quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Recado aos Navegantes





por Sidney Schuindt



Recado aos navegantes que fazem história; que sabem ser contra na hora certa! Os(as) deputados(as) não devem seguir este péssimo exemplo! Vamos à Alerj segunda - dia 20 falar que em Dezembro não é Carnaval, para não tirarem na Carne dos parcos recursos do erário público. Aguardo posição desta SecultRJ. Aplauso e reconhecimento à sua atitude e posição, contra inoportuno e escandaloso aumento salarial dos(as) deputados(as) e senadores(as). Deixo aqui também o meu protesto como cidadão que sou, pelo livre direito de me expressar, visto que matéria deste tipo e peso nunca mereceu sequer consulta do povo brasileiro, pelo qual àqueles(as) se dignam representá-lo. (*) Mensagem de Cidadão aos Homens e Mulheres – Deputados(as) Federais e Senadores(as) do nosso País. Quê Pais é Êste... Norte, Sul, Leste e Oeste! Que tristeza; péssimo presente de natal! Chamem Cazuza, Chamem Ulysses, logo!

O mau uso do cachimbo acaba entortando a boca, diz a sabedoria popular. Mas novamente a indignação sábia e popular, soe acontecer quando os(as) Deputados(as) Federais e Senadores(as) desta nossa República Federativa do Brasil, novamente, rapidamente, aprovam, e sempre, em véspera de nova legislatura, seus aumentos em subsídios e benesses salariais (significando: nem ainda começaram a trabalhar, e já se auto-promovem salarialmente com os parcos recursos do erário público, que a rigor devem ter maior significado de importância em maior acontecimento de Saúde, Educação, Cultura, Segurança, Trabalho e Emprego ...!!!???) A sua arrogância e prepotência esbarram nos mais elementares princípios da ética, da justiça social, quando em nova legislatura prosperam em demagogia cerceadora, inibidora e simuladora de exercício de direitos e valor da dignidade dos trabalhadores aposentados ou não.

Estes sintomas próprios dos(das) hipócritas e dos(as) cínicos(as), demonstram traços evidentes de que temos que mudar o panorama, o caráter desta Cultura Política, não só draconiana mas também oportunista, que permanece nos nascedouros de novas legislaturas sedimentando a “A Filosofia do mais vivo (os outros estão mortos!) ; a Filosofia do mais esperto (passemos os outros para trás, nas filas de necessidades e interesses sociais), pois, gostamos de levar vantagem em tudo: engodo (enganar e iludir o eleitor); abusar do uso do poder (legislar em causa própria – o que pode ser legal, mas não é justo e ético! A lei tem seu primado na ética e justiça social, na dignidade humana.

Diante deste fato, é simples, vamos já mudar esta Cultura Política, eivada de corporativismo, nepotismo, fisiologismo e patrimonialismo (resquícios e resíduos; modelos , não só da Ditadura militar, mas ainda deste frágil Estado Democrático de Direito desta nossa sofrida República Federativa do Brasil, por uma Nova Cultura Política em nossa nação, mediante a construção pela sociedade civil de imediata e inadiável Reforma Política. É tempo de se discutir neste âmbito, aspectos de maior importância da Política: representatividade, papel e alcance do poder legislativo, seu controle social (concessão e suspensão de mandato), e outros maiores, fugindo à discussão umbilical dos políticos, de caráter varejista e provinciano.


Sidney Schuindt é pedagogo- cidadão-eleitor-contribuinte-aposentado

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A Vitória da Cultura nas Eleições 2010



artigo originalmente publicado em http://culturanacionaldopt.blogspot.com/


por Morgana Eneile



Com traços da xilogravura, colorido com as cores do símbolo nacional, faz-se uma bandeira cultural. A campanha Cultura com Dilma esteve em cada canto do País, com atos e atividades que trouxeram ritmo e movimento às tradicionais caminhadas e panfletagens.


Desde o primeiro turno, militantes e ativistas culturais estiveram mobilizados em prol da candidatura Dilma Roussef e ajudaram a eleger a primeira mulher presidenta da República. No segundo turno, com “culturatas” e atos públicos de artistas e intelectuais, fizemos a real diferença quando demonstramos que a disputa de valores, em nossa sociedade, acontece no campo cultural, e a importância da pauta está para além dos elementos estéticos e do entretenimento. Uma boa campanha se faz com cultura e arte presentes na rua e na mobilização.


Em muitos estados, candidaturas comprometidas com a pauta da cultura foram vitoriosas. A bancada federal do PT ganhou com a eleição de deputados estaduais e distritais que fazem parte de Comissões Estaduais e Distrital de Cultura, como o caso de Alessandro Molon (RJ), Artur Bruno (CE), Erika Kokay e Paulo Tadeu (DF), Ronaldo Zulke (RS) e Vicente Cândido (SP). Fátima Bezerra (RN) foi a deputada federal reeleita com o maior número de votos do seu estado. Maria do Rosário (RS) foi reeleita como segunda mais votada do PT.


O Presidente da Frente Parlamentar da Cultura, Geraldo Magela (DF), e o atual Presidente da Comissão de Educação e Cultura, Ângelo Vanhoni (PR) obtiveram expressivas votações. Os deputados Gilmar Machado (MG), Paulo Pimenta (RS), Zezéu Ribeiro (BA), Maurício Rands (PE), autores e relatores de diversos projetos de lei para a Cultura, também se reelegeram.


Infelizmente, perdemos, por ora, alguns combativos parceiros. Os deputados Iran Barbosa (SE), autor da PEC 49 – cultura como direito social, candidato à reeleição; Paulo Rocha (PA), um dos autores da PEC 150 – 2% para a Cultura; Pedro Wilson (GO) e Carlos Abicalil (MT) que foram candidatos ao Senado também não se elegeram e farão falta em nossa bancada da cultura.


Seus projetos continuarão como nossas bandeiras e acreditamos que seguirão na luta em novos espaços.No Senado, o expressivo aumento da bancada fará diferença para aprovação dos projetos, principalmente dos Projetos de Emendas Constitucionais. Para a cultura, aumentamos a nossa participação com a eleição de Ângela Portela (RR) e Lindberg Farias (RJ). A companheira Ideli Salvatti (SC), que cumpriu intensa agenda pela cultura no Senado, foi candidata ao governo do Estado e não estará na nova legislatura. Esperamos que novos senadores e senadoras abracem nossa pauta e possam fazer parte da nossa bancada cultural.


Podemos afirmar que alcançamos um novo status. Se antes a cultura era o entretenimento dos ‘showmícios’, mostramos que é possível ser culturalmente participante, ainda que nossas vozes e gestos não possam ser apropriados do palco. Impomos debate, produzimos matéria e somos prioridade no programa. Que venham novos desafios, seguiremos lutando e mudando com mais cultura para mais brasileiras e brasileiros.


Morgana Eneile é museóloga e está secretária nacional de cultura do PT

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Despedida à Nação

Um dia histórico e vitorioso para a SeCult PT/RJ.

Não podia ser melhor, ontem dia 09/12/2010, foi descerrada a fita de inauguração da SubSecretaria de Cultura da Baixada Fluminense - PT/RJ e a primeira reunião aconteceu. Não temos o nome certo, ainda. Também nos falta um Blog, site e email próprios. Mas o que não nos falta é vontade e a alegria de construir um espaço novo, amplo, democrático e convergente, que represente os anseios e as demandas de uma região quem tem identidade registrada, a Baixada Fluminense.

Foi emocionante! O resultado da reunião foi tremendamente positivo e a cada fala mais se confirmava a necessidade da criação de um Coletivo que pudesse reunir os artistas, militantes e agentes culturais de diferentes municípios.

As fotos já chegaram, falta ainda emitir um documento, com nomes dos participante e com o resumo de algumas falas e as deliberações, tipo ATA de Fundação para ser encaminhada ao PT. A SECULT PT/BF não está pronta, optamos por um processo gradativo de construção, com reuniões itinerantes.

“o fortalecimento do PT nos municípios do interior do estado.”

Nossa militância tem a característica de se movimentar somente nos períodos eleitorais e/ou para as disputas internas. Dessa forma, deixamos diversas lacunas na construção orgânica do Partido. Por isso não podemos parar e mesmo no mês das Festas estamos trabalhando para dar prosseguimento às diretrizes estabelecidas pela Direção do PT/RJ e e pelo Coletivo da SeCult PT/RJ que é “o fortalecimento do PT nos municípios do interior do estado.”

Outras ações similares a da Baixada Fluminense já estão em curso em outras regiões, já iniciamos contatos com o Norte Fluminense, Lagos e Serrana Sul. Alô coletivo, hoje à noite estaremos em Cachoeiras de Macacu para o evento organizado pela companheira Maísa.


Álvaro Maciel

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ana de Hollanda é a nova Ministra da Cultura

 
 
 
 
Ana de Hollanda - filha de Maria Amélia e Sérgio Buarque de Hollanda - irmã de Chico, Miucha e Cristina. Nasceu em São Paulo em 12/08/1948, é cantora, compositora e gestora cultural reconhecida no país por sua atuação em diversos órgãos públicos, entre estes a Funarte e o MIS (Museu da Imagem e do Som), no Rio de Janeiro.

Como gestora na área pública, esteve a frente do Setor de Música e de vários projetos nacionais e internacionais no Centro Cultural São Paulo, da Secretaria de Cultura da capital paulista, nos anos 80.

Foi secretária de cultura de Osasco/SP entre 1986 e 1988. Em âmbito nacional, foi diretora da Funarte entre 2003 e 2007, tendo sido responsável pelas políticas e atividades da área no Ministério da Cultura. Foi nesta função que reativou o consagrado Projeto Pixinguinha, levando-o a todos os estados e regiões do país. Também conduziu o Projeto Orquestras, o Projeto de Circulação de Música de Concerto, o projeto Concertos Didáticos, o Programa Nacional de Bandas, o projeto Painéis de Bandas de Música, o Pauta Funarte de Música Brasileira e a XV e XVI Bienais de Música Brasileira Contemporânea, no Rio.

Também na Funarte coordenou o processo de criação da Câmara Setorial de Música e apoiou diversos festivais, feiras, encontros e mostras de música em todas as regiões brasileiras e organizou a caravana do Projeto Pixinguinha para o Ano do Brasil na França, em 2006.

Desde 2007, é vice-Presidente do Museu da Imagem e do Som, da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.

Carreira artística

Ana de Hollanda também seguiu a carreira artística, que corre nas veias da família. Como cantora e compositora profissional, ela tem quatro discos e interpretações em diversas obras coletivas, além de várias obras suas gravadas por outras cantoras.

Entre 2001 e 2003, a partir de sua ideia original, trabalhou na produção executiva e na pesquisa do documentário “RAÍZES DO BRASIL – Uma Cinebiografia de Sérgio Buarque de Hollanda”.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Rio tem 3 nomes cogitados para o Ministério da Cultura

Nas últimas semanas o debate sobre os ministeriáveis da cultura vem tomando grande espaço nos noticiários.

Surgiram nomes de todas as regiões do país e de características diversas. Parlamentares, artístas, acadêmicos, gestores e etc..

Como este blog se propõe a discutir a política cultural no âmbito do estado do Rio de Janeiro, postarei um breve resumo dos nomes do Rio cogitados ao cargo de Ministro(a) da Cultura do governo Dilma Rousseff. 



Ana de Hollanda




Ana de Hollanda - filha de Maria Amélia e Sérgio Buarque de Hollanda - irmã de Chico, Miucha e Cristina. Nasceu em São Paulo em 12/08/1948, é cantora, compositora e gestora cultural reconhecida no país por sua atuação em diversos órgãos públicos, entre estes a Funarte e o MIS (Museu da Imagem e do Som), no Rio de Janeiro.

Como gestora na área pública, esteve a frente do Setor de Música e de vários projetos nacionais e internacionais no Centro Cultural São Paulo, da Secretaria de Cultura da capital paulista, nos anos 80.

Foi secretária de cultura de Osasco/SP entre 1986 e 1988. Em âmbito nacional, foi diretora da Funarte entre 2003 e 2007, tendo sido responsável pelas políticas e atividades da área no Ministério da Cultura. Foi nesta função que reativou o consagrado Projeto Pixinguinha, levando-o a todos os estados e regiões do país. Também conduziu o Projeto Orquestras, o Projeto de Circulação de Música de Concerto, o projeto Concertos Didáticos, o Programa Nacional de Bandas, o projeto Painéis de Bandas de Música, o Pauta Funarte de Música Brasileira e a XV e XVI Bienais de Música Brasileira Contemporânea, no Rio.

Também na Funarte coordenou o processo de criação da Câmara Setorial de Música e apoiou diversos festivais, feiras, encontros e mostras de música em todas as regiões brasileiras e organizou a caravana do Projeto Pixinguinha para o Ano do Brasil na França, em 2006.

Desde 2007, é vice-Presidente do Museu da Imagem e do Som, da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.

Carreira artística

Ana de Hollanda também seguiu a carreira artística, que corre nas veias da família. Como cantora e compositora profissional, ela tem quatro discos e interpretações em diversas obras coletivas, além de várias obras suas gravadas por outras cantoras.

Entre 2001 e 2003, a partir de sua ideia original, trabalhou na produção executiva e na pesquisa do documentário “RAÍZES DO BRASIL – Uma Cinebiografia de Sérgio Buarque de Hollanda”.

www.twitter.com/anadehollanda



Emir Sader



Emir Simão Sader (São Paulo, 13 de julho de 1943) é um sociólogo e cientista político brasileiro. De origem libanesa, é graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, mestre em filosofia política e doutor em ciência política por essa mesma instituição. Nessa mesma universidade, trabalhou ainda como professor, inicialmente de filosofia e posteriormente de ciência política. Trabalhou também como pesquisador do Centro de Estudos Sócio Econômicos da Universidade do Chile e foi professor de Política na Unicamp.

Atualmente, é professor aposentado da Universidade de São Paulo e dirige o Laboratório de Políticas Públicas (LPP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde é professor de sociologia. É autor de "A Vingança da História", entre outros livros.

Pensador de orientação marxista, Sader colabora com publicações nacionais e estrangeiras e é membro do conselho editorial do periódico inglês New Left Review. Presidiu a Associação Latino-Americana de Sociologia (ALAS, 1997-1999) e é um dos organizadores e idealizadores do Fórum Social Mundial.




Wagner Tiso






Wagner é filho de Francisco Ribeiro Veiga e de Walda Tiso.

Pianista, tecladista, compositor, arranjador, maestro e diretor musical, começou a estudar música por conta própria em Minas Gerais, onde tocava com Milton Nascimento. Mais tarde teve auxílio e instrução do maestro Paulo Moura. Concentrou-se em piano e teclados e integrou as primeiras bandas em Belo Horizonte.

Foi para o Rio de Janeiro em 1964 e lá atuou em diversos grupos (Sambacana, Quarteto de Edison Machado, Paulo Moura, Som Imaginário) e como acompanhante de artistas, como Marcos Valle, Maysa, Cauby Peixoto, Milton Nascimento. Participa de muitas gravações e faz participações especiais em discos e shows.
Nos anos 70, fez arranjos para Gonzaguinha, Paulo Moura, Johnny Alf, MPB-4, Dominguinhos, o próprio Milton e outros. Em 1978 lança o primeiro disco solo, "Wagner Tiso".

Nos anos seguintes gravou muitos outros discos e compôs trilhas sonoras para cinema, teatro e televisão, recebendo muitos prêmios nessa área. É bastante conhecido no exterior, principalmente na Europa, onde se apresenta com freqüência. Atua também na área da música erudita, e já compôs e orquestrou suítes sinfônicas.

Integrante do Clube da Esquina, logo começou a fazer sucesso no exterior, apresentando-se em Atenas e Montreux, e também acompanhando não só Milton, como também Flora Purim, Ron Carter e Airto Moreira.

Um de seus lançamentos mais recentes foi o álbum “Tocar a Poética do Som”. Trata-se de uma parceria com o guitarrista e violonista Victor Biglione. Gravado ao vivo em 2003, durante dois de seus shows realizados na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá (RJ), o álbum apresenta ótimas releituras de grandes clássicos da MPB.

Entre suas composições mais conhecidas estão "Coração de Estudante" (com Milton Nascimento), "Bolero", "Mar Azul", "Nova Estrela", "Armina", "Matança de Porco", "Trem Mineiro" e "Baobab". 




segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O Plano Nacional de Cultura é do Brasil e dos/as Brasileiros/as

Publicado em www.pt.org.br em 02 de dezembro de 2010.


Morgana Eneile

É com muita alegria que assistiremos a sanção da Lei do Plano Nacional de Cultura pelo Presidente Lula. Não é o primeiro plano para a área da Cultura, já que durante a ditadura militar outros documentos de planejamento mereceram este título, em especial na década de 70. Mas é o primeiro que foi construído com ampla participação da sociedade, com debates em todos os estados da federação e tendo passado pelo crivo de duas Conferências Nacionais de Cultura em 2005 e 2010.

Sendo fruto de um processo tão amplo, o Plano é mais um instrumento da Sociedade do que propriamente do Governo. Para o Executivo, as leis são obrigações a cumprir, cabendo a nós, militantes e ativistas da Cultura, fiscalizar sua implementação bem como contribuir com a avaliação das suas diretrizes através do Conselho Nacional de Políticas Culturas, dos Colegiados Setoriais e de diversos fóruns da sociedade.

Assim como no caso do Plano, o momento que vivemos é especial porque é fruto de ampla participação da sociedade. Um momento em que editais, programas, leis e ideias são construídas por meio de consultas públicas, debates intensos e sem distinção de local ou posicionamento político. Ainda assim, para que tais políticas públicas sejam levadas como Política de Estado é necessário unir mobilização social com a resolução política dos que fazem no dia-a-dia a disputa pelos governos e pelo poder para a condução do Estado. E a instituição que disputa o poder na sociedade, a partir de programas constituídos, são os Partidos Políticos.

Nesse sentido, o Partido dos Trabalhadores trabalha intensamente desde sua fundação para construir junto aos movimentos sociais e culturais políticas públicas de Cultura. É reconhecida em nossa trajetória a participação nas gestões de Cultura em cidades e Estados com referências importantes que ajudaram a constituir parte do que é o Sistema Nacional de Cultura, a valorização de Fundos de Cultura e a participação social como eixo fundamental de todo o processo.

Não é por acaso que a ampla maioria dos projetos de lei que tramitam na Câmara ou no Senado tenha autoria de parlamentares petistas, que atuam com protagonismo na Frente Parlamentar da Cultura.

É legítimo, portanto, neste momento importante de definição do novo governo, que partidos políticos e movimentos coloquem seus principais quadros à disposição da composição da nova gestão. E para um Partido que tem não só bons quadros, mas também uma atuação decisiva na área, isto se torna ainda mais uma obrigação.

Não podemos nos condicionar à lógica das indicações de nomes, condicionando a luta e a busca pela consolidação do projeto ao modelo de que em não tendo um personagem específico se acaba a novela. Consolidar políticas públicas demanda projeto e mobilização. O mais importante é a manutenção e a ampliação de tudo o que tem sido feito até aqui. Somos governo, estaremos juntos e seguiremos sempre na luta por mais cultura para o Brasil seguir mudando. 

 Saudações PeTistas e Culturais


Morgana Eneile é secretária nacional de Cultura do PT.

Um Encontro do PT e de Todas as Suas Caras

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O Dia Nacional do Samba e as Políticas Culturais

por Álvaro Maciel


Na minha juventude, por diversas vezes, eu, Maurício, Altair, Julinho e Wanderley Monteiro, descíamos o morro para “reforçar” a roda de samba na casa de D. Vanda Cordeiro, filha de Mário Lago. Nesses encontros, convivemos com bambas do peso de Élton Medeiros, Mariuzinho, Paulão Sete Cordas, Walter Alfaiate (em memória), Délcio Carvalho, dentre outros. Num bate papo entre o historiador Sérgio Cabral e alguns sambistas, pela primeira vez ouvi que nos tempos idos a polícia reprimia as reuniões sociais de famílias negras, somente pela denúncia de que... ”ali tem samba”.
Hoje, quinta-feira 02/11/2010 o RJ -TV mostrou nossa turma reunida lá na Comunidade - Chapéu Mangueira e Babilônia, numa roda de samba. Isso prova que o samba conquistou de vez o seu espaço na sociedade. No entanto, redemocratizar o País perpassa pela democratização da cultura. Sabemos que, além do samba, outras manifestações populares também tiveram reconhecimento negado, explícita ou implicitamente, pela inteligência oficial. Devemos fazer saber, que as grandes peças musicais reconhecidas na Europa têm origem em festas, danças e manifestações musicais oriundas da gente simples do interior, do campo e das aldeias daquele continente.
O popular e o erudito sempre se encontram, não são diferentes do ponto de vista da essência criativa. Então, por que tratar com diferença, um ou outro lado. É importante aqui destacar que, com a conquista do reconhecimento o samba ganha mais força para obter políticas públicas voltadas para ele. O Patrimônio Imaterial é formado por bens que denotam o modo de pensar e de ver o mundo. Portanto, nós do mundo do samba, temos formas, costumes e filosofia próprios. Quando alguém se auto afirma como “sambista”, isso tem um amplo e diverso significado.
Nós, que militamos na área cultural, que participamos no fronte e na retaguarda, temos a obrigação de chamar a atenção da sociedade para esses detalhes. Nossas intermináveis reuniões partidárias pela Cultura, não foram, não são e nunca serão em vão. O samba; de terreiro, partido-alto, de enredo e outras variações; foi reconhecido em 2007, tornando-se Patrimônio Cultural. Esse fato não surgiu assim do nada, precisamos nos lembrar dos companheiros que lutaram nessa empreitada. A postura política assumida por alguns sambistas, juntamente com os militantes da Cultura e gestores públicos do MinC/Iphan, teve influência direta nesse e em outros processos de mudança. A República que já perseguiu tantas manifestações populares, hoje presta sua homenagem ao samba.
Viva o Dia Nacional do Samba!!!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

1º PLANO MUNICIPAL da CULTURA de Petrópolis

Caros amigos e companheiros,
 
É com grande alegria que comunico que está tramitando desde ontem (30/11)na Câmara Municipal de Petrópolis o projeto de lei que cria o 1º PLANO MUNICIPAL da CULTURA. Esse projeto é resultado de um grande esforço coletivo que envolveu a classe artística da cidade, o Conselho Municipal de Cultura e os funcionários da Fundação de Cultura e Turismo de Petrópolis. Importante destacar o apoio incondicional do Prefeito de Petrópolis (PT), Sr. Paulo Mustrangi e do Presidente da FCTP, Sr. Charles Rossi ao projeto. Sem esses dois importantes apoiadores certamente a cidade não estaria hoje comemorando mais essa importante vitória para a CULTURA PETROPOLITANA.
Segue abaixo texto publicado no portal da Prefeitura de Petrópolis.
Saudações Culturais, 


Pedro Troyack

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Monumento a João Cândido



Hoje faz 100 anos que João Cândido liderou o início da Revolta da Chibata.
Não vi nada nos jornais online, nem nos blogs que acompanho diáriamente.
Mas uma vez a história da resistência negra fica esquecida pela mídia tradicional e contemporânea.

Viva o Almirante Negro!

Monumento a João Cândido
  Autor: Álvaro Maciel

As máquinas modernas transportaram
E instalaram
E o povo negro ali

Além do monumento
Diversos sentimentos se instauraram
E se espalharam
E o povo negro ali

João e Joãozinho
Joanas e seus pretinhos
As mães pretas acompanhavam
A história de pertinho

Irmãos de luta
Irmãos de cor
Mar da labuta
Vitória e dor

Sabor tão pessoal
De sal me ocorreu
Eram lágrimas festivas...
Tudo isso aconteceu


sábado, 20 de novembro de 2010

Viva o dia 20 de Novembro, com muita poesia!



Eu participei de muitas reuniões do Movimento Conexão Zumbi João Candido, em prol da instalação da estátua de João Cândido na Praça XV. Foi uma luta árdua para fazer a estátua, divulgá-la e convencer a prefeitura , que não queria liberar o lugar que nós escolhemos para instalar o Monumento. Até que conquistamos a vitória. No dia que o presidente Lula veio ao Rio inaugurar o Monumento à João Candido,  ele disse que estava orgulhoso por tudo o que nós fizemos, eu olhava para o rostos das pessoas , homens mulheres e crianças, uns sorrindo, outros com olhares vidrados no presidente, todos emocionados...  quando vi... senti um gosto salgado nos meus lábios.  João Cândido estava ali, bem no lugar que o Movimento escolheu, onde nosso Herói  trabalhou, lutou e sofreu. Sua vitória veio do exemplo da sua atitude e dos gritos de indignação, que saíram de seus navios e ecoam até hoje pela Cidade do Rio de Janeiro, pelo Brasil e pelo mundo. Salve Jõao! Salve!

Álvaro Maciel

Cândido Irmão
   Autor: Álvaro Maciel

Cândido Irmão é esse João
Cândido Irmão é esse João
Que é João Preto

Sai chibata sai daqui prá lá
A chibata não vai mais cortar
O açoite tem que acabar
Eu te prometo

Acabou
E sonho se realizou
A lua cheia
No cais clareia
O Monumento que João ganhou

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Cultura na pauta e no seu dia

Por Morgana Eneile*


Fazem apenas 40 anos que uma lei determinou o dia de hoje como Dia Nacional da Cultura Brasileira, em homenagem à data de nascimento do intelectual, jornalista e jurista Rui Barbosa. Neste dia 5 de novembro de 2010, recém-saídos de uma vitoriosa campanha eleitoral, temos muito a comemorar.
Quando iniciamos o Governo Lula, em 2003, tínhamos no coração centenas de sonhos e um grande conceito: ampliar a compreensão e a gestão da Cultura para além da relação com os/as criadores/as, mas trazendo as dimensões cidadã e econômica para a pauta.

Oito anos depois, ao entrarmos na campanha eleitoral, tínhamos o que apresentar à sociedade brasileira em contraposição ao modelo “cultura é um bom negócio” aplicado nos oito anos do governo Fernando Henrique. Em que pese o muito a se fazer, não se tem dúvidas de que mudamos a lógica das políticas públicas de Cultura, com participação social, distribuição nacional dos recursos e atendimento à pequena e à grande produção cultural.

Assim, a Cultura mostrou na campanha uma grande vitalidade. Qualquer cidadão que pôde perceber os avanços saiu às ruas para defender este projeto e o voto em Dilma. Mostramos a diferença não somente na defesa de nossas pautas próprias, como Pontos de Cultura, Sistema Nacional de Cultura ou mais recursos, mas principalmente quando estivemos no teatro Oi Casa Grande defendendo valores culturais como símbolo da luta contra a miséria e por educação de qualidade. E como disse nossa presidenta eleita: sem a valorização da Cultura, nada disso é possível de verdade.

Se no primeiro turno a cultura ocupou as ruas, foi no segundo turno que se tornou o carro chefe do simbólico. E é isso que temos como garantia de que Dilma irá dar continuidade aos programas implementados por Lula, ampliando em número e grau as conquistas.

Essa continuidade está expressa no Programa de Governo apresentado à sociedade brasileira e se traduz em 13 pontos que tratam de: Cidadania cultural para todos os brasileiros; Valorização da nossa identidade e diversidade cultural; Cultura como eixo estratégico para o desenvolvimento do país; Fortalecimento do Sistema Nacional de Cultura; Ampliação dos recursos para a Cultura; Estímulo às artes e às atividades criativas; Valorização da Memória e do Patrimônio Cultural; Promoção das línguas, do livro, da leitura e da literatura; Mais cultura e mais educação para os brasileiros; A juventude como protagonista da Cultura; Mais espaços para a Cultura nas cidades brasileiras; Difusão da Cultura com democratização da Comunicação; e Maior presença da Cultura brasileira no mundo. Estes pontos se desdobram em conjuntos de outros, todos disponíveis para o debate e contribuição coletiva.

Este 5 de novembro também é um dia de luta. Na próxima semana o Plano Nacional de Cultura estará na pauta da Comissão de Educação e Cultura do Senado, em sua última votação em caráter terminativo. O Vale Cultura está muito próximo de sua segunda aprovação na Câmara e também seguirá para sanção presidencial. A PEC do Sistema, pronta para sua apresentação na Câmara. Assim, dezenas de projetos necessitam de nossa mobilização cotidiana para avançarem cada vez mais rápido no Congresso.

Vivemos o tempo em que a Cultura brasileira tem pauta política e tem programa. Não viverá dos projetos isolados e necessitará da contribuição de todos/as. Vencemos com projeto e proposta, e temos a certeza de que o Brasil seguirá mudando com mais Cultura para mais brasileiros e brasileiras.
Viva o Dia Nacional de Cultura! Viva o povo brasileiro e sua diversidade cultural!


*Morgana Eneile é Secretária Nacional de Cultura do PT

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Reunião da Cultura - PT/RJ


A Secretaria de Cultura do PT/RJ vem, através desta , convocar seus membros e colaboradores para nossa reunião, que se realizará no dia 17/11/2010, quarta-feira, entre 17h e 20:30 h, no Sindicado dos Administradores, Rua 13 de maio, sala 802 ( local a ser confirmado na terça-feira).

Na oportunidade, trataremos dos seguintes assuntos:

Proposta de Pauta, sujeita à modificação

1) Análise preliminar da Campanha 2010, sob a ótica da Cultura

3) Tirar um posicionamento político sobre o valor estratégico da Sec. Estadual de Cultura do Governo do Rio do Janeiro para o Partido dos Trabalhadores e decidir se vamos ou não entregar um documento para a Direção do Partido.

2) Planejamento 2010/2011. (confecção documento a ser apresentado no dia 05/12 na reunião do Diretório do Partido sobre relação institucional PT/Cultura/Governo, Seminário da Cultura, Organização. Vamos dividir a pauta, o que discutir agora, o que discutir depois.

Atenciosamente,

Álvaro Maciel
Secretário de Cultura PT/RJ

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Hoje tem Tiririca? Tem sim, Senhor! Eleições legislativas e política cultural

Flavio Aniceto

Causou furor a eleição do ator Francisco Everardo para a Câmara dos Deputados pelo desenvolvido, industrializado e cosmopolita Estado de São Paulo. Sim, Francisco é um ator, cujo personagem de mais sucesso e visibilidade é o palhaço Tiririca. Com este personagem, lançou-se à vaga, ganhou tempo de TV, apoio do partido e 1.300.000 votos. Vergonha, achincalhe, etc. e tal, foi o mínimo que se ouviu e leu. A nova é que Francisco “Tiririca” seria analfabeto e portanto inelegível. Tapetão? Ocorre que historicamente, com exceções claras e honrosas, foram os letrados, bem-nascidos e outros que provocaram vergonha na sociedade. Não falo como moralista, nada disso, mas os advogados, juízes, professores, médicos e até sindicalistas, chegando ao parlamento ocuparam-se de interesses de corporações poderosas em detrimento da maioria da sociedade.

Francisco à paisana ou como clown terá algum destaque em Brasília? Provavelmente não. Mas vamos aproveitar o fato para pensar em outros artistas e pessoas da área cultural e a relação destes com as questões de políticas culturais nos parlamentos que os abrigaram. Tiririca, pode ser semi-analfabeto, possivelmente o é, mas quantos intelectuais e artistas, nas câmaras e assembléias Brasil adentro não se mostraram analfabetos funcionais em relação à política cultural ? Prevaleceu, em seus mandatos, o atendimento de balcão, o usar o legislativo para pressionar – no melhor sentido – governos e empresários em apoio para projetos artísticos individuais ou semi-coletivos.

Devem existir exceções, mas a maior parte dos casos conhecidos, ao menos, tendo o Rio “Capital Cultural” como área de observação, foi de inanição e imobilismo dos parlamentares “da cultura” em relação a uma visão estratégica para o setor. Eventualmente defenderam causas legais e cidadãs? Não tenho a menor dúvida. Mas qual a contribuição para uma política permanente para a cultura? Tiriricas...

Aqui na Câmara do Rio, tivemos, citando só nomes recentes (anos 1990): Ruça, produtora cultural e ex-presidente da Escola de Samba Vila Isabel e Francisco Milani, ator, ambos eleitos em 1988, pelo outrora poderoso e cult PCB, e posteriormente o mestre Augusto Boal, teatrólogo e Antonio Pitanga, ator, eleitos em 1992, pelo – na época queridinho das “estrelas” - PT. Algumas legislaturas depois, 2002, acho, elegeu-se para a vereança carioca Stepan Nercessian, então presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos/RJ. Este último agora eleito deputado federal, pelo PPS.

No período Ruça/Milani vivíamos os complicados anos Sarney, Collor e Itamar, o primeiro, pioneiro nas leis de incentivo (cancros que dominam a área cultural até hoje), o segundo conhecido por extinguir as principais instituições de formulação cultural e o terceiro herdeiro em duplo sentido das duas formas. Itamar retomou em seu mandato-tampão as instituições, mas manteve a lógica das leis. E Boal/Pitanga, já eleitos nos anos Itamar e fechando os mandatos no período FHC, com o ministro da Cultura Weffort, radical em concentrar a política cultural nas leis de incentivo.
Evidente que estamos falando de vereadores do Rio e localizando o período na área federal de cultura. Parece uma contradição. Mas partimos do princípio de que as políticas de nível nacional, em quase todas as áreas – na cultura também – inspiram o nível municipal e estadual.

Ruça, Milani, Boal e Pitanga, nos enchem de orgulho, com suas trajetórias profissionais e os mandatos de vereador voltados para a cidadania e justiça social. Infelizmente Milani e Boal já não estão mais entre nós. Mas provavelmente, aos que se interessarem por uma pesquisa da ação legislativa não verão proposições mais gerais sobre cultura e política cultural. Boal adaptou a sua vitoriosa experiência estética e política com o Teatro do Oprimido, para o Teatro Legislativo... Pitanga fez o “Barracão Cultural”. Mas foi pouco e como já dissemos, o período político nacional não apontava para uma visão estratégica, e neste sentido, a produção legislativa também não.

Stepan, já no profícuo período Lula/Gil/Juca Ferreira, nem foi proponente de questões novas – ao menos que tenhamos conhecimento - , assim como não se movimentou em direção a discussão farta e presente no período sobre políticas culturais.

O único projeto estruturante para a cultura, veio do engenheiro Eliomar Coelho, eleito nos anos 1990 pelo PT e atualmente no PSOL, de criação do Conselho Municipal de Cultura. Apresentado em 1991, aprovado quase 20 anos depois, vetado pelo ex-prefeito Cesar Maia e parcialmente aproveitado pelo atual prefeito Eduardo Paes na gestão da ex-secretária de Cultura e deputada eleita, Jandira Feghali, do PC do B.

Ruça, Milani e Eliomar (em sua primeira fase) foram companheiros de Sergio Cabral, jornalista, pesquisador de MPB e produtor cultural, Edson Santos, militante de movimentos sociais e do movimento negro (anos mais tarde, deputado e Ministro da Igualdade Racial), Chico Alencar, professor e atuante também na área cultural (hoje também deputado federal pelo PSOL). Neste mesmo período, a atriz Neuza Amaral foi vereadora e outra veterana atriz, Dayse Lúcide, atualmente fazendo muito sucesso na TV Globo foi deputada estadual por alguns mandatos pelo RJ. Então vejamos que com todos estes quadros político-culturais, não existia na época uma concepção clara de política estruturante para a cultura. Não estavam nas pautas municipais, estaduais e federais.

O ator Stepan Nercessian, deputado pelo PPS/RJ, estará em Brasília a partir de 2011. Provavelmente outros nomes da cultura, das artes e da sociedade estarão eleitos, mas não serão cobrados como o ator Francisco Tiririca. O Plano Nacional de Cultura, o Sistema Nacional de Cultura, a PEC da vinculação orçamentária (2% do orçamento federal para o setor), a nova lei de incentivo PROCULTURA e outros temas estarão tramitando ainda em 2011, pois a morosidade legislativa e o desinteresse político perduram. Muitos deputados que não são especialmente da área cultural contribuíram e contribuirão para o andamento destes projetos.

Agora comprovado que é alfabetizado, sendo diplomado e empossado Tiririca terá que aprender que em Brasília se votam projetos para toda a sociedade, inclusive para os atores, os palhaços, os cantores, os bailarinos, os animadores culturais, os produtores culturais e muitos outros. Mas não só Tiririca tem muito que aprender...


Flavio Aniceto é Produtor Cultural

Senado Aprova Plano Nacional de Cultura – Brasília, 09/11/2010



Companheiros e Companheiras

É com imenso prazer que faço circular a notícia da aprovação do PNC,  pelo Senado, nesta terça-feira, nove de novembro de 2010.

O setor cultural do Partido dos Trabalhadores é um exemplo de luta, garra e dedicação a  causa da Democratização da Cultura no Brasil. Como secretário estadual, eu costumo enaltecer à militância cultural do PT e continuo dizendo que não há em nenhum outro partido tamanho comprometimento. E o Rio de Janeiro, através do histórico do seu Coletivo Estadual de Cultura, ocupa posição de destaque nesse processo.

Hoje da tardinha para noite a Secretaria Nacional de Cultura estará reunida para discussão de nossas pautas atuais e plano de ação para 2011, teremos três representantes RJ nesse evento, além da secretária Morgana. Amanhã, aqui no RJ , na Sede do PT/Mesquita, a SeCult PT/RJ e o Coletivo PT/Baixada realizarão reunião para discussão da criação da 1ª Sub Secretraria Regional do nosso partido aqui no estado, representativa do Coletivo de Cultura da Baixada Fluminense - PT/RJ.

Nosso papel na eleição presidencial 2010, foi uma mostra da força do campo cultural, participamos de forma contundente das diversas atividades espalhadas pelos municípios fluminenses e muito contribuímos para o sucesso da campanha, que culminou com a eleição da primeira mulher presidente da República Federativa do Brasil, Dilma Rousseff.

Nossas realizações, no entanto não representam uma vitória particular, somente da Cultura  e/ou do PT. Essa conquista é uma vitória da Sociedade Brasileira e do conjunto de todos os partidos e cidadãos que  participam dessa luta, direta ou indiretamente. Avante PT Cultura! Temos ainda muito trabalho pela frente!

Viva a Cultura Brasileira!

Álvaro Maciel

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A cultura e campanha carioca - Mensagem de Ana Lúcia Pardo

Companheiros e Companheiras,

As duas palavras de ordem que nos propusemos no segundo turno dessa campanha cumprimos com maestria: REDE e RUA.

De um lado ressurgiu das cinzas, dos porões da ditadura, as forças conservadoras, reacionárias, facistas, que voltaram para torturar novamente Dilma Rousseff. Agora com outras poderosas armas.

De outro, ocupamos as ruas com nossa militância, retomamos à base popular de onde saímos e a nossa melhor forma de fazer política: dialogando, debatendo com cada homem e cada mulher nosso projeto de país.
Nossas redes sociais deram resposta e demonstraram o compromisso com um país que quer seguir mudando.

Fizemos uma campanha criativa, alegre, artística, cultural, humorada, a cara de nosso povo brasileiro.
Vencemos com essas armas a campanha suja de nosso adversário, que usou os métodos do big brother da tv brasileira copiada dos americanos, onde é preciso eliminar o outro para ganhar 1 milhão.

Assim como no filme de Costa Gravas, O Corte, em que um sujeito fica desempregado e para conseguir novo emprego elimina cada um de seus concorrentes.

Vencemos á tentativa de imprimir em Dilma o personagem do mal, da vilâ e do herói Serra, o homem de bem, também retirado da tv, dos folhetins, das telenovelas.
Como se houvesse um ser humano que reunisse em si somente o bem e outro todo o mal e não fossemos um somatório de erros, acertos e imperfeições, de peso e grandeza.
 
Vencemos esta etapa decisiva: Dilma foi eleita a primeira mulher a ocupar a Presidência da República.
Porém a luta continua. Serra disse em seu discurso que as trincheiras continuam. NA verdade a luta pelo poder.

Só lhes falta uma coisa que é imprescindível numa trincheira e do qual lhes falta: a luta.
Essa vitória veio do suor de nosssa camisas, de nossa raça, teimosia, resitência e ternura.

Brecht nos diz que os que lutam sempre, todos os dias, esses são os imprescindíveis.
Somos esses que não deitarão em berço esplêndido para descansar deslumbrados com a vitória.
Nossa vigília será constante pois o trabalho de (re) construção de nosso pais nunca estará terminado.
Temos ainda muitas urgências a corrigir, muitas populações à margem que precisam de nós.

Lula disse que Dilma cuidará do país, assim como ele o fez, mas esta é uma tarefa também de todos nós, os brasileiros.

Companheiros, me alimentei ontem dos abraços de todos vocês e estou forte de novo de meu cansaço para continar na Luta de cada dia, na luta de todos os dias. Não conheço outra forma de avançar. 
De novo, sempre, eternamente, agora com:
Dilma na Presidência do Brasil!!!!


Lúcia Pardo
 

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Da Candelária 89 à Lapa 2010

 Fabio Lima
 
 
É galera! Em 1989, quando ainda nem votava, fui ao histórico comício do Lula na Candelária e pude compreender o verdadeiro sentido de sonhar. Sem medo de ser feliz deixei a vida me levar e sonhei. Aliás, sonhamos, afinal, compartilhamos um projeto coletivo de sociedade, de mundo. Lutamos de diferentes formas por uma sociedade mais justa, ajudamos a reescrever a História de nossas vidas e de tantos irmãos/irmãs, companheiros/companheiras que também acreditaram e acreditam que a esperança poderia se agigantar diante da calhordice da desesperança plantada pelos antigos donos do poder.
 
Nossa, quem diria que um dia passaria na Avenida da nossa história (ou no plural se preferirem) o samba popular? Chico Buarque avisara, mas quantos de nós chegaram realmente a acreditar que seria possível? Chegou 2002 e a ESPERANÇA venceu o medo. Mais que isso: começamos a derrubar os alicerces que por séculos calaram o protagonismo popular. Era chegada a hora do operário, nordestino, "analfabeto", sapo barbudo, deficiente...O anti-herói, a síntese do brasileiro em toda sua diversidade!
 
Isso mesmo, companheirada! Cada um de nós foi protagonista nesse processo. Reinventamos nossa memória, incluímos os de baixo na pauta, invertamos prioridades. Com transparência e respeito à cidadania subvertemos a ordem vira-lata que falava grosso com a classe trabalhadora e fino com os banqueiros. Ou, ainda segundo Chico, falava grosso com a Bolívia e o Paraguai e afinava com os Estados Unidos.
 
Vocês, alguma vez, pararam para imaginar o significado de tudo isso para as oligarquias tucanas, para a mais alta burguesia dos "Jardins" e afins, serem DEMOCRATICAMENTE vencidos por um projeto POPULAR? O que deve ter passado nas cabeças ou mesmo nos corações (eles devem ter um, né?) do tucanato, dos "pefelistas" - agora travestidos de "democratas" - após a consumação de sua derrota?
 
Essa indagação me fez lembrar de  "O Operário em Construção", de Vinícuis de Moraes, quando o patrão, intrigado com o que fazia seu empregado dizer-lhe não, levou-o "ao alto da construção/ e num momento de tempo/mostrou-lhe toda região/e apontando-a ao operário/fez-lhe a seguinte declaração/- dar-te-ei todo esse poder/e a sua satisfação/porque a mim me foi entregue (...)". Pois é, galera, "o operário disse NÃO!" Algo do tipo..."perdeu playboy, agora sou dono do meu nariz. Pede pra sair". Ou, como na belíssima obra de Vinícius "Mentira! Não podes dar-me o que é meu".".
 
E assim tem sido nossos últimos 8 anos. Não ao FMI, não às imposições da União Europeia, do G7,G8...G qualquer coisa! Gente, não precisamos mais dos THUNDERCATS para salvar o terceiro mundo. Aliás, não tem mais terceiro mundo! Estamos construindo uma nova ordem mundial e, nela, somos personagens principais. Afinal, "aqui nessa tribo/ninguém quer a sua catequisação/falamos a sua língua mas não entendemos seu sermão (...)" Vencemos! E nem precisamos do McGiver ( Magaiver, mesmo!).
 
Nossos heróis são anônimos, andam de pés descalços, bebem, riem alto e falam palavrão...mas jamais seguiram à toa! Em 2006 depois de, mais uma vez, enfrentarmos o aparelhamento da "grande mídia" (grande , mas dominada por seis famílias apenas) reelegemos Lula. Viva o jogo democrático! Mas nele também é preciso saber perder, ter o famoso "fair play" - prefiro espírito esportivo -. Mas nossas elites não tiveram.
 
Iniciaram, então, uma série de ataques sem qualquer direito ao contraditório - fundamento básico do Estado democrático de direito -. Passaram por cima das instituições e criaram um mundo paralelo que teimavam em tornar real -(ué...não se acham os pais do real? Pode até ser...Pena que o trataram tão mal e perderam sua "guarda"-). Justiça???? E eles entendem o que é isso? Instauraram os seus tribunais e numa orquestração fascista - refiro-me a Goebbels - disseminaram muitas mentiras (mas muitas mesmo) para que pudessem se tornar verdades. Mas aqui, doutor, não tem "nego burro não, meu irmão" e, mais uma vez não conseguiram.
 
Enquanto isso, no Brasil de verdade...Continuamos combatendo a miséria e a pobreza, desenvolvendo a economia com sustentabilidade e, o "sapo barbudo", com 83% de aprovação bate recordes atrás de recordes de aprovação POPULAR. Como também o fazem a criação de emprego, a renda média do trabalhador, o crescimento da economia, o combate ao desmatemanto...
 
Mas eu queria falar da cultura! Pela primeira vez tivemos um ministério da cultura ao invés de um balcão de negócios com dinheiro público! Avançamos com a descentralização e a democratização do acesso à cultura. Observamos - não!!!! - CONSTRUIMOS canais diretos de participação popular - SALVE AS CONFERÊNCIAS - e isso (é só o começo, mas já estou me estendendo) porque sabemos que não queremos só comida. Não seria possível avançar tanto se não libertássemos corações e mentes da opressão pasteurizada de quinhentos e tantos anos!!!! Valeu COLETIVO!!!!!!
 
Chegamos a 2010! (ufa!!!! Calma galera? Já vai acabar)! E, novamente, podemos reinventar nossa realidade e eleger a PRIMEIRA MULHER presidenta (ou presidente, pros que preferem). Mas o fato é que, semântica à parte, - É MULHER -. Isso num país que sempre foi estruturalmente PATRIARCAL é, mais uma vez, um AVANÇO incrível em nossas vidas e das futuras gerações que viverão longe do jugo machista que ainda mantém viva a expressão dos senhores de engenho, do coronelismo e de tantos outros "ismos" que tentam perpetuar em nossa condição mais elementar de seres humanos.
 
É, portanto, a primeira vez, desde a redemocratização, que vamos às urnas votar pra presidente sem a presença do Lula. Entretanto, vamos com alegria e com a esperança renovada porque, de novo sem medo  de ser feliz elegeremos - que assim seja - algo representa tantas vidas que "através da nossa história" sempre foram relegadas ao segundo plano e que, agora, afirmarão o SEU PROTAGONISMO!
 
"Mulher, mulher/O que a gente quer? É Dilma presidente"!!!!! (Valeu Rolo e Claudinho Sales)
 
Valeu, galera!!! Obrigado por poder fazer parte dessa HISTÓRIA!
 
Dia 31 é 13!!!! Dia 31 é 13!!!! Dia 31 é DILMA!!!!!!
 
 
Beijos pra quem é de beijo; abraço quem é de abraço e..."Vamos pra Lapa"!!!!
 
Fabio Lima é professor.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Mensagem do Secretário

Companheiros, Companheiras, camaradas, simpatizantes... enfim, todo o povo da Cultura com Dilma!
 
Não podemos arredar pé da rua nem perder essa postura de " sempre alerta e mobilizado" que o Movimento Cultura com Dilma assumiu. Como o nosso Senador Lindberg afirmou lá no Circo Voador, a Cultura RJ está de parabéns: artistas, agentes, gestores, produtores, público, cidadão, cidadã... ligados ao campo da Cultura, deram uma grande contribuição à Campanha da Dilma.  Começamos lá trás, há meses,  passamos por todo o 1º  turno e não vamos parar até o dia 31/10.  O evento do Oi Casagrande foi um marco histórico.
 
Nosso cadastro aumentou: por conta da Campanha passamos a nos conhecer melhor, nossa postura suprapartidária foi decisiva nesse aspecto.  Hoje recebi sugestões para continuarmos nesse diálogo mesmo após o dia 31/10 - ( foi sugerido um encontro de exposição de imagens da Campanha Dilma 13 e foi pedido que armemos a barraca da Cultura pelo menos uma vez por mês). Peço que nos envie mais sugestões.
 
Material da Cultura - Favor retirarem diretamente nos Comitês Suprapartidários, ou no Largo da Carioca, ou na Av. Nilo Peçanha -26.

Alô Cultura - Agenda dos últimos 03 dias


28/10 (quinta-feira)
O Centro de Vermelho 13
16h - Ato Nacional LGBT Dilma Presidente com o lançamento dos 13 pontos LGBT Dilma, manifestação cultural e panfletagem na Praça Mario Lago - Buraco do Lume (entre as ruas São José e Av. Nilo Peçanha)
17h30 - Grande Ato de Encerramento da Campanha

29/10 (sexta feira)

16h30 - Caminhada Candelária / Central (pelas calçadas)
21 h - BARRACA DA CULTURA  NA LAPA - confluência da Rua Mem de Sá com a Rua do Riachuelo, na direção do Circo Voador.  Vamos ver o debate por ali mesmo e depois voltar para panfletagem.
 
30/10 (sábado)

À noite - Panfletagem LGBT  na Baixada/Rua da Lama e Lapa 


31/10 (domingo) 

A partir das 18h - Apuração festiva com telão, na Praça do Leme

Todos às ruas! A vitória depende de nós ! É Dilma Presidenta!

 Secretaria Estadual de Cultura do PT/RJ
 

Agenda de Mobilização de São Gonçalo

CONTRIBUIÇÃO DE CLEISE CAMPOS
 
Caríssim@s!

Na  reta final de campanha, com atividades em todo Brasil, destaque para duas cidades,com meu pedido de repasse e
SEU VOTO para DILMA,em 31 de Outubro: A primeira mulher Presidente do Brasil...

AGENDA  FINAL de Campanha

Em São Gonçalo – RJ
 
* Quinta Feira 28/ Out 

.............Calçadão do Alcântara  9 h
.......................Ato Clube Tamoio ( convocado pela Prefeita )


Sábado 30/ Out   - São Gonçalo

...............Minis carreatas  dos partidos coligados -  Concentração Alcântara 9h

* CARREATA DO PT CRUZANDO  A CIDADE - Concentração Neves  9h *

sábado, 23 de outubro de 2010

NOTA AOS MILITANTES DO PARTIDO DOS TRABALHADORES



Companheiros e companheiras, a campanha de nosso adversário na disputa pela Presidência da República marcou atividade para a manhã deste domingo (24/10), em Copacabana. Há informações de que estaria sendo preparada uma armação para tentar imputar a militantes petistas atos de hostilidade ao candidato José Serra ou contra sua comitiva. Essas informações não passam de rumores, mas cabe a nós fazer o alerta prévio e reiterar que o Partido dos Trabalhadores repudia qualquer tipo de violência.

Nossa orientação é para que todos os militantes e simpatizantes do PT e da candidatura de Dilma Rousseff evitem aglomerações e atos de campanha na orla durante o período em que durar a atividade de nosso adversário. E reforçamos nosso pedido para que ninguém provoque ou aceite provocações de qualquer natureza.

Neste domingo, concentraremos nossa campanha na Zona Oeste, pela manhã, onde faremos uma grande “correata” com a presença de Lula, Dilma, Sérgio Cabral, Lindberg Farias e Marcelo Crivella. Vamos para as ruas com alegria e em clima de paz para festejar a presença de Dilma e Lula no Rio. Pedimos que os militantes abram mão de acompanhar o cortejo de carro. O objetivo é concentrar a militância para saudar nossa candidata ao longo do percurso.

No período da tarde, a partir das 14h, quando já houver terminado a atividade de nosso adversário, prestigiaremos o Bloco da Dilma, uma iniciativa de integrantes de blocos do carnaval de rua do Rio, simpatizantes da campanha Dilma Presidente. A concentração será na altura do Posto 6.

Por fim, apelamos às autoridades policiais para que reforcem a presença nas ruas neste domingo, já que os dois candidatos a Presidente da República estarão na cidade.

As pesquisas de opinião que mostram Dilma ampliando a vantagem sobre o candidato do PSDB estão contribuindo para elevar o nervosismo de nossos adversários. Nosso papel é manter a cabeça fria. Repetimos nossa recomendação: não devemos provocar nem aceitar provocações. Também não podemos nos empolgar com os resultados divulgados até agora. É preciso manter a mobilização e reforçar a campanha em todas as cidades do estado. Nossa vitória depende disso.

Luiz Sérgio
Presidente PT-RJ

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Agenda de Mobilização da Cultura

A RUA É NOSSAAAA! Vamos ocupá-la e tomar todo o cuidado para que nossas atividades trancorram bem do início ao fim.

22/10  - sexta feira

18 h – ATO INTER RELIGIOSO EM APOIO À   DILMA 13 (escadaria da Alerj)

20:30 h TENDA CULTURAL NA LAPA

23/10 – sábado

9h - CAMINHADA CULTURA NOVA IGUAÇU -  em frente à Lojas Americas /Calçadão

24/10 -  domingo

14 h  BLOCO D DILMA EM COPACABANA – concentrar direto no calçadão no Posto 6


25/10 – segunda feira

19h FESTA MANIFESTO DILMA É MUITOS - CIRCO VOADOR