos Trabalhadores serviu e serve de base para a construção de muitas políticas em implantação no Ministério da Cultura - construção que não nasce do Governo, mas existe desde o início do PT, com a adesão de diversos intelectuais e artistas ao nosso projeto de país, no que se refere às questões culturais e para além delas.


Data da década de 80 a primeira publicação do partido sobre o tema, denominada “Política Cultural”, com contribuições de Antonio Candido, Edélcio Mostaço, Lélia Abramo e Marilena Chauí. O livro foi editado pela Fundação Wilson Pinheiro, instituição anterior à Fundação Perseu Abramo.


É interessante notar que o texto de Avelar aponta para a suposta “ausência” do PT justo no momento em que a Fundação Perseu Abramo - criada em 5 de maio de 1996 – lança duas novas publicações sobre a temática: As Políticas Culturais e Governo Lula, de Albino Rubim, reconhecido estudioso da temática na UFBA e atual Secretário de Estado de Cultura da Bahia; e a coletânea de textos A Criação de um novo futuro na Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, Esportes e Juventude, da Coleção Brasil em Transformação 2003-2010, resultado de oficinas entre diferentes construtores das políticas.



A trajetória do PT enquanto gestor da Cultura não se iniciou no governo Lula. Aquilo que convencionamos chamar de ‘O modo Petista de governar’ começou nas gestões locais e vem se consolidando no plano nacional. No início do governo Lula, o Ministro Gilberto Gil citou o programa de governo “A imaginação à Serviço do Brasil”, construído por diversos segmentos e muitos gestores locais como Márcio Meira, Hamilton Pereira, Antonio Grassi, João Roberto Peixe, Sérgio Mamberti, Margarete Moraes, Marco Aurélio Garcia e muitos outros colaboradores. Boa parte das perspectivas adotadas, como o conceito das três dimensões da Cultura – simbólica, cidadã e econômica – ou a visão antropológica do fazer-saber cultural, estão presentes neste emblemático documento.


É importante ressaltar, mais uma vez, que esse conjunto de conceitos não surgiu espontaneamente em 2002, mas estava em construção desde a campanha presidencial de 1989. Em 2002 demos um salto, promovendo seminários regionais que agregaram ao debate centenas de militantes da área, filiados ou não ao partido.


Um dos maiores equívocos conceituais do texto de Avelar é associar o PT ao modelo ‘bom negócio’ da Lei Rouanet, desconhecendo (ou omitindo) que nossa formulação aponta tradicionalmente para a construção de alternativas ao financiamento da cultura, tendo como eixo fundamental os fundos e editais públicos, o que constitui campo de força para o fim do mecenato como tal. Não fosse assim, uma de nossas bandeiras não seria o Sistema Nacional de Cultura, baseado no conjunto CPF – Conselho e Conferência, Plano e Fundo, unindo integração de conceitos com participação social, distribuição de recursos de forma federativa e descentralizada e planejamento de longo prazo.


A ampliação do debate em torno deste e outros temas deu impulso fundamental para a criação da Secretaria Nacional de Cultura PT e respectivas instâncias regionais, hoje consolidadas em 24 estados da federação. Se, antes, nos reuníamos basicamente nos momentos eleitorais, ganhamos ao longo deste período complexidade e capilaridade, reunindo milhares de militantes que constroem no dia-a-dia um universo de políticas culturais nos diversos níveis governamentais e movimentos sociais.


“Ser petista” do século 21 tem muito a ver com um estado de reconhecimento identitário que se desenvolve e se manifesta em diversos níveis de militância. Para aqueles que não vivem o cotidiano orgânico partidário, pode ser mais simples afirmar a ausência de algo do que participar ativamente da construção de projetos coletivos. O amplo debate e a busca de consensos tem sido uma das marcas fundamentais deste partido com quase um milhão e meio de militantes filiados e com elevado grau de diversidade de forças políticas e pensamentos.


Por certo o Partido dos Trabalhadores não é o único espaço-local de produção e formulação de políticas culturais, mas não será necessária uma pesquisa aprofundada para verificar que foi pioneiro na incorporação da dimensão cultural no seu programa partidário, com resoluções sobre diversos aspectos e políticas estabelecidas no país. Exemplo prático está na formulação de leis e projetos que tramitam no Congresso, a maioria a partir de proposição de parlamentares petistas. Qualquer cidadão, ao verificar as leis em tramitação e as já aprovadas, pode comprovar este fato, seja na emenda constitucional sobre o Plano Nacional de Cultura, na PEC 150 do Orçamento da Cultura, na PEC do Sistema Nacional de Cultura e em tantas outras.


O PT também é pioneiro em publicações que orientam o debate interno, contribuindo para o desenvolvimento da prática na gestão cultural e nos movimentos – todas disponíveis no site do Partido na página da Secretaria Nacional de Cultura (http://www.pt.org.br/portalpt/secretarias/cultura-15.html).


Durante os oito anos do Governo Lula, o PT participou em diversas esferas da gestão do Ministério da Cultura e discutiu diretamente com os gestores os rumos e práticas do MinC. Isso implica não somente compromissos com os resultados, mas também a co-autoria de muitas das inovações e práticas. Novas tecnologias e meios surgiram e a gestão soube acolher e dar oportunidade de crescimento e desenvolvimento a elas, como, por exemplo, à Cultura Digital – que, vale o registro, teve debate específico na campanha de Dilma realizado pela Secretaria Nacional de Cultura do PT em conjunto com diversos militantes do segmento.


As diretrizes propostas para o Governo Dilma foram apresentadas e construídas num processo muito amplo. Ele se iniciou no Congresso do PT em fevereiro de 2010, onde as bases programáticas do PT foram estabelecidas; se ampliou no debate interno, com contribuição de agentes da sociedade; e entrou durante a campanha numa comissão ampla que incluía todos os partidos da coligação. O resultado é público, e é nele que devemos nos pautar para fazer as cobranças necessárias enquanto Partido político no poder e base de sustentação do Governo.


A área da Cultura tem para os próximos quatro anos um programa que aponta os desafios colocados para os avanços, inclusive conceituais, das conquistas obtidas no Governo Lula. Identificar qualquer iniciativa da gestão atual como “ruptura” nos coloca acomodados num determinado degrau, quando temos uma enorme escada para subir.


Toda oportunidade de debater política pública deve ser aproveitada e reconhecida. Mas rebaixar o debate para o nível das acusações genéricas, sem lastro na realidade, não leva a parte alguma – embora possa servir bem àqueles se movem por interesses outros.


Nosso horizonte continua onde sempre esteve.


Morgana Eneile é secretária nacional de Cultura do PT.