“Quando a gente
está em processo, não constrói plano B,
que só serve para
dar força ao inimigo...”
Em entrevista a rádio paraibana, Dilma
Housseff defendeu eleições diretas e afirmou que Lula seria
seu candidato: “Sou a favor que agora outrem governe o país. Atualmente, tenho
um candidato do meu coração e da minha razão. É o Lula, nosso querido
nordestino Lula”.
Ela ainda ressaltou que não pensa sequer em
alternativas. “Quando a gente está em processo, não constrói plano B, que só
serve para dar força ao inimigo que quer tirar Lula da eleição.”
Sobre a perseguição jurídico-midiática da qual o
ex-presidente Lula é vítima, Dilma afirmou que ninguém deve estar nem acima,
nem abaixo da lei. “Acima da lei não há ninguém, nem os que julgam. Ninguém
pode estar abaixo da lei, nem cidadão, nem imigrante.”
“Acho que qualquer lei de abuso de autoridade tem
que existir é muito bem-vinda, porque regula o arbítrio de quem quer que seja.
Notadamente só tem autoridade quem tem poder. Qualquer outra coisa é colorir a
tentativa de assegurar privilégios.”
Para a presidenta legítima, “Lula não
sofreu só com abuso de autoridade, mas acho que está em curso em relação ao
Lula é o lawfare. É um paralelo com a guerra. A guerra quer destruir o
inimigo fisicamente, mas no mundo democrático ocorre o uso da lei como arma
para destruir do ponto de vista civil uma pessoa. Julga, condena, pune e tira
as condições morais e éticas dela se construir e se colocar politicamente. Ela
tem como decorrente a justiça do inimigo. Você não quer julgar, quer destruir.”
Dilma ressaltou que não existem
provas de que Lula seja proprietário de qualquer apartamento, como afirma o
juiz Sérgio Moro.
“O juiz foi muito pautado por aquele procurador que
dizia não ter provas, mas convicções. Aí você cria situação perigosa, porque
não se pode romper com o princípio básico da democracia, de que todos são
iguais perante a lei. Quando você cria um único que não é igual, você entra no
perigoso terreno do fascismo.”
“Acredito que a democracia é a coisa mais
importante que nós temos. Sempre que o Brasil teve democracia, ele cresceu.
Sempre que a democracia foi reduzida, o Brasil perdeu. Nós precisamos de
processo de eleições diretas sem casuísmo, sem tirar ninguém do pleito. O
Brasil precisa se reencontrar, precisa de um pacto por baixo, alguém eleito
pelo povo.”
“Não vamos mais fazer essa
brincadeira perversa que corrompe o país, que é o impeachment sem
crime de responsabilidade. Outra decorrência desse golpe é o processo de ódio e
intolerância que faz crescer a extrema direita”.
Da Redação da Agência
PT de notícias
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