sexta-feira, 20 de setembro de 2013

POR UMA POLÍTICA CULTURAL DEMOCRÁTICA PARA O RIO DE JANEIRO


Diagnóstico

Em 2009, durante a II Conferência Estadual de Cultura, a Secretaria Estadual de Cultura do Partido dos Trabalhadores fez críticas aos dois primeiros da gestão cultural cultura do estado. As críticas daquele documento se baseavam em dois pilares: na urgente reformulação do Conselho e na implantação imediata do Sistema Estadual de Cultura.

Chega de Gerúndio -  Conselho Estadual de Cultura JÁ

Quatro anos se passaram e o quadro não mudou. O velho conselho estadual de cultura não mais existe e nenhuma falta faz, pois, era baseado na “indicação/nomeação”, via governador, e não por meio de eleições democráticas, via sociedade civil, como parte de um certame amplamente divulgado.  A Secretária Adriana Rattes vive repetindo que se inspira no ex-ministro da cultura, Giberto Gil, mas sua gestão está bem distante do modelo democrático de conselho, sugerido na proposta Sistema Nacional de Cultura, já praticado em outros estados da federação. A Secretaria de Cultura do PT/RJ reivindica o debate para a formação de um novo Conselho Estadual de Cultura como centralidade da pauta da  III Conferência Estadual de Cultura. Chega de gerúndio: “estaremos providenciando em breve”... “estamos construindo”...

Plano Estadual de Cultura

Das providências para a criação do Plano Estadual de Cultura, prometidas pela atual gestão, que inclui o fomento aos fóruns de debate e escuta, publicação da minuta, elaboração do texto técnico, tramitação do mesmo na Alerj... até a aprovação;  não se concluiu nem a fase da consulta pública, que está no site da SEC RJ, sem data para  o término das contribuições. Fato que coloca o Rio de Janeiro em uma situação constrangedora em relação ao cenário nacional. O texto apresentado, em nada se parece com um plano. Não há metas, ações, indicadores e prazos. A minuta não tem identidade e nem apresenta as características dos diversos territórios e regiões do estado, tampouco contempla as reais necessidades e anseios da população fluminense. A Secretaria de Cultura do PT/RJ avalia que o texto dessa minuta não consegue nortear as políticas públicas culturais para os próximos 10 anos.  Soma-se a isso a inaceitável demora na construção desse documento: foram quase 07 anos de gestão do governador Sérgio Cabral e 06 anos contínuos de uma gestão cultural que não avançou. 
  
Fundo Estadual de Cultura

Consideramos inaceitável o total despereço que o Governo Sérgio Cabral  deu ao  Fundo Estadual de Cultura (Lei 2927/98 de autoria do Deputado Estadual Carlos Minc – PT/RJ), durante esses sete anos. Essa lei foi promulgada em 1998 e a atual gestão de cultura do Estado, nesses seis anos, não tomou as providências cabíveis para operar o Fundo.

O CPF da Cultura

O Conselho Estadual de Cultura democrático, juntamente com Plano, o Fundo e as conferências, são os pilares do Sistema Estadual de Cultura. Fica evidente o descompromisso da atual gestão de cultura no Estado do Rio de Janeiro e a falta de interesse político em aderir ao Sistema Nacional de Cultura,  com políticas públicas de cultura estruturantes, sólidas e com a participação social na construção desse processo.



Secretaria Estadual de Cultura do PT/RJ – setembro de 2013

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