sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Contra o autoritarismo e fundamentalismo do governo Crivella: a Cultura resiste!

Infelizmente, a cidade do Rio possui um gestor-censor, que mais uma vez age de forma monocrática, tomando decisões baseadas exclusivamente em suas crenças e utilizando a máquina pública para defender interesses e opiniões pessoais.

A Secretaria Estadual de Cultura do Partido dos Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro repudia veementemente as ultimas declarações do prefeito Marcelo Crivella. Em suas redes sociais, desde o dia 01/10/2017, o representante do executivo carioca afirma que não autorizará a mostra “Queermuseu, cartografias da diferença na arte brasileira”, em fase de negociação para ser instalada no MAR (Museu de Arte do Rio). Em tom irônico, com total desrespeito aos princípios constitucionais de direito à diversidade, à liberdade de expressão e à prática democrática da cidadania, Marcelo Crivella afirma que a mostra coletiva terá espaço no fundo do mar, o que promove em nós, trabalhadores e oficiosos da cultura, um sentimento de censura remetendo a casos da ditadura militar vivida neste país, onde desafetos da política, à época, eram “desaparecidos” em alto mar.

A SECULT PT RJ defende que as práticas artísticas e culturais são fundamentais para o desenvolvimento de uma sociedade calcada nos princípios de respeito ao outro, na diversidade e da educação crítica e cidadã. Repudiamos toda e qualquer tentativa de cercear, constranger, desqualificar ou proibir as legítimas atividades artísticas que se desenvolvem no Brasil, construídas responsavelmente pelas instituições culturais, coletivos artísticos e demais agentes, gestores ou produtores culturais.

A atitude arbitrária do prefeito vai contra os mais caros valores defendidos historicamente pelo Partido dos Trabalhadores, posto que são mentirosas suas alegações de que a mostra incita a pedofilia e faz apologia ao sexo.

Infelizmente, a cidade do Rio possui um gestor-censor, que mais uma vez age de forma monocrática, tomando decisões baseadas exclusivamente em suas crenças e utilizando a máquina pública para defender interesses e opiniões pessoais.

Lamentavelmente, a gestão municipal age a serviço da desinformação, visando apenas a promoção do autoritarismo e do conservadorismo, reforçando a política de retrocesso face ao processo histórico que implantou um estado democrático de direito no Brasil.

#Rio+Diverso+plural #SeCultPTRJPresente
Fernanda Camargo
Secretária Estadual de Cultura – PT RJ
Rio de Janeiro, 05 de outubro de 2017

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Lula no 8º Encontro Nacional do MAB - "eles imaginaram que eu iria acabar”



(por Álvaro Maciel)

O ex-presidente Lula comentou nesta segunda feira a mais recente pesquisa Datafolha e citou “Eles imaginaram que eu iria acabar”. Essa frase marcou e deu tom da abertura oficial do 8º Encontro Nacional do MAB ( Movimento dos Atingidos por Barragens), realizado no Rio de Janeiro, no Terreirão do Samba, equipamento público de cultura da Prefeitura do Rio. A escolha da cidade do Rio de Janeiro como sede foi feita devido a grande importância geopolítica e potencialidade energética da cidade. 

Mais de 3.500 pessoas e 15 países representados  nos leva à reflexão de onde os movimentos sociais podem chegar. O MAB se tornou uma grande força social e política do Brasil. Em sua fala Lula cumprimentou as delegações presentes, à organização do encontro e passou a comentar  os números da última  pesquisa eleitoral e disse ter certeza que ele tem hoje 40% e não os 35% divulgados:

 "Todo dia eles me prendem, todo dia inventam um crime que eu não cometi. A surpresa deles foi pegar a pesquisa no sábado. Eu tinha 35%. E eles sabem que eu poderia ter 40%...”

O fato é que, mesmo com distorções e suspeição de manipulação, a um ano das eleições de 2018, Lula se mantém em primeiro lugar na corrida presidencial. 

Antes do Lula, falaram a senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, o senador Lindbergh Farias (PT), o senador Roberto Requião (PMDB) e diversas lideranças representantes dos movimentos sociais, dentre eles Adeílson Teles da Frente Brasil Popular.


Lula também citou que em seu próximo governo fará coisas que não pode fazer durantes suas gestões passadas. E nesse ambiente de manipulação de números e de forte intervenção da mídia brasileira, chamo a atenção para a importância do apoio da cultura à luta da democratização da comunicação no Brasil.