O que mais vimos na TV após o dia
17/04/16 foi a reação de empresários que bancaram as campanhas dos deputados golpistas
preocupados com seus “investimentos”. Eles querem Temer de qualquer jeito.
Sabem que o Brasil começou a combater o mercado de propina e com Dilma na
presidência ficará cada vez mais difícil
de manterem suas isenções de impostos,
em busca de lucros exorbitantes. Foi
deprimente aquela votação. O festival de atrocidades chegou ao requinte de
horror quando um homem branco, cristão ,
defensor da família, teve a petulância de homenagear um torturador.
Na Padaria, supermercados e bares
ouvi muitas pessoas que discordam, em muitos pontos, do governo Dilma; mas hoje não são favoráveis ao impeachment sem crime. Ficou evidente para
muitos amigos e amigas, que não vivem o dia a dia da política, que o circo montado na Câmara foi uma manobra
contra o avanço das investigações que pela primeira vez na história do país
passaram a ameaçar os “peixes grandes”.
Dilma e o PT perderam na votação,
mas obtiveram uma grande retomada na aceitação junto à opinião pública. Quem
está em queda livre é a Rede Globo. Mais e mais pessoas se declaram indignadas
com a forma tendenciosa de atuação da principal empresa de comunicação do país.
Ao que muitos chamam de “mar de mentiras”.
Não é surpresa para ninguém, mas
vale registrar que, 10 dias depois daquele trágico domingo, nesta quarta-feira, 27/04/16, o senador Aécio
Neves (PSDB-MG) se reuniu com vice-presidente Michel Temer para acertarem o que
chamam de “agenda emergencial para o país”,
a ser implantada caso o impeachment da presidenta Dilma Rousseff seja aprovado
pelo Senado.
A tucanada está soltando suas
penas: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, já se manifestaram a
favor de que quadros do PSDB participem de um eventual governo do PMDB. O
senador José Serra está querendo assumir
um ministério... logo qual, o da Fazenda. O PSDB seria o idealizador e operador
da volta ao processo de privatização. Como
se sabe, eles estão de olho na Petrobrás e na Caixa Econômica.
Não podemos recuar. Vamos manter nossas atividades para ocupação
das ruas, praças e avenidas. Resistir, resistir e resistir.
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