sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A Luta Pelo Sistema de Cultura Continua





Se a Capital - Rio e o Estado RJ não dão exemplo, como vamos cobrar dos municípios fluminenses? Se não temos sequer o Fundo Estadual de Cultura, como se sustentarão os fundos municipais?  O tempo passa, o tempo voa e chegamos a um patamar que não podemos esperar mais. A situação em que se encontram os grupos culturais em todos os municípios fluminenses é de desespero não podemos apenas assistir. Lutar pelo Sistema é lutar pela dignidade dos artistas e produtores culturais.





Os governantes e parlamentares petistas precisam ser cobrados, sim.  A imagem do nosso partido está sendo colocada em cheque. Quem acompanha a luta do setor cultural do PT sabe que o partido entende a Cultura como Direito Social. Esse conceito se firmou durante o segundo governo do presidente Lula, foi aprovado no Congresso  e reforçado pelo PT nas plenárias do partido. Vejamos, por exemplo, o trecho da resolução do 4º Congresso do PT, realizado em 2011: 

“Para o PT, a cultura é um direito social, o que implica em uma nova visão de papel do Estado como garantidor deste direito por meio de políticas públicas de produção, difusão e fruição dos bens culturais. O PT impulsionou importantes conquistas de valorização da diversidade e da cidadania, valorizando os artistas, instituindo políticas de memória e de fomento às artes.”

Parabenizo aos vereadores e vereadoras, que  atuam o junto às Camaras Municipais   na luta pela construção do Sistema Municipal de Cultura, fazendo jus ao papel de uma vereança petista.  No Rio temo um guerreiro incansável, o Vereador Reimont, que mais uma vez concoca a sociedade a participar de mais um ato pró Sistema. Parabenizo também aos Deputados Robson Leite e Zaqueu Teixeira, que nunca deram trégua ao governo estadual para que seja encaminhada a Lei do Sistema Estadual à plenária da Alerj.

                   

Por isso, o mínimo que podemos esperar dos municípios com administração petista é o compromisso com as bandeiras da cultura, defendidas e aprovadas nas plenárias nacionais e estaduais do partido. Nossas instâncias partidárias municipais e também nossos governantes, neste momento,  devem organizar a sociedade em torno do Sistema de Cultura nos moldes propostos pelo Governo Federal.

                        


É uma vergonha para o Estado do Rio de Janeiro, chegar ao final de 2014 sem a definição de uma Política Cultural. Temos o acúmulo das Conferências de Cultura. Agora é fazer. Mediante a urgência que se encontram produtores, artistas e grupos culturais,  em todo estado vamos exigir a aprovação da Lei Estadual da Cultura ainda esse ano e marcar uma ampla agenda para debater a implantação dos  Sistemas Municipais de Cultura  em todo Rio de Janeiro.