terça-feira, 7 de julho de 2015



Em Defesa do Governo Dilma 



Declaro o meu orgulho e respeito ao Governo de Dilma Roussef. Reproduzo aqui um pequeno  trecho do seu discurso na Assembleia da ONU , em 24/09/2014. O termo multilateralismo e o sucesso da política de inclusão social assustaram os líderes do Capitalismo Internacional que  temem a perda da hegemonia no campo econômico. Vale à pena reler o que defendeu a presidente Dilma:

“...A grande transformação em que estamos empenhados produziu uma economia moderna e uma sociedade mais igualitária. Exigiu, ao mesmo tempo, forte participação popular, respeito aos Direitos Humanos e uma visão sustentável de nosso desenvolvimento.

Exigiu, finalmente, uma ação na cena global marcada pelo multilateralismo, pelo respeito ao Direito Internacional, pela busca da paz e pela prática da solidariedade.

Senhor Presidente, há poucos dias, a FAO informou que o Brasil saiu do mapa da fome. Essa mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões de empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71%  seu poder de compra nos últimos 12 anos. Com isso,  reduzimos a desigualdade.

Trinta e seis milhões de brasileiros deixaram a miséria desde 2003; 22 milhões somente no meu governo. Para esse resultado contribuíram também políticas sociais e de transferência de renda reunidas no Plano Brasil Sem Miséria.

Na área da saúde, logramos atingir a meta de redução da mortalidade infantil, antes do prazo estabelecido pelas Metas do Milênio.


Universalizamos o acesso ao ensino fundamental.  Perseguimos o mesmo objetivo no ensino médio. Estamos empenhados em aumentar sua qualidade, melhorando os currículos e valorizando o professor. O ensino técnico avançou com a criação de centenas de novas escolas e a formação e qualificação técnico-profissional de 8 milhões de jovens, nos últimos 4 anos...”

quinta-feira, 2 de julho de 2015




O Golpe do Dia Seguinte
(por Álvaro Maciel)

No dia 30/06 tivemos nítida demonstração do grau de conservadorismo que tomou a Câmara Federal do Brasil sob o comando do determinado e faminto Eduardo Cunha. A despolitização do discurso da direita é algo horripilante. Seus parlamentares são despreparados e usaram de tudo, chantagem emocional, facismo, mentiras, racismo, desvio de conduta, etc em busca de votos.  É chocante assistir nas plenárias os diversos discursos de reverência dirigidos ao Cunha, um verdadeiro beija-mão. Esse endeusamento assustador por parte dos parlamentares encabrestados e as manobras facistas do presidente da Câmara  agridem ao povo brasileiro.

Temos um parlamento contrário ao Brasil, que demonstra ódio ao PT e, através da tentativa sedenta de aprovação da PEC 171,  demonstrou ignorar a situação dramática da população jovem  do país, divididas em parcelas específicas; as  mais pobres , as  que vivem em territórios de maior violência, as das zonas de prostituição, as que sofrem com trabalhos forçados, as que são humilhadas pelo preconceito raciais, as que não tiveram acesso à educação e cultura, dentre outros segmentos da juventude.   Os mesmos parlamentares que votaram pela continuidade do financiamento empresarial às campanhas agora disseram SIM à redução da maioridade penal. Perderam no dia 30/06 e  na madrugada do dia seguinte  foram convencidos  pelo presidente da Câmara a votarem uma matéria já vencida.

A esquerda, por sua vez, teve atuação impecável, com discursos profundos e convincentes, em defesa da juventude. Em menor número, nossos parlamentares tiveram o papel de aglutinar o máximo possível de votos para garantir a vitória do NÃO na votação de terça feira, 30/06.  Quero parabenizar a Juventude Brasileira, e também aos ex jovens, que ocuparam as ruas e as redes sociais para fazer a devida pressão política e convencer os parlamentares indecisos e à sociedade. E digo mais,  não precisamos ser jovem para entender que lutar pelos direitos da juventude é lutar por justiça social. Não podemos nos dividir, não podemos abandonar as ruas, pois, temos neste momento muitos poderosos contrários ao avanço democrático que ocorria no país, até então.
A conjuntura atual é muito delicada. O setor de comunicação do Brasil é retrógado e contrário às transformações esperadas pelos movimentos sociais. O Congresso está mega conservador e, nitidamente, vinculado aos interesses dos empresários que  financiaram as campanhas eleitorais. Temos, ainda,  um PSDB que não quer deixar ninguém descer do palanque eleitoral, pois não se conforma com a derrota sofrida nas urnas.

Portanto, se faz necessária que se mantenha a organização dos movimentos sociais populares, pois, teremos ainda muita luta pela frente. A PEC 171 não pode ser aprovada definitivamente e, dentro em breve,  será a vez da PEC 421 – do orçamento da Cultura,  chegar  a essa mesma Casa.
Não podemos recuar. Os meninos de meninas ativistas políticos brasileiros, que ocupam as ruas e praças, em todas as regiões do país, dão à sociedade um exemplo de cidadania e patriotismo que merece a atenção de todos. Essa juventude não luta em causa própria, sonham e lutam por um país mais igualitário.

E para concluir: que essa vitória do dia 30/06 sirva para motivar outros segmentos da juventude a engrossarem as fileiras dessa linda militância. Que "o golpe do dia seguinte"   não nos desanime. Que o chamado às ruas seja ouvido também pelos ex jovens e por toda a sociedade.  Que 2015 entre para a história como ano de resistência dos movimentos populares contra o processo golpista que instaurou no país.  Vamos às  ruas galera !


Fotos da ocupação da Cinelândia - no dia 30/06, no Rio  antes da votação do texto substitutivo


Por 5 votos a PEC 171 foi barrada na Câmara Federal