quinta-feira, 27 de abril de 2017

Correios em Greve - um belo exemplo

Começou. Desde quarta feira 26/04 os Correios entraram em greve por tempo indeterminado. 

Os trabalhadores se anteciparam e paralisaram suas atividades alegando os seguintes motivos: a ameaça de privatização, fechamento de agências, falta de segurança e contra as reformas Trabalhista e Previdenciária. Um belo e importante exemplo para o movimento da Greve Geral do dia 28/04. 



Da Agência Brasil:

fonte: Agência Brasil
Dentre as pautas estão algumas da greve geral que será aderida por diversos setores na próxima sexta-feira (28). O sindicato é contra a privatização, as demissões e retiradas de direitos dos trabalhadores. O órgão reclama que mais de 200 agências foram fechadas por todo o Brasil. Com isso, muitos moradores do interior e das periferias ficarão sem o atendimento bancário e postal dos Correios do Brasil.
Confira algumas pautas que serão abordadas durante a greve:
  • Contra o desmonte dos Correios. Não à privatização!
  • Contra a suspensão das férias
  • Nenhuma demissão. Contratação já!
  • Contra o fechamento das agências
  • Contra a falta de segurança das agências
  • Pelo retorno da entrega diária
  • Greve geral contra as Reformas Previdenciária e Trabalhista
  • Abertura dos livros contábeis da empresa. Auditoria já!
  • Auditoria da dívida pública. Taxação das grandes fortunas
  • Fora Guilherme Campos! Fora Temer!

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Greve Geral de 28/04 - Líderes evangélicos convocam a população


Agora sim! As Igrejas Evangélicas, seguindo o exemplo da Católica, emitiram um manifesto em apoio à greve geral do dia 28/04 e contra as reformas do Trabalho e da Previdência, que governo de Michel Temer e o Congresso golpista querem impor ao Brasil. 

No encontro, além do pronunciamento oficial, foi assinado  pelos presidentes e representantes das Igrejas Evangélicas Históricas brasileiras um documento aberto à imprensa e às redes sociais. As lideranças evangélicas coletivamente convocam a população em geral a participar dos protestos, na próxima sexta feira, contrários à extinção de direitos sociais,  trabalhistas e previdenciários.      

Fonte : Jornal 247

“Depois da Igreja Católica, as Igrejas Evangélicas também assinaram um manifesto em que criticam as reformas Trabalhista e da Previdência propostas pelo governo Michel Temer e chamam a população para a greve geral do dia 28, que protesta contra a retirada dos direitos trabalhistas.

Um pronunciamento contra as reformas divulgado no final de março já havia sido assinado por 11 igrejas evangélicas, entre elas a Aliança Evangélica, a Igreja Metodista no Brasil e a Igreja Evangélica Luterana do Brasil.

O pronunciamento oficial é assinado pelos presidentes e representantes das Igrejas Evangélicas Históricas brasileiras, que criticam, entre outros pontos das reformas, a idade mínima de 65 anos para se aposentar, para homens e mulheres - o texto já recebeu alterações.”


segunda-feira, 24 de abril de 2017

Arcebispos convocam católicos para a greve geral



“A Igreja se posiciona firme e profeticamente contra as reformas que vão contra o nosso povo”, diz mensagem veiculada pelo comitê católico de BH. Líderes de outros estados também estão convocando a população a parar contra a reforma da previdência e o governo Temer.

Arcebispos em diversos estados têm convocado os brasileiros para a greve geral do dia 28 de abril. O movimento é organizado por centrais sindicais e movimentos sociais em todo o País em protesto contra as reformas impostas pelo governo Temer, que retiram direitos dos trabalhadores, especialmente os mais pobres.
Uma publicação do Comitê das Igrejas de Belo Horizonte convoca a população para a paralisação. “A Igreja se posiciona firme e profeticamente contra as reformas que vão contra o nosso povo”, diz o título da mensagem.
O texto destaca ainda que as reformas da Previdência e Trabalhista, além da Lei da Terceirização, já aprovada, “desmontam direito sociais conquistados com muita luta pelo povo brasileiro”, mas que “infelizmente, a maioria dos nossos governantes não escuta e não enxerga a realidade do nosso povo, e sem qualquer diálogo com a sociedade impõe um conjunto de mudanças que afetarão a todos, especialmente os mais pobres”.
“É preciso reagir”, convocam ainda. Os arcebispos da Paraíba e de Maringá (PR) também aderiram à greve. O folheto de BH traz uma imagem do papa Francisco, com a mensagem: “Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”.
Nessa semana, o papa negou, por meio de carta a Temer, um convite do governo brasileiro para visitar o País, e cobrou o presidente para evitar medidas que agravem a situação da população carente. “Sei bem que a crise que o país enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao Papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo”, disse.
Francisco acrescentou que não pode, porém, “deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres”. O papa também lembrou a Temer que não se pode “confiar nas forças cegas e na mão invisível do mercado”.
Na Paraíba, o arcebispo dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, que foi anunciado pelo Vaticano no início do mês passado como novo arcebispo do estado, gravou uma mensagem convocando a população para participar das manifestações contra a reforma da Previdência. “Sabemos que esta reforma implica em tirar direitos adquiridos dos trabalhadores e assegurados na Constituição de 1988”, diz com Manoel. “Convocamos todos os trabalhadores a participarem desta grande manifestação, dizendo a palavra que o povo não aceita a reforma da Previdência nos termos que estão anunciando”, afirmou o arcebispo.
(Por Brasil 247)

terça-feira, 18 de abril de 2017

Livro narra como a Ditadura provocou o extermínio de indígenas


Uma investigação da história de centenas de indígenas mortos durante a ditadura militar no Brasil, de 1964 a 1985, foi transformada em livro pelo jornalista Rubens Valente, que durante um ano entrevistou 80 pessoas, entre índios, sertanistas, missionários e indigenistas para construir o relato.

Lançado na última semana na capital paulista, o livro Os fuzis e as flechas – A história de sangue e resistência indígenas na ditadura traz à tona registros inéditos de erros e omissões que levaram a tragédias sanitárias durante a construção de grandes obras do período militar, como a Rodovia Transamazônica.

“Em 1991, 1992, eu estive em uma área de uma etnia que se chamava Ofaié-Xavante. E lá eles me contaram que tinham sido transferidos pelos militares em um caminhão e haviam sido despejados lá no Pantanal, a 600 quilômetros dali [de seu território original]. Lembro que essa história me marcou muito, porque mostrou que havia uma coisa a ser contada nessa relação de índios com a ditadura, como eles sofreram impactos nesse período”, contou o jornalista. Em viagens a outras aldeias desde os anos 1980, Valente conta ter ouvido relatos semelhantes.
“Em 1982, minha família mudou para Dourados, em Mato Grosso do Sul. Eu sou do Paraná. E lá em Dourados existe a maior aldeia indígena urbana, que vive naquela região. Então foi o primeiro contato que eu tive com os indígenas no país, quando eu tinha 12 anos, no final da ditadura. E a partir de então eu comecei a pesquisar o tema”, contou. O jornalista começou a colecionar notícias, histórias, livros e estudos sobre o assunto.

 Indígenas isolados


Segundo Valente, houve vários métodos de controle e de enfrentamento dos militares em relação aos índios. Na Região Amazônica, estavam as comunidades mais isoladas, que não tinham sido contatadas e, na época, eram chamadas de hostis ou arredias.

“O regime militar desencadeia um processo de ocupação da Amazônia, um processo que envolvia obras, como estradas – principalmente a Transamazônica –, envolvia hidrelétricas e envolvia a criação de núcleos de colonos, de trabalhadores rurais. Esses colonos que vinham a reboque desses projetos de desenvolvimento”, disse. Tudo isso, segundo o autor, “da noite para o dia”, sem um plano organizado com grande estrutura sanitária e médica para os povos tradicionais da região.

“Foi um plano executado assim às pressas, conforme o relato dos próprios sobreviventes, e que encontravam essas populações desassistidas e despreparadas em relação aos vírus que os brancos vinham trazendo. Isso que causou inúmeras mortes, centenas de mortos. E, aliado a isso, começou a haver o que eu chamo de deportações dentro do próprio do país. Eram grupos inteiros tirados de um lugar e colocados em outro.”

Valente contou a história de um grupo Xavante retirado da fazenda Suiá-missú e levado para uma outra área da mesma etnia, chamada São Marcos. “O cálculo é que morreram de 100 a 120 índios apenas nessa operação. A força aérea transportou esse índios de uma área para outra área de avião e lá eles morreram porque não havia um plano de atendimento a essa população que havia chegado recentemente ali. Eu pude entrevistar sobreviventes que enterraram esses corpos e fizeram covas coletivas, corpos que foram enterrados com tratores, porque eram tantos corpos. É um típico caso de um erro de entendimento da questão indígena”, disse. Segundo o autor, histórias de deslocamentos como essa se repetiram várias vezes.

Construção da BR-174


Um dos casos considerados mais graves por Valente está relacionado à construção da rodovia BR-174, conhecida como Manaus–Boa Vista, que atravessou o território indígena da etnia Waimiri-Atroari e colocou os índios em contato com trabalhadores, na década de 1970. “O cálculo mais modesto indica 240 mortos só nesse caso. A mortandade ocorreu de 1974 até por volta de 1977”, disse. “Eu procurei amarrar esses episódios e mostrar para o leitor um panorama do que ocorreu e a ideia de que havia uma lógica por trás de tudo isso, uma lógica militar de ocupação da Amazônia.”

Reparação


Para o autor, a principal conclusão de sua pesquisa é a dificuldade do Estado brasileiro em reconhecer essas mortes e de pedir desculpas pelo que ocorreu. “Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade aprovou um capítulo destinado aos povos indígenas, e esse capítulo indicava a necessidade de um pedido de desculpas por parte do governo brasileiro. Um pedido de desculpas pelo que aconteceu com os índios. E até o momento, já se vão três anos, não houve sequer o reconhecimento, sequer um pedido desculpas, quanto mais alguma forma de reparação desses danos.”


Fonte: Agência Brasil -17/04/2017

segunda-feira, 17 de abril de 2017

17 de Abril - um ano do golpe parlamentar 2016



O dia 17 de abril de 2016 entrou para o calendário nacional da luta pela democracia como Dia do Golpe Parlamentar no Brasil. Nessa data foram aprovados no parlamento o afastamento temporário da presidenta Dilma Housseff e a abertura do processo por crime de responsabilidade aberto contra uma presidenta acusada sem apresentação de provas. A partir daí, sob o Comando de Eduardo Cunha, o país sofreu uma série de ataques a sua CF/88.  "A ruptura democrática abriu caminho para o que chama de sucessivos golpes dentro do Golpe". Recentemente Cunha foi condenada a 15 anos de prisão, mas sua atuação como na presidência da Câmara pôs fim ao maior período democrático vivido no Brasil.

Dias antes, mais especificamente, em 15/04/16, o New York Times escreveria: “Ela não roubou nada, mas está sendo julgada por uma quadrilha de ladrões”. Enquanto isso, o PSDB, através de seus líderes e com apoio da mídia “dita” oficial, sem empenhava em difundir a suposta legalidade do impeachment.

O presidente da Câmara dos Deputados era Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje em dia cassado e condenado a 15 anos de prisão, na semana da votação arregimentou os aliados e buscou voto a voto a favor do impeachment da presidenta Dilma. Foi, ao mesmo tempo, mentor e operador da manobra de iniciar a chamada nominal dos deputados pela região Sul, deixando para final os deputados do Nordeste e do Norte.  Com isso, Cunha conseguiria alcançar seu objetivo, declarado por ele publicamente, de criar uma onda pró-impeachment durante a votação e garantir a maioria acachapante dos votos SIM.  Foi assim que o Brasil e o mundo assistiram pela TV a operação parlamentar que atingiu duramente uma democracia brasileira. Operação que deu início ao processo mais vergonhoso da política brasileira após a redemocratização do país.

No dia seguinte, 18/04, o teólogo Leonardo Boff publicou em seu blog severas críticas ao afastamento da presidenta Dilma.  “... mas o que mais causou estranheza foi a figura do presidente da Câmara que presidiu a sessão, o deputado Eduardo Cunha. Ele vem acusado de muitos crimes e é réu pelo Supremo Tribunal Federal: um gangster julgando uma mulher decente contra a qual ninguém ousou lhe atribuir qualquer crime”.  Boff também questionou a responsabilidade do Supremo Tribunal Federal por ter permitido esse ato que nos envergonhou nacional e internacionalmente.

Diversos intelectuais, artistas e parlamentares aderiram ao movimento em defesa da democracia e passaram a questionar qual o interesse secreto alimentaria a Suprema Corte a sustentar sua absurda omissão. 

O que ficou daquele triste dia foi que Eduardo Cunha mobilizou sua base de apoio para aprovar um impeachment golpista em troca da sua isenção de investigação. Como bem disse o líder do PT/BA Afonso Florence. "O próprio Cunha disse que poderia cair um dia, mas que Dilma iria atrás". A ameaça de Cunha foi cumprida e sua efetivação contou com a participação de diversas instituições, além dos partidos políticos envolvidos em atos ilícitos, que mais tarde viriam à tona.





 Secretaria Estadual de Cultura do PT -RJ



quinta-feira, 13 de abril de 2017

Condenação de Cunha pode acelerar a queda de Michel Temer


Por Álvaro Maciel

O que o povo brasileiro tanto esperava aconteceu, o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, foi condenado no dia 30/03/2017 a 15 anos e quatro meses de reclusão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

A Condenação de Cunha comprovou judicialmente que Dilma foi perseguida e golpeada por um forte esquema corrupto, através de uma trama espetacular, cujo desdobramento foi semelhante a capítulos de novela, com textos e argumentos ridículos. Um episódio que apunhalou a democracia brasileira.

Cunha, como presidente da Câmara, atuou como “chefe todo poderoso” de uma quadrilha que se uniu para instaurar a insegurança política que até hoje permeia o país. Suas obstruções às pautas do governo e o uso intermitente das pautas bombas, serviram para tumultuar e inviabilizar a gestão da presidenta Dilma Rousseff. Assumiu, portanto,  o papel central para o enfraquecimento de um governo legítimo e democrático. Conduziu a operação ardilosa e criminosa para criar o clima favorável ao golpe, concluído em 2016, após a condenação e afastamento definitivo de Dilma de suas funções presidenciais.



Cunha não agiu sozinho, ao contrário, criou uma rede de influência no âmbito do Congresso Nacional, que envolveu e envolve não sós os deputados e senadores, mas representantes dos diversos segmentos empresarial e financeiro, cujos nomes ainda não foram totalmente revelados para a sociedade.

O golpe parlamentar que derrubou Dilma teve como principal motivação o seu sentimento de vingança, diversas vezes por ele externado. A aceitação do pedido de Impeachment foi uma cruel contrapartida reativa à investigação aberta contra ele. Um revanchismo esdrúxulo.

Com o tempo e os fatos o povo brasileiro passou a entender melhor o que representou aquele processo de golpe contra a democracia brasileira. Hoje o Brasil vive o amargo sofrimento de seu povo, um duro resultado da substituição abrupta de Dilma Housseff por Michel Temer.

Temer se aliou e se alinhou ao PSDB quando aceitou do partido a missão de fazer avançar uma ambiciosa agenda de reformas neoliberais. Essa é a mais evidente e também a pior marca do seu governo. A aliança PMDB/PSDB, que conta com os partidos menores que orbitam em seu entorno, criou uma força conservadora no Congresso, tão avassaladora, que pode aprovar com extrema facilidade as propostas reformistas encaminhadas pelo Executivo ou de inciativa dos próprios parlamentares.


Nunca se viu tanta celeridade na tramitação e aprovação de propostas como a PEC da Morte. Havia, naquele momento, muita dúvida no Congresso e muita pressão popular contrária à PEC e, mesmo assim, o governo conseguiu uma vitória folgada e sem nenhuma emenda. Essa coesão do Legislativo com o Executivo, com perfil reacionário, é de fato assustadora e perniciosa. Jamais devemos esquecer que essa coalizão neoliberal poderosa foi implantada a partir da atuação de Eduardo Cunha à frente da Câmara e se manteve após a eleição de Rodrigo Maia.

Após a aprovação da PEC do Fim do Mundo muita gente que achava que não era golpe passou a entender a gravidade da dura realidade instaurada no Brasil. Com o passar do tempo até os “coxinhas” recuaram. Mesmo as pessoas que não gostam de política ou, simplesmente, evitam discutir assuntos relacionados ao Planalto, passaram a entender a importância estratégica que têm os cargos de presidente da Câmara e presidente do Senado. Aos poucos ficou evidente para o povo brasileiro que as duas Casas participaram do golpe parlamentar que arruinou o país.

Não se sabe ainda o que há por trás dessa grande composição de forças políticas de direita, organizada para sustentar a agenda neoliberal, sob o comando de o presidente Michel Temer nem que acordo fora firmado. Também não sabemos quem são, exatamente, dos envolvidos. Todavia, pode-se concluir que a classe trabalhadora é a que mais está perdendo e sofrendo.

A operação Lava Jato, cujo objetivo é o combate à corrupção, blindou o PSDB e, ainda por cima, revelou um efeito colateral caro demais à economia do país. Ela mergulhou o país numa grande instabilidade política e econômica, que por sua vez abre um enorme espaço para se efetivar no país uma agenda para o avanço do projeto neoliberal. Logo, temos aí algumas pulgas atrás da orelha do povo. Vivemos um mar de dúvidas e incertezas.



A condenação de Eduardo Cunha trouxe novamente à tona a discussão sobre o processo de impeachment contra a presidenta Dilma, já que ficou comprovada na Justiça sua participação em diversos crimes e que usava o cargo de presidente da Câmara para tentar se livrar das investigações. Essa é apenas a primeira condenação. Ela abre caminho para outras e enfraquece ainda mais o presidente Temer, pois, aumenta a instabilidade política no Planalto e realça as muitas dúvidas sobre sua ascensão à Presidência da República. O risco de Cunha não chegar ao final de seu mandato cresce gradativamente.

Michel Temer pode estar prestes a cair? Temos elementos para responder que sim. Primeiro por que sempre teve sua legitimidade contestada. Segundo por que parece estar muito próximo de acontecer uma fusão tácita entre os movimentos sociais, que seria a junção dos movimentos que apoiam o combate à corrupção com os movimentos dos que lutam pela manutenção dos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais. Uma fórmula fatal ao governo Temer. Em terceiro estão os efeitos da delação premiada de Cunha, que poderão atingir em cheio Michel Temer e diversos Ministros de seu governo. Provavelmente, Temer cairá antes de dezembro de 2017.


Publicado por Revista Fórum, em 07/04/2017.







quarta-feira, 12 de abril de 2017

Assista aqui ao programa eleitoral do PT exibido na TV no dia 11/04/2017




O Programa eleitoral do Partido dos Trabalhadores tem 10 minutos e foi exibido em rede nacional de TV . Veja e compartilhe!



Em programa partidário que foi ao ar hoje, o PT fez uma comparação direta entre os governos Lula e Temer. Durante os dez minutos da peça publicitária, o partido defendeu os programas sociais criados durante o mandato do petista em comparação a medidas de austeridade adotadas pelo presidente Michel Temer, como o corte no programa Minha Casa Minha Vida. Colocadas lado a lado, reportagens contrastaram avanços no governo do PT com quedas nos índices de desemprego, aumento da idade da aposentadoria e sobre a Lava-Jato.

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Em sua aparição, o ex-presidente Lula defendeu as medidas econômicas do PT. Imagens do ex-presidente foram gravadas na inauguração da transposição do Rio São Francisco, em Monteiro, na Paraíba. "O povo não é o problema. Sempre foi a solução", disse o ex-presidente.

Além de Lula, o presidente do partido, Rui Falcão, também fez uma aparição no programa. Falcão defendeu que o governo petista foi o que mais combateu a corrupção. Por meio de uma comparação de reportagens, o programa comparou os governos de Lula e Dilma com o de Temer. Entre as publicações lembradas no program estava o vazamento de um diálogo entre o senador Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Na conversa, Jucá faz críticas à operação Lava-Jato e insinua que se deve “estancar a sangria”.

Ao final do programa, o partido fez uma convocação, sem narração, para a greve geral do dia 28 de abril.

Ainda em período pré-eleitoral, o partido não fez menções a uma possível candidatura do ex-presidente. No entanto, o presidente do partido, Rui Falcão, abordou a questão.

"O que eles querem com acusações falsas, mentiras e perseguição é impedir que o Lula volte a ser presidente", afirmou Falcão.

Segundo Rui Falcão, os opositores do partido afirmaram que, com a saída do PT da Presidência, tudo melhoraria o que, segundo o petista, não ocorreu. O programa, no entanto, não conta com nenhuma aparição da ex-presidente Dilma Rousseff.

O programa levado ao ar pelo partido gira em torno de uma estudante de jornalismo que conseguiu uma vaga em uma universidade graças ao ProUni. Produzindo um filme sobre os programas sociais, a estudante entrevista alguns beneficiários de medidas adotadas durante os governos do PT.

O partido acompanha o ex-presidente na inauguração simbólica da transposição do rio São Francisco, em Monteiro, na Paraíba. O projeto foi iniciado pelos governos do PT, mas inaugurado durante o governo Temer. Segundo o partido, Temer tenta levar o crédito pela realização da transposição.

Antonio Pitanga, golpe e contragolpe - As contradições do Brasil movem o memorial de um pioneiro da luta negra



O golpe produz momentos de ironia involuntária e, pela própria natureza morosa da concepção, o cinema brasileiro tem sido um observatório privilegiado desse fenômeno. Filmes que foram concebidos durante o governo de Dilma Rousseff e/ou ao longo da era petista e, portanto, poderiam ser obras de situação, agora se veem obrigados a nascer na resistência, sob a égide do Brasil golpista de 2017.

É o caso de Pitanga, um documentário sobre o ator baiano Antônio Pitanga, dirigido pela filha dele, a também atriz (carioca) Camila Pitanga, em duo com o cineasta paulista Beto Brant (de Os Matadores, O Invasor e Cão sem Dono, entre outros).

Pitanga não é apenas pioneiro do empoderamento negro brasileiro, pela infinidade de filmes de que participou desde o fim dos anos 1950 (e em especial no movimento sessentista do cinema novo). Foi vereador carioca por dois mandatos pelo Partido dos Trabalhadores e é marido da ex-governadora fluminense Benedita da Silva, também petista.

Entre 2002 e 2003, foi “primeiro-damo” (como gosta de dizer) negro de uma governadora mulher, negra e ex-favelada. No contrapé, Pitanga, o documentário, leva a assinatura parceira da Globo Filmes e do canal noticioso GloboNews, o mesmo aparato midiático que teve papel nuclear na derrubada de Dilma.

Tal como o homem que é ligado ao candomblé e está casado com uma mulher evangélica, ele tem sido um hábil malabarista a se equilibrar entre a esquerda progressista e a direita reacionária, o racismo branco e a resiliência negra, a Rede Globo onde a filha trabalha e o PT em que a esposa milita.

Camila, Pitanga, Benedita e Antônia, filha de Camila

O artista negro explica a habilidade em circular desde sempre em meio a um status quo flagrantemente hostil a tudo que ele significa e representa: “Eu não posso deixar de usar uma tribuna, sem deixar de ser eu, Antônio Pitanga, para fazer a minha fala, levar meu filme, meu discurso, meu pensamento. Qual é o espaço que eu tenho? Eu tenho esse espaço, que se associa com o projeto, tem uma admiração pelo projeto. Eles estão me dando essa chance, eu tenho de usar essa tribuna”.

Ainda que Pitanga (e, por contiguidade, todo o PT e o campo progressista que compuseram e compõem com o status quo global) se mova pelas tribunas inimigas, ele não economiza palavras ao interpretar o golpe de 2016.

“Nasci em 1939. Vi sair Dutra, chegar Vargas, suicídio de Vargas, Café Filho, Jânio, golpe, Jango, golpe. Com 77 anos achei que isso não fosse mais acontecer. Estamos vivendo um golpe mais trágico, porque esse não tem armamento. São os caras travestidos de civis, mas muito bem organizados. Todos os poderes estão conectados, sejam o Ministério Público e o Supremo Tribunal Federal, sejam os meios de comunicação. Estão todos conectados. Mas a gente não deve deixar de fazer, a minha profissão é essa. A minha maneira de pegar uma AR-15 é fazer filmes, teatro.”

No fio da navalha de ser protagonista de novelas da Globo, Camila reafirma o sangue do pai ao enfrentar o mesmo tema. “Foi no meio da caminhada do processo de montagem do filme que este país de hoje eclodiu no golpe, nestes desmandos” , diz a atriz.

“A cada dia somos alvejados por milhões de notícias que fazem a gente voltar no tempo, com o desmonte dos direitos dos trabalhadores, um cenário horrível. Eu jamais imaginaria que a gente estaria mostrando o filme neste cenário, mas, uma vez que ele dialoga com este momento, acho que vem como um respiro fundamental.”

O pai se orgulha de ter pressionado o autor de novelas globais Silvio de Abreu a incluir na trama de A Próxima Vítima (1995) um núcleo negro, de “família normal”, no qual ele interpretava o pai e Camila era um dos filhos. “Falo sempre que sou um capoeirista mental. Quero trabalhar com o intelecto dos contragolpes. Não dei um golpe, quem deu golpe são eles. Aliás, um golpe em todos os sentidos.”

A filha responde se é possível a combinação intrincada de lutar contra o golpe, ser funcionária da Globo e produzir, com apoio e divulgação da mesma corporação, um documentário que tem DNA antigolpe. “Não posso falar pela empresa. Eu falo por mim, pelas minhas ideias e ações. Exerço a minha liberdade, e sou respeitada lá na empresa, até mesmo por isso. Nunca deixei de falar as coisas que eu penso por nada, nem por ninguém. Eu penso o que penso e me coloco de acordo com o que eu sinto, sem nenhum cerceamento.”

Tampouco o codiretor Beto Brant usa tons de cinza para abordar o substrato político no parto de Pitanga. “O PT é um partido que ficou muito tempo no poder, e muita gente fisiologicamente pulou para dentro. Não nego que foi uma bandalheira, mas o pior de tudo é que os caras mais corruptos estão lá e inclusive deram esse golpe de Estado e estão fazendo o desmonte de várias conquistas sociais que o PT promoveu, como na questão trabalhista, na previdenciária, na educacional. Acho importante neste momento temerário, de intolerância, em que as pessoas começaram a falar merda na rua e ser aplaudidas”, diz.


Brant, Camila e Pitanga

Na situação ou na oposição, o documentário é por natureza uma obra de resistência, na opinião do diretor: “Não é um filme de ressentimento, de rancor, de mágoa. O Pitanga mostra seu valor por aquilo que ele afirma”.

O desassombro com que Brant e os Pitanga comentam a tragédia brasileira de 2017 leva a refletir sobre o silêncio dos artistas em relação ao golpe. Eles estão mesmo calados e medrosos, ou não se posicionam, por que os jornalistas não perguntam?

O cineasta afirma que, não, nenhum jornalista lhe perguntou antes se estamos ou não sob golpe de Estado. O documentário é uma passarela pela qual desfilam, ao lado de Pitanga, nove entre dez personalidades cruciais da geração do ator. O amigo e correligionário Luiz Inácio Lula da Silva não comparece.

por Pedro Alexandre Sanches

Fonte:  Carta Capital, em 09/04/2017


Beto Brant 

Set de gravação 

Camila e Caetano


quinta-feira, 6 de abril de 2017

Luiz Sérgio critica fim do Ciências sem Fronteira

 


O deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) criticou, em pronunciamento no plenário, decisão do governo ilegítimo de Temer de acabar com mais uma das políticas públicas bem-sucedidas dos governos petistas. “A vítima desta vez é o Ciência sem Fronteiras, um programa estratégico, de inclusão social, pois permitiu a participação de negros e jovens de famílias com renda de até três salários mínimos. Se não fosse o Ciência sem Fronteiras esses jovens nunca teriam a oportunidade de ter acesso a universidades em outros países”, disse.

Para Luiz Sérgio, “é um retrocesso acabar com o Ciência sem Fronteiras, programa inspirado em experiências da China e da Índia. É lamentável que este governo insensível de Michel Temer, que quer acabar com a aposentadoria dos brasileiros, agora acabe com um programa exitoso como esse”, reiterou o petista.

Gizele Benitz
Foto: Gustavo Bezerra

Fonte: O PT na Câmarta

quarta-feira, 5 de abril de 2017

JAMAIS IREI TORCER CONTRA O MEU PAÍS OU CONTRA O NOSSO POVO

Dilma com negras e negros universitários 

Fico aliviado em não ter, em nenhum momento desconfiado da integridade da nossa Presidenta e do compromisso do meu Partido em garantir que a democracia e a justiça fossem alicerce naqueles tristes períodos de 2015 e 2016.

Agora, aqueles e aquelas que foram para as ruas gritar que a "nossa bandeira jamais será vermelha" estão vendo a bandeira que eles tanto defendiam ser roída, entregue ao capital estrangeiro e Não fazem nada!

Fica provado o quanto eram massa de manobra de quem nunca perderá o seu status social, ou seja, serviram as elites e a burguesia deste país e ainda perderam, perderam aquilo que o nosso projeto de governo havia garantido nestes últimos 14 anos. Conclusão, foram verdadeiros e verdadeiras Idiotas e agora são Covardes!

A presidenta Dilma nos braços do povo brasileiro

Quanto a nós; Negros e Negras, Proletários e Proletárias, Brasileiros e Brasileiras de verdade; continuaremos onde sempre estivermos, NAS RUAS! Porque nunca fomos alienados e alienadas nem antes do Golpe, muito menos agora com a perda da nossa dignidade e a venda do nosso país.

Porém, espero que a massa que foi lesada neste processo acorde, se arrependa e junte-se a nós, pois o rolo compressor vai continuar passando e a cada dia que este golpista continuar no comando do Brasil, será mais um dia de perda.

Não dá para esperar outubro de 2018, o jogo tem que virar para o nosso lado AGORA!

Freitas Madiba
Membro do Setorial de Cultura do PT Bahia
Coordenação Nacional de Entidades Negras - Fórum Bahia

Presidente do Conselho Municipal de Política Cultural de Salvador/BA

Um governo democrático

domingo, 2 de abril de 2017

Martinho da Vila – dá aula no Rio e vira enredo em São Paulo



No dia 21/03, no Rio, foi realizada a histórica Aula Magna com Martinho da Vila; evento organizado pela Coordenadoria de Experiências Religiosas Tradicionais Africanas, Afro-brasileiras, Racismo e Intolerância Religiosa (ERARIR/LHER/UFRJ), vinculada ao Laboratório de História das Experiências Religiosas (LHER/UFRJ). 

Destacamos a grande parceria com o Instituto de História da UFRJ, que participou da produção, etc. e ainda cedeu o seu Salão Nobre, no Largo de São Francisco, para realização do evento. Da Secretaria Estadual de Cultura do PT/RJ estiveram presentes o secretário Álvaro Maciel, acompanhado de Teo Lima e Rodrigo Nascimento Policarpo, membros titulares  do Coletivo Estadual. 

Martinho da Vila, cantor, compositor e escritor é uma referência do samba da cultura brasileira. Recentemente  ele   voltou às salas de aula aos s79 anos, como aluno do 5º período de Relações Internacionais em uma universidade particular na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O músico tem sido um estudante bastante aplicado e se destaca entre os colegas, conforme divulgou o jornal Extra. 

Autor de 14 livros que falam de  samba, história e política, Martinho, escolheu o curso de Relações Internacionais  por causa de seu como embaixador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLT). É o próprio Martinho que costuma dizer: “Já pratico relações internacionais há muito tempo, mas eu queria pegar um pouco de conhecimento mais teórico”.

Sua aula teve conversa, leitura de texto e cantos. Martinho deixou evidente a sua opinião sobre o atual estágio da luta racial no país. Para ele o racismo como doença quase não existe mais no Brasil. Porém, ainda praticamos em larga escala a discriminação racial.

“Racismo é uma doença quando alguém acha que o negro não é nada e não serve para nada. Mas isso agora fica apenas entre poucas pessoas, a juventude não pensa mais assim. A classe dominante, embora não tenha esse racismo, continua a praticar a discriminação racial,  quando opta por empregar negros em cargos subalternos e negar a eles os cargos mais importantes”.

Martinho citou o exemplo dos Estados Unidos, um país racista,  onde os negros conseguem ocupar cargos maiores e estratégicos ao país. No Brasil isso ainda é muito raro.

 Martinho da Vila Vira Enredo


No dia 23 de março, na quinta feira, três dias depois da Aula Magna, em São Paulo, a Unidos do Peruche anunciou que terá Martinho da Vila no carnaval de 2018. Mauro Quintaes, ex-carnavalesco da Unidos da Tijuca será o responsável por desenvolver o enredo da tradicional escola da Zona Norte da Capital paulistana, que já se reuniu com Martinho e finalizou com ele os detalhes. 




O enredo será feito com auxílio do sambista e percorrerá os seus 80 anos de vida e 50 anos de carreira. Ednaldo Santos, diretor de Carnaval, declarou que confia que a escola brigará definitivamente pelo título de campeã do Carnaval em 2018:

“A escola está apostando muito alto com esse enredo. Martinho é um ícone da história brasileira, um ícone do samba. Uma história linda de uma riqueza imensa. Com certeza vamos brigar pelo título”. 

A Unidos do Peruche voltou ao Grupo Especial em 2016 e neste ano conquistou a 11ª colocação ao cantar a cidade de Salvador no Anhembi. Por coincidência, Martinho da Vila completará seus 80 anos no dia 12 de fevereiro, em plena segunda-feira de Carnaval. 

Parabéns ao carnavalesco Mauro Quintaes pela brilhante iniciativa e palmas para Unidos do Peruche  pelo excelente investimento que, com toda certeza, engrandecerá ainda mais o Carnaval de São Paulo.

Secretaria Estadual de Cultura do PT -RJ