DESAFIOS
PARA A POLÍTICA ESTADUAL DE CULTURA.
textos coletivos
O
principal desafio da construção de uma política petista de Estado para Cultura
é o de se afastar radicalmente de ações paliativas e de não submeter-se a
lógica dos eventos, sejam eles grandes ou pequenos. Não é à toa que o discurso
mais evidenciado na nossa militância cultural é o de promover novos paradigmas
de atuação, criando diretrizes e metas para além da ação de um governo. Muitos
acreditam que os atuais avanços na política cultural brasileira possam promover
a drástica redução das relações de balcão de negócios, bem como o
apadrinhamento indiscriminado. A política cultural realizada pelos governos
Lula e Dilma apontam para além de uma gestão de governo. Nossos governos
definiram e construíram uma política de Estado, fundamentada, construída, e
formulada através do diálogo com diversos setores da sociedade. Este desafio
foi feito com a consolidação de um Sistema Nacional de Cultura calcado nos seus
três eixos estruturante - Conselho de Cultura, Plano de Cultura e Fundo de
Cultura. - conhecidos simpaticamente como o CPF da Cultura. Não há duvidas, uma
parte do caminho foi realizada.
A INSTITUCIONALIZAÇÃO
DA CULTURA
Acreditamos
que ações como a Caravana da Cidadania ou os futuros Seminário de Cultura a
serem realizados pela SECULPT-RJ, neste ano e no próximo, possam estabelecer
paradigmas, diretrizes e metas. É nesta direção que damos o primeiro passo para
construção de um Programa de Governo com a melhor proposta de cultura para o
Estado do Rio de Janeiro.
DESCENTRALIZAÇÃO
E TERRITORIALIDADE E TRANSVERSALIDADE
Isso
pressupõe promover a descentralização dos recursos, de forma regional e
territorial como uma das prioridades. Este posicionamento significa, também,
ter a percepção de não só promover ações e programas de fomento às diferentes
linguagens artísticas, mas, valorizar e proteger as comunidades rurais, as
comunidades tradicionais e a memória de culturas locais em todo Estado, com
políticas transversais com a Secretaria
de Meio Ambiente, a fim de que se fomente a preservação ambiental e
proteção às culturas locais, concomitantemente.
É
necessário rever a dicotomia tradicional entre centro/periferia/ sob uma ótica
contemporânea, onde se perceba a relatividade desta questão, instalando uma
perspectiva de territorialidade calcada na afirmação e construção de identidade
e não na espacialidade.
Secretaria
Estadual de Cultura do PT/RJ – 26 de setembro de 2013
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