sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O Perigoso Recuo dos Partidos Políticos




Quem não conhece a História está condenado a repeti-la. Atualmente, a Grande Mídia nos impõe a mesma estratégia que usou para convencer e anestesiar a sociedade, nos momentos em que a elite capitalista se sentiu ameaçada.  À medida que tal fenômeno se repete, historicamente,  pagamos um preço cada vez maior.

Os partidos políticos do Brasil estão tão preocupados com a disputa eleitoral e com os espaços no governo, que não atentam para a gravidade da ação avassaladora do setor de Comunicação, mui propriamente chamado de Quarto Poder. Tal ação ganhou maior intensidade a partir da ascensão do PT à Presidência da República. 

Há uma espécie de “voz oficial” que dia e noite bombardeia os cidadãos a dizer que todo político é ladrão, o país está em mãos erradas, perdemos o rumo certo,  etc . A mesma voz que deu ao STF direito de condenar sem provas e ignorar as provas existentes nos processos, que pudessem atenuar ou inocentar os “réus”.

Por outro lado, a competência que o presidente Luís Ignácio Lula da Silva demonstrou para transformar a realidade do povo brasileiro e solucionar alguns problemas que atravessaram séculos, se traduz numa grande provocação ao Sistema. Diz a voz controladora “precisamos detê-lo a qualquer custo”. 

Essa mídia que aí está não dá ênfase, por exemplo, ao progresso científico mundial, de modo a produzir um conhecimento crítico a respeito das recentes descobertas.  A responsabilidade ético-política, que engloba o futuro da humanidade, está restrita à elite dominante. Como povo, não participamos do processo decisório.

Os partidos políticos estão acuados.  Perderam espaço para a mídia, que cada vez mais, investem na domesticação de consciências e sozinha define a agenda e a pauta nacional. Falta-lhes a indignação e a vontade de mudar, elementos fundamentais à existência das organizações políticas. Pior que isso é o surgimento de partidos que se aproveitam do espaço oferecido pela “reação social conduzida” e trabalham como colaboradores da mídia golpista. 

Com o envolvimento político do STF, entramos num jogo muito perigoso. Estamos aceitando o inaceitável, em termos de valores democráticos contemporâneos. Estamos diante de um modelo hegemônico de Comunicação disposto a inibir o avanço e a consolidação do nosso Sistema Democrático.  

Sempre que um país da América Latina assumiu a condução de seu destino e tomou decisões que contrárias aos interesses do Sistema Imperialista Mundial, esse filme se repetiu. Estudemos a História e vamos encontrar processos semelhantes, com intensas campanhas midiáticas que precederam derrubadas de presidentes, fechamentos de Câmaras Legislativas, assassinatos de lideranças políticas... e a ascensão de partidos de direita ao poder.  

O grande susto foi o Brasil chegar aonde chegou, em apenas dez anos. Os partidos de direita e a mídia andam juntos e formam um poderoso bloco. Querem retirar a Democratização da Comunicação da pauta nacional, bem como, as Reformas Administrativa e Eleitoral. Querem transformar em “traidores da Pátria” todos que ousaram desafiar o Sistema.   

Álvaro Maciel é Secretário Estadual de Cultura do Partido dos Trabalhadores - RJ

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Nota - Suspensão dos Editais de Cultura do Estado do Rio de Janeiro.



No ano passado foi realizado um grande evento para o lançamento dos Editais de Cultura do Estado do Rio de Janeiro para o biênio 2011/2012. O montante de recursos girava em torno de R$ 40 milhões e os certames atingiam vários setores da cultura e diversas expressões artísticas.

Infelizmente, ontem (27/07) a Secretaria Estadual de Cultura do Estado do Rio de Janeiro em sua página oficial na internet informou que suspendeu os 5 (cinco) Editais em curso. Segundo o informe, houve um grande contingenciamento no governo estadual, porque as arrecadações estão aquém do previsto.

Mais uma vez são as políticas culturais que sofrem com os problemas de gestão dos governos. Os recursos e as ações que já são parcos no âmbito estadual, agora correm o risco de desaparecer.

A Secretaria Estadual de Cultura do Partido dos Trabalhadores - RJ entende que imprevistos e problemas acontecem em qualquer instância governamental, contudo, uma modificação desse porte, deve ser feita da forma mais transparente e democrática possível. Acreditamos que o diálogo com a sociedade é fundamental para estabelecer parâmetros, diretrizes e prioridades para a construção de políticas públicas sólidas e eficientes.

Como instância partidária do Partido dos Trabalhadores, no cumprimento de nossa função,  ratificamos nosso compromisso com a Cultura e nos colocamos ao lado dos artistas e fazedores de cultura do Estado do Rio de Janeiro.


Secretaria Estadual de Cultura PT/RJ

terça-feira, 26 de junho de 2012

PT, MARCOS REGULATORIOS E BASES SOCIAIS.


*por Lino Rocca



Na reunião da SECULT/PT-RJ realizada em Nova Iguaçu o companheiro Eduardo Lurnel em dado momento levantou uma questão que ficou martelando até agora na minha cabeça, e por isso, escrevo este pequeno artigo. Tentando me lembrar de suas palavras, mas tendo certeza que o sentido da afirmação era este, disse ele: “Construir marcos regulatórios não significa nada, sem uma base organizada para promovê- los”.
Esta colocação é uma verdade da práxis e, portanto, a afirmação carrega para nós petistas, uma constatação clara: “As mudanças do estado brasileiro via institucionalidade só serão possíveis, se caminharmos em consonância as duas proposições”. Para mim, este tem sido o nosso grande dilema: como fazê-lo dentro do nosso processo de governabilidade?

Partindo do pressuposto que realmente somos os sujeitos da transformação radical da sociedade brasileira, vimos que ao longo desses anos travamos batalhas homéricas com status quo para as mudanças dos marcos regulatórios como: Lei da Comunicação, Lei da Imprensa, Lei de Incentivo à Cultura, Sistema Nacional de Cultura, Controle do Judiciário, Reforma Eleitoral, Comissão da Verdade e muitas outras. Sem dúvida, me parece que este período e presumo até o final do segundo mandato da presidenta Dilma, nosso esforço deverá ser a consolidação das mudanças nesses marcos regulatórios que constituem a legalidade e institucionalidade da sociedade brasileira. 

Ao caminharmos neste sentido estabeleceremos as mudanças no campo sociometabólico de nossa coletividade, e se somos os sujeitos desta transformação, logicamente, a promoveremos ou será que temos duvidas sobre as mudanças propostas por nós. O Brasil mudou não só porque economicamente melhoramos a vida do brasileiro comum, sobretudo, por desestruturarmos as antigas bases elitistas, classicistas, sexistas, discriminatórias e preconceituosas de nossa sociedade. Daí, a luta para transformação dos marcos regulatório é essencial para o processo de transformação da sociedade brasileira.

Por outro lado, sabemos que o compasso da governabilidade e os desejos e anseios das bases sociais não convergem sempre nas mesmas angulações a todo momento. Então, cabe a nós militantes partidários ter a clareza da necessidade de perceber o instante que deveremos voltar a nossa “atensão” para o fortalecimento e organização das bases sociais para promoção e implantação desses novos marcos legais.

Dentro desta perspectiva e entendendo que a leitura do companheiro pode até denotar um tom pessimista em relação ao assunto, é que me posiciono afirmando a necessidade capital das mudanças dos marcos regulatórios como os primeiros instrumentos para transformação de nossa sociedade. Por isso, devemos trabalhar por uma base partidária ampla para a governabilidade, por mais que nos pareça contraditório, porém, real para os enfrentamentos necessários. Levaremos tudo? Não! Contudo, creio que estaremos erguendo uma via segura para bases sociais possam se movimentar no processo de avanço da transformação de nossa sociedade. Esse é o nosso papel histórico e somos Petistas o bastante para isto!

*Lino Rocca
Subsecretario de Cultura de Nova Iguaçu - Membro da SECULT /PT-RJ

terça-feira, 12 de junho de 2012

Gestão Participativa pela Cultura



“Atores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade:  é aquele que a transforma.”
(Augusto Boal)
Por Patrícia Ferreira*
A cultura em sua origem significa cuidados sobre a terra (o cultivo) e o sagrado, que guarda em si a história e a evolução do sistema social de um povo (o culto). Concebida como conjunto de ações voltadas para o pleno desenvolvimento das potencialidades da sociedade, os objetivos da cultura se direcionam a transformação, ao fortalecimento e a proteção do modo de vida e da economia de uma população.
Trata-se de um complexo em constante modificação política que se desenvolve através dos elementos que abarca: conhecimento, crenças, arte, leis, costumes e outras habilidades adquiridas pelo indivíduo como intergrante da sociedade. A dinâmica da cultura se associa à mudança, tanto no âmbito dos processos quanto na dimensão dos atores sociais e suas ações voltadas à estruturação de projetos que ampliam e consolidam suas autonomias. É a reivindicação da cultura para a cultura cumprindo seu movimento natural e permanente.
Hoje se faz necessário compreender a cultura como processo político estruturante da nacionalidade, da marca do povo dentro do movimento histórico na contínua construção do país. O que permite caracterizar a cultura como pensamento, manifestação das identidades diversas, atividade criadora, sistema econômico, e, fundamentalmente, como sociedade transformadora.  Soma-se a tal entendimento o que se depreende dos princípios democráticos: o reconhecimento de que a cidadania se consolida como uma só apenas pela autonomia da diferença e da pluralidade. E que o núcleo da democracia reside na política temporalmente aberta para a criação de novos direitos construídos de maneira participativa, onde a população atua sobre as decisões políticas.
O resultado desta soma é a marca da plataforma política do mandato do Deputado Estadual Robson Leite, presidente da Comissão de Cultura e da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e Democratização da Comunicação e da Cultura com Participação Popular na ALERJ. Sua gestão na área da cultura inclui ações rumo a construção de políticas públicas para a cultura estabelecidas com a participação da sociedade organizada e mobilizada.  O mandato participativo de Robson Leite se configura como instrumento a serviço do diálogo entre a população, as esferas de governo, instituições e agentes culturais que agreguem suas vivências e comprometimentos como valores contribuintes para a construção coletiva de políticas na área da cultura. Essa é a maneira de fazer política que respeita os pressupostos democráticos: interação, participação, transformação e concepção comunitária de propostas sobre temas de relevância para o setor cultural do Estado.
O primeiro ano de mandato frente aos desafios na área da cultura encontrou momento favorável para a organização de políticas públicas sob gestão participativa: o reconhecimento da cultura como parte central da formação cidadã, a valorização do agente cultural da manifestação popular, a estruturação dos sistemas de cultura e condições propícias para elaboração de políticas de longo prazo.
Foram realizadas, em 2011, 16 audiências públicas, envolvendo sociedade civil, os três níveis de governo, instituições públicas e privadas.  Cerca de 3.000 participantes contribuíram para as propostas de construções políticas em diversos setores da área cultural. Conquistas e encaminhamentos importantes se estabeleceram como avanços do ponto de vista do diálogo e da garantia de direitos.
Uma das políticas culturais mais importantes de sua atuação foi sobre a implantação do Sistema Estadual de Cultura. O empenho de sua gestão trouxe para o centro das discussões políticas os Sistemas Nacional, Estadual e Municipal de Cultura, onde promoveu audiência pública para a articulação entre as esferas da administração pública e movimentos sociais ligados à cultura – organizada com o apoio de mais de cinquenta governos municipais fluminenses.  A estruturação do Sistema de Cultura sob uma gestão articulada e compartilhada entre os níveis de governo e sociedade tem como objetivo colocar em ação,de maneira sistêmica, os instrumentos constitutivos de gestão – Plano, Fundo e Conselho de Cultura – juntamente com a democratização do processos decisórios e a institucionalização da participação da sociedade.
Para fortalecer esta ação de interlocução e formulação de propostas de políticas públicas voltadas à implantação do Sistema de Cultura, o mandato de Robson leite criou emenda de fomento para a implementação do Sistema Estadual de Cultura e iniciou a realização de um ciclo de audiências públicas nas regiões do Rio de Janeiro, em parceria com representantes do Poder Público ligados à cultura e da sociedade. O objetivo é discutir as demandas da cultura dos municípios de cada região e promover debates que levem a formulação e a implantação dos Sistemas Municipais de Cultura por todo o Estado.
Diálogo, participação e construção coletiva de políticas públicas: aspectos principais da gestão do mandato na área da cultura. Gestão participativa sob forma de instrumento democrático por meio do qual se consolidam importantes comprometimentos que fazem a política cultural avançar no Rio de Janeiro. Esta a proposta essencial do mandato, esta sua ação primordial – o ato de transformar é transformador.
*Patrícia Ferreira é pesquisadora e assessora da Comissão de Cultura da Alerj. 

terça-feira, 5 de junho de 2012

1º Reunião da nova composição do coletivo Estadual de Cultural do PT.

Olá Companheiros e Companheiras



Nesse final de semana realizamos a primeira reunião da SeCult PT/RJ. Na oportunidade estive com a Vereadora Prof. Marli, que me passou um dossiê com as leis e projetos de lei de sua autoria. Falamos da aproximação entre os vereadores do PT e da colaboração mútua entre eles. Esse movimento interno e horizontal do PT é ficou entendido como uma prática que muito poderá ajudar a difundir nossa política pública de cultura nos múnicípios. Falamos da Lei do Reimont sobre Arte Pública, tanto nesse encontro de Nova Iguaçu, quanto na palestra da Lúcia Pardo, domingo, no Casarti, em Vista Alegre.


A SeCult PT/RJ, portanto, começa o segundo semestre de 2012 iniciando um ciclo novo em sua existência. Em Nova Iguaçu a reunião do Coletivo Estadual reuniu mais de 20 militantes culturais e garantiu o quorum de membros titulares com a participação de representantes dos municípios de Mesquita, Nova Iguaçu, Niteroi, Rio e Paty de Alferes. No dia 03/06, no domingo, dialogamos com mais de 40 jovens artistas e produtores culturais, sob a coordenação e mediação do companheiros Flávio Lima do Casarti. Indescritível a alegria da Primeira Dama nossa companheira Massari. Anoiteceu e nem senti.

Hoje estou assim, com tanta coisa para escrever que nem sei por onde começar. Recebemos convite de Paty e de C. Macacu para reunirmos com eles. No entanto, quero lançar um tema para provocar o debate. O Secretário Emílio kalil participou da Audiência Pública do Orçamento e apresentou as metas e prioridades para a Sec. Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Fora o pessoal do Mandato do Vereador Reimont, quem do nosso grupo participou? Eu recebi a transcrição completa da audiência. Qual a posição do PT em relação a política cultural da Capital?

Parabéns à Equipe de Comunicação da SeCult PT/RJ ( o Eduardo, o Lurnel e o Gonçalves) vocês estão realizando um ótimo trabalho.



Alvaro Maciel

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Parabéns! PT/RJ, militância, agentes culturais e poder público - avanços e conquistas.


Nestes dois últimos dias (15 E 16/05) estive em duas reuniões de extrema relevância para Cultura brasileira, a primeira foi na audiência publica promovida pelo Deputado petista Robson Leite, na ALERJ , para uma consulta pública sobre uma lei estadual para o Programa Cultura Viva, portanto , tratando dos Pontos de Cultura no Estado do Rio de Janeiro,  inclusive, afirmando a política federal em votação no Congresso.  A outra foi a reunião com Prefeito Eduardo Paes, na sede no “Tá na Rua”, sobre o veto a Lei de liberação de uso do espaço publico para os artistas de rua encaminhada pelo Vereador Reimont, também, com a presença do vereador Adilson Pires, ambos parlamentares petistas.
         Dois momentos significativos no mundo da Cultura que apresentam nossas lideranças políticas envolvidas com a questão. É por isso que nós petistas devemos refletir e entender na prática o papel central da Cultura na construção do campo simbólico da Política no Brasil.
         Por isso, gostaria de iniciar ressaltando o papel fundamental da  SeCult-PT –RJ na ação de convencimento  junto a essas lideranças na luta pela Cultura, o  que como membro efetivo me orgulha muito.  Em seguida, gostaria de enaltecer a militância e perseverança dos agentes culturais ligados ao avanço das conquistas de descentralização, socialização e territorialização da Cultura que através de suas movimentações provocam o deslocamento da maquina política – administrativa do estado brasileiro. Parabéns para todos nós!!
          A reunião com Prefeito Eduardo Paes foi muito boa com um discurso propositivo e ao mesmo tempo desafiador, demonstrado a sua vocação de homem publico. Nós militantes culturais saímos com uma surpreendente conquista, pois, a capital cultural do país não só consolidou uma lei, garantindo as ações dos artistas de ruas, quando o Prefeito do Rio assumiu a derrubada de seu próprio veto, colocando a bancada do governista, na agilização da promulgação da Lei em 15 dias, mas também, quando o mesmo assumiu a criação de um Edital especifico de financiamento para os Artistas de Rua. Inacreditável! Neste ato o Rio de Janeiro deu o primeiro passo para o aprofundamento concreto na definição do conceito “Arte Pública” no país. Afinal, as conjunções destas duas ações solidificam a construção de uma política pela e para Arte Pública no Brasil.
        A reunião na ALERJ com o deputado Robson Leite foi de extrema importância por colocar  a discussão do Programa Cultura Viva – Pontos de Cultura, outra ação fundamental para solidificação da Arte Pública no Brasil, na pauta do governo do Estado do Rio de Janeiro que vem demonstrando através de sua Secretaria de Cultura o interesse e fortalecimento deste Programa.
         Momentos importantes, construções históricos ganhando corpo de realidade. Trabalho muito, percalços enormes, mas sempre orgulho de ser petista nesta construção.
         Desta vez, os parabéns são para o Prefeito Eduardo Paes, para o Vereador Reimont pela iniciativa na luta institucional e para O Deputado Robson Leite pela iniciativa em encaminhar o projeto de Lei do Programa Cultura Viva – Ponto de Cultura na ALERJ.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

MOÇÃO EM APOIO À ARTE PÚBLICA


O IV  Encontro Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores, realizado nos dias 28 e 29 de abril em São Paulo, manifesta o apoio ao Projeto de Lei 931 de 2011, aprovado na Câmara Municipal do Rio Janeiro, e considera que a possibilidade de veto por parte do Poder Executivo do Rio representará um retrocesso para a democratização da cultura em nosso país, distanciando-se da política pública nacional.

           O PL 931, de autoria do vereador petista, Reimont Otoni, permite aos artistas de rua o livre exercício de seu trabalho, estabelecendo critérios para a realização das atividades. Compreendemos que esta proposição legislativa significa um importante passo para a garantia da liberdade de pensamento e expressão e para a constituição de cidades plurais e democráticas.

         Temos vivenciado a perseguição à arte de rua em muitos municípios do Brasil. No ano de 2010, em São Paulo, os artistas foram proibidos pelo prefeito Kassab de receberem contribuições do público.
            No Rio de Janeiro, em 2009, a operação choque de ordem também impediu a livre manifestação artística em alguns pontos da cidade.

             Aquilo que é uma garantia constitucional, expressa no Artigo 5º. , Inciso IX, vem sendo colocada em cheque a partir de uma concepção de modernização, que prioriza os projetos do grande capital em detrimento das iniciativas populares. Razão pela qual o Projeto de Lei adquire relevância política.

           Nas ruas, por exemplo, há cada vez menos espaço para o comércio ambulante. Agora ela dá lugar para as grandes empresas do setor alimentício e de bebidas. O artista de rua, saltimbanco, cronista do cotidiano, herdeiro das antigas vilas medievais, perde a cada dia o seu palco, chão da cidade, para uma política que não se preocupa com a consolidação do sistema nacional de cultura e que está apenas comprometida com a estruturação do espaço urbano e o ordenamento da vida pública para a realização dos mega eventos.

150 delegados assinaram esta Moção e o IV Encontro Nacional de Cultura do PT aprovou por aclamação.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Regionalização – o novo caminho petista para o Estado do Rio de Janeiro


No dia 01 de abril de 2012, iniciou-se uma nova perspectiva para Secretaria Estadual de Cultura do Partido dos Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro, na busca de um novo modelo de articulação dentro do estado e na organização partidária. Desde longa data, este coletivo vem apontando para necessidade de aprofundar a regionalização como principio para um novo modelo de articulação social e partidária. Perceber e fortalecer os agrupamentos dos municípios, onde a política real se dá de fato, em organizações regionais, é fundamental para potencializar uma política de integração estadual, percepção cada vez mais nítida para conjunto da militância. Não sei, exatamente, se o nosso coletivo é o primeiro a dar o passo efetivo nesta direção, mas o concreto é que nos o realizamos ao agraciarmos uma chapa única atendendo, tanto o campo da regionalização, como o das correntes de uma maneira geral.
                 A primeira tarefa, finalmente, a fizemos. Cabe agora identificar as nossas prioridades de ações. No meu ver, elas se dividem em dois campos: uma pela organização interna partidária e outra na construção de diretrizes de atuação na sociedade.
                 No campo da organização partidária o desafio atual é aprofundar e empoderar a perspectiva da regionalização, identificando na conjuntura do momento quais as regiões (conjunto de municípios) avançam para ampliação do quadro partidário e para conquista do espaço político eleitoral, fortalecendo suas lideranças e ações nas instâncias partidárias.
                 Já no campo da interlocução com a sociedade é prioritária a definição de diretrizes e metas que consolidem um programa municipal que consequentemente, aponte para integração regional como modelo de desenvolvimento político, social e econômico.
                  Ademais, fica o nosso apoio e saudações ao Secretario eleito Álvaro Maciel que ao longo do seu primeiro mandato teve a capacidade de semear as bases para esta nova empreitada que se apresenta como avanço para nós petistas do Estado do Rio de Janeiro. 
 Linno Rocca é Subsecretário de Cultura de Nova Iguaçu.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Agradecimento

A produção cultural e simbólica dos jovens, bem como a presença deles na organização partidária, foram destacadas na minha fala no Encontro Estadual do PT/RJ e deve ser entendida da melhor forma, como a visão de quem acredita na renovação de nossos quadros políticos, baseada em valores éticos. 

Meu envolvimento com os movimentos sociais favorece bastante a compreensão dos
processos de formação de grupos e identidades. 

Uma das principais bandeiras da Cultura PT é o entendimento do "acesso à cultura" como um direito essencial para todo cidadão. Logo,a garantia dos direitos humanos se relaciona diretamente com a democracia cultural. 

Eis aí o foco onde devemos concentrar nossas ações. Estaremos assim, preparando o futuro do país ao apostarmos na pluralidade de práticas relacionadas ao cotidiano das interações sociais. Tem sido essa nossa proposta para a Cultura, desde 2002.

Venho desse meio, sou do samba e muito jovem passei a compreender que a vida cultural ativa nas comunidades é fundamental para a promoção 
de ambientes saudáveis. Vim para o PT e passei a interagir com pessoas maravilhosas, mestres e outros companheiros, que colaboraram muito para minha formação. 

Hoje meu discurso engloba a democratização de formas de produção, circulação e fruição de bens culturais... e por aí vai,

Agradeço a todos e todas que de algum modo colaboraram ou colaboram para a organização da Secretaria Estadual de Cultura do PT/RJ. 

Obrigado do fundo do nosso quintal.

Álvaro Maciel - Rio, 02/04/201

Encontro Setorial Cultura PT/RJ


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Alguns desafios atuais da Cultura Urbana

 por Adair Rocha

O aprofundamento democrático e cidadão clama por política pública, que só o é, na vitalidade potencial da sociedade. Neste sentido, as políticas governamentais estão especialmente desafiadas, pela singularidade das demandas das políticas de Segurança, e a consequente exigência de se consolidar com política pública eficaz.

Por isso, a questão cultural e de natureza política mais atual, no Rio, responde pela pergunta: é possível uma nova cultura de segurança? Senão vejamos: a nova significação para os moradores da cidade-capital tem o nome de UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Com início no Santa Marta há quase três anos, passa por favelas menores da zona sul do Rio, inicialmente, ampliando-se para conjuntos de favelas do Catumbi, da Tijuca, até chegar ultimamente a favelas significadoras para a definição do espaço urbano do Rio, de forma identitária, como a Mangueira e as vizinhas Rocinha e Vidigal.

A unanimidade da aprovação por parte de todos os moradores (do asfalto e da favela) em torno dos pressupostos da entrada da UPP: retomada do território e o desarmamento do tráfico, abre espaços, no entanto, para o debate sobre a natureza da coisa pública, bem como o entendimento das esferas do poder e do seu alcance.

Assim, quando se chega à Rocinha, por exemplo, mídias, governo e mercado tendem a tratar a história daqueles mais de cem mil moradores na lógica da "terra arrasada", ou, no máximo, dos herdeiros ou reféns do "Nem" ou dos gestores paralelos.

Estupefatos, alguns moradores de favelas "pacificadas" da zona sul do Rio, que fazem um curso de Cinema de um ano e meio de duração, em parceria com o Núcleo de Comunicação Comunitária da PUC-Rio, comentavam sobre uma fotografia que apareceu na imprensa, escarnecendo a história dos moradores, na medida em que mostrava um jipão do Exército, à moda turística, transportando a diretora do Teatro Municipal, a atriz Carla Camurati, acompanhada de uma vistosa senhora, com ares de antropóloga, creditada pelo jornal, como sendo a esposa do Secretário de Segurança. Vistoriavam a favela para encontrar a melhor locação pra uma apresentação do Balé e da Orquestra do Municipal. E para que não se reduza os papéis e as competências, as pessoas citadas são absolutamente reconhecidas no exercício de suas funções. O Secretário citado é uma das autoridades do poder público e governamental mais reconhecida, hoje, pelo corajoso e não menos competente desempenho da tarefa governamental espinhosa e desafiadora da Segurança.

No entanto, a construção da política pública implica, necessariamente, no protagonismo da sociedade, que vai dialogar com gestores públicos governamentais, com papéis bem definidos (e neste caso, ser esposa, não é suficiente), para o acesso, em igualdade de condições, com todos os moradores da cidade, aos bens públicos a que têm direito, respeitando-se a história e as diferenças de cada processo.

Pode-se dizer que atrás dessa boa intenção de levar "civilização" para a favela que se "livra", não totalmente do chamado "poder paralelo", - aquele que está na polícia, com seu lado miliciano - mas sim do "poder econômico", cujos gerentes e comerciantes estão com "liberdade vigiada", quando tem que cessar seu poder de armas de fogo, na medida da retomada, pelo Estado-governo, do controle do território urbano do não-lugar da cidade que é a favela. A cultura precisa superar a lógica das duas cidades e construir sua integração e cerzimento. Pois, enquanto houver a demanda do consumo que a cidade realiza, ainda que proibido, a favela ainda continuará sendo o território da desova superfaturada da venda de drogas.

Antes de qualquer ação, pós-retomada, a pergunta central do poder público tem que estar voltada para a história de organização, de criação e resistência de tantas décadas pelos moradores, identificados pela diversidade, que dão vida pra Rocinha e selo pro Rio, com seus "varais de lembranças", livros infantis, pontos de cultura, folias de reis, Oliveiras, Marias Helenas, os Martins e os Firminos e tantas outras lideranças construídas, nas ASPAS, nas Associações de Moradores, nas Quadras do samba, do funk e da comunicação comunitária. Há o Fórum de Cultura e de Empreendimento e tantas empresas públicas e mistas que fizeram a Rocinha acontecer até hoje. Há ainda a iniciativa, com raízes, para se criar o Museu da Rocinha, para o desengarrafamento do transporte de memórias, quando a relação de troca de saberes e de sabores, se livrará de gestores culturais de atos simbólicos e midiáticos que queiram levar a cidade dita civilizada para a favela.

A política pública de cultura já deu passos muito significativos nos dois mandatos do governo Lula, quando partiu do pressuposto de que quem faz cultura, que é fruto da criação da memória e do conhecimento, é a população, na sua significação, e não o Estado, ou o governo, cujo papel é o de prover e de gerir a possibilidade da existência e da circulação daquilo que a sociedade cria e faz. Por isso sua participação e protagonismo na elaboração das políticas públicas são decisivos. Assim nascem os Pontos de Cultura (Cultura Viva) e a vitalidade e potência em rede ou teia, de mais de quatro mil pontos pelo país, com um passo adiante, que transforma em política pública e governamental, concepções de práticas que revolucionaram a forma de fazer política social e partidária, como as "Comissões de Fábrica", as "Comunidades Eclesiais de Base", os "Núcleos Partidários" (de base), Associações de Moradores, de Etnias, de Gênero, etc.

É a pressão e a participação dos que fazem cultura que apontam para a necessidade de regulação e de projeção da gestão territorial, que vai pra além do edital, já uma forma democrática de acesso, mas ainda insuficiente. Assim, na construção de Conferências municipais, estaduais e nacional, Sistema e Plano Nacional são geridos e apontam para mudanças em leis de regulações ultrapassadas e ou elitistas, como por exemplo, a Lei Rouanet e a nova Lei dos Direitos Autorais (esta última, com 85% do seu texto, segundo a mídia, aproveitado pela gestão atual). Da mesma forma, o Vale Cultura e outras políticas governamentais que vão criar o escoamento e o direcionamento das verbas públicas, nos canais municipais, estaduais e da União, para os protagonistas reais: a sociedade.

Diante desta avalanche de possibilidades, como potencializar as tradições, as instalações contemporâneas e o clamor jovem da imensa população empobrecida, com maioria negra, na cidade do Rio de Janeiro. Assim, podemos falar de transversalidade da cultura com a educação, com os direitos humanos, com a segurança e com a significação de todo o tecido público urbano.

Se me permitem citar dois exemplos, dos quais participo no momento, e que dão o tom do envolvimento de diferentes instituições na consolidação de uma política pública que acene cada vez mais na direção da universalização, que permita pensar a cidade-capital do Rio, na sua diversidade, independentemente das atividades internacionais em curso, e, ao mesmo tempo podendo considerá-las.
O primeiro desses exemplos é uma pesquisa com moradores da primeira favela "pacificada", o Santa Marta, com estudantes de comunicação social e com dirigentes das UPP’s, para entender seu significado para a cidade, a partir da favela em que está instalada, para desenvolver o entendimento da seguinte questão: é possível uma outra cultura de Segurança? Este estudo é parte do eixo Cultura, Cidade e Cidadania que está sendo desenvolvido para a conclusão do pós-doutoramento em Comunicação Social, na ECO-UFRJ, sob a orientação do Professor Emérito Márcio Tavares D'Amaral.

Um segundo exemplo é o projeto que está sendo desenvolvido pelo Núcleo de Comunicação Comunitária da PUC-Rio com moradores de algumas favelas "pacificadas" como o Santa Marta, Cantagalo e Pavão-Pavãozinho, Chapéu Mangueira e Babilônia.   Os moradores que fariam o curso juntamente com o Núcleo produziram a grade de um Curso de Cinema com duração de um ano e meio, reconhecido como Extensão da PUC-Rio, com acesso aos professores, aos equipamentos e ainda com aulas práticas e produções audiovisuais nas favelas envolvidas. Com práticas como os Cineclubes e outras experiências do Cinema e do Audiovisual, pretende-se o estabelecimento de políticas públicas, isto é, aquelas que as necessidades da territorialidade urbana apontam como prioridades e, portanto, com parceria na sua criação e gestão, e não apenas políticas governamentais que, com as melhores intenções, vêm de fora, e chegam de teleféricos midiáticos.

Todo território urbano, revolucionado por sua criação e pela capacidade de perpetuação das diferentes linguagens desenvolvidas na história da humanidade: na sua expressão cênica, musical, plástica, ritual, audiovisual, dentre outras, é protagonista, tanto na elaboração das políticas públicas de cultura locais, como no acesso dos equipamentos que facilitarão a criação e a distribuição, bem como a troca das grandes potencialidades que são a diversidade, a generosidade e o 'calor' que o Rio reserva e conserva com grandezas urbana, natural e humana.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Participação do Secretário Álvaro Maciel no debate sobre a Elaboração Final do Plano Municipal de Cultura de Nova Iguaçu

Caros Companheiros,
                                 A participação do Secretário Álvaro Maciel no dia 20/01 no debate inaugural sobre a Elaboração Final do Plano Municipal de Cultura da cidade de Nova Iguaçu, foi recebida com extremo agrado e carinho. Nós petista locais representados pelo nosso Secretário Municipal de Cultura Anderson Àvila e eu, nos sentimos gratificados, não só pela presença como pela bela e importante fala feita por nosso Secretário da instância partidária.
                                  Tendo em conta que no decorrer desses sete meses que fazem esta gestão, que poderiamos brincar de "sangue puro", vem redesenhando o sentido republicano e democratico da gestão, com transparência, diálogo, participação, e, principalmente com resultados estruturantes que ficarão mesmo depois de nossa passagem, como gostar de ressaltar o nosso Secretário e companheiro Anderson Ávila.
                                   Contando , ainda, neste mesmo dia com as brilhantes intervenções dos companheiros  Fabio Lima, representando Minc e Flávio Aniceto corroboraram para afirmação e constatação, que esta geração fundadora da SeCultPT no Estado do Rio de Janeiro, vem ao longo dos anos se preparando e aperfeiçoando para assumir o seu papel de direção na construção de uma politica para o setor da Cultura em todo o país.
                                   Saber que contamos com apoio e carinho de todos da SeCultPT/RJ, nos faz caminhar com firmeza para construção de um Brasil melhor.
Saudações Petissta com 94% de aprovação pelo Data, quem viveu viu!!

Lino Rocca - Subsecretário de Cultura