NOTA DE REPÚDIO À PRIVATIZAÇÃO DA CEDAE - RJ

A SECULT /PT RJ expressa seu repúdio à aprovação do PL 2345/17, pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, que autoriza a privatização da CEDAE.

Entendemos que a medida ataca frontalmente o patrimônio público e a classe trabalhadora para satisfazer a sanha neoliberal do mercado e dos setores rentistas da política nacional.

 A privatização da Companhia de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae) ocorrida nesta segunda feira, 20/02/17, na ALERJ foi um dos maiores crimes contra o interesse público e contra o país. Ao se deixar chantagear pela Junta Governativa Federal, o governo do Estado do Rio aceitou vender uma das mais importantes e lucrativas empresas estatais em troca de um suposto aporte financeiro no valor de três bilhões de reais.

A argumentação de que o dinheiro servirá para pagar o funcionalismo é pífia, pois, ignora o valor real da Cedae, seus sete bilhões investidos só nos últimos quatro anos e a consequente onda de demissões que certamente irá ocorrer.

Outras formas de saneamento das contas públicas foram solenemente ignoradas, o que demonstra de forma cristalina o total alinhamento do PMDB do Rio com o projeto golpista do governo de Michel Temer, baseado na teoria do Estado Mínimo, empurrado goela abaixo dos estados federados, que endividados destroem os ativos nacionais.

Especialmente grave para o conjunto da militância petista foi o voto do deputado André Ceciliano, que em mais uma afronta às nossas tradições, posiciona-se contrário à maioria de nossa bancada, ao movimento sindical e às forças progressistas que lutam pelo fortalecimento do Estado.

Neste sentido, a Secretaria Estadual de Cultura do PT/RJ encaminha ao Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores - RJ, o pedido para que seja instaurada a Comissão de Ética com o objetivo de apreciar e julgar a falta grave praticada pelo parlamentar supracitado.

Secretaria Estadual de Cultura do PT – RJ

Rio, 21/02/2017

Jovem que passou em 1º lugar na USP diz que “meritocracia é uma falácia”

A menina negra e pobre que passou em 1º lugar no curso mais concorrido da Fuvest voltou a soltar mais uma frase de efeito que está movimentando as redes sociais:  “meritocracia é uma falácia”.

A primeira mensagem simbólica de Bruna foi publicada por ela, nas redes sociais, na segunda feira, 06/02,  logo após ter recebido a notícia de sua aprovação “A casa grande surta quando a senzala vira médica”. Assim, a jovem segue aglutinando centenas de seguidores encantados com sua postura firme diante de temas como racismo, liberdade de gênero, cotas e desigualdade social.  Em uma das reportagens Bruna afirma orgulhar-se do cabelo crespo e de sua origem.

Em entrevista ao portal Saúde Popular, Bruna diz que tem sua mãe como principal inspiração e critica a falácia da meritocracia. “A meritocracia é uma falácia. Eu consegui porque tive ajuda. Não dá para igualar as pessoas que não tiveram as mesmas oportunidades. Eu me esforcei muito, sim, mas não consegui só por causa disso, eu tive apoio. E é isso que a gente tem que dar para quem não tem oportunidade. A gente perde muitos gênios por aí, inclusive nas favelas porque não podem estudar”.

O primeiro lugar de Bruna somado as suas declarações estão alimentando o debate sobre cotas e desigualdades sociais.  Havia um bom tempo, por exemplo, que a mídia não   comentava sobre a distribuição das vagas dos cursos de medicina, que continuam preenchidas em ampla maioria por pessoas brancas.  Então, vem a Bruna, como exceção à regra e consegue ultrapassar a barreira. É dessa barreira que as classes hegemônicas não gostam de falar, como se fosse normal a situação de que as vagas de medicinas sejam ocupadas por pessoas brancas da classe média alta.

Enquanto a classe média não quer dividir “seus” espaços com pessoas das classes menos favorecidas, inclusive nas universidades públicas; a mídia, por sua vez, evita falar das dificuldades que os jovens de pobres são obrigados a enfrentar na rede pública de ensino.

Parabéns para Bruna Sena! Só não podemos esquecer que ela chegou lá por seu esforço próprio e não em razão de uma política pública de ensino democrática. As desigualdades sociais no Brasil ainda são alarmantes e perpassam pelo recorte racial.

(por Álvaro Maciel)

Feliz Aniversário ao Partido dos Trabalhadores

Salve 10 de fevereiro! São 37 anos de história de lutas e conquistas. Somos um Instrumento de luta da classe trabalhadora brasileira. O partido foi oficialmente criado em 1980 no colégio Sion em São Paulo. O PT é formado por aqueles que acreditam no mundo mais igualitário.  Parabéns aos militantes da Cultura que imprimiram sua marca de garra, competência e dedicação junto ao partido e que participaram da elaboração de políticas públicas culturais que muito contribuíram para a transformação da sociedade brasileira.

 Fotos Antigas

Presente de Yemanjá de Niteroi - tradição e fé no calendário oficial da cidade

O Tradicional Presente de Yemanjá de Niterói teve mais uma edição realizada na quinta-feira, 02/02/17, através da Yalorisá Tânia de Iansã, numa tarde de muita luz e fé. O ponto onde se realiza a festa religiosa anual está bem demarcado: Praia de Charitas, em frente à Casa do Caranguejo,  a partir das 17h.

Rita Diirr, produtora e organizadora do evento pela ONG INAC (Ingá Núcleo de Ação Comunitária) destaca a importância dos grupos culturais e dos movimentos de resistência que demandam políticas  junto ao poder público.

 - “Através da luta os movimentos sociais conseguiram algumas conquistas, mas é preciso avançar mais. Os grupos ligados à cultura afro-brasileira estão se organizando em diferentes frentes, como por exemplo, no empreendedorismo como forma de se profissionalizar, se auto sustentar e de enfrentar esse período de crise.”  

Para Rita a participação do poder foi fundamental nesse processo, que envolveu a Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos nesse processo, através da secretária Verônica Lima, como também da Secretaria de Cultura/FAN e do Executivo através da CEPPIR.  

- “O olhar diferenciado da gestão pública, com mais sensibilidade e humanidade, é determinante para que o respeito à liberdade religiosa possa garantir a cultura de paz e de união que buscam as religiões.Trabalhar a questão religiosa é central no que se refere à luta pelo direito à cidade, tendo em vista os momentos sombrios de perseguição, preconceito e intolerância que as religiões de matrizes africanas têm sofrido. A manutenção dessa festa é uma vitória do povo de terreiro e da população em geral.”

Jorge Zulu, que também faz parte da ONG INAC, acompanha a festa há muitos anos. Ele participou, inclusive, da discussão para elaboração da lei. Em 2006, após a apresentação do P.L. surgiu um intenso debate na cidade em torno da questão religiosa.

- “A elaboração e a tramitação do Projeto de Lei n° 126/2006, de autoria  do  vereador André Diniz, teve ampla  participação dos movimentos culturais da Cidade de Niteroi. Por isso não podemos esquecer que o Presente de Yemanjá é uma conquista do povo de terreiro, consolidada através da Lei n° 2460, de 19 de julho de 2007, que instituiu o Dia Municipal do Presente de Yemanjá. O 02 de fevereiro, a partir daí, passou a fazer parte  do calendário oficial da Cidade.” 

No início os veículos de informação trataram o tema como algo exótico e não discutiram o sentido principal da iniciativa. Então, os movimentos reagiram e exigiram mais respeito ao povo de terreiro. O próprio Zulu revela que enviou cartas aos jornais para explicar a importância da definição do Dia de Yemanjá como forma de fortalecimento das religiões de matrizes africanas e da Democracia. Hoje a tradicional festa na praia de Charitas recebe pessoas dos diversos bairros de Niteroi e de cidades vizinhas.  

A Secretaria Estadual de Cultura do PT/RJ parabeniza os organizadores e colaboradores do Presente de Yemanjá - edição 2017, uma festa religiosa que se firmou como marco da resistência cultural, em torno da diversidade e da liberdade de demonstração de fé na cidade de Niteroi. Agradecimentos especiais para Rita Dirr e Jorge Zulu pelas informações passadas ao nosso Blog.

Secretaria Estadual de Cultura do PT-RJ

   

 

               

                 

                 

E o 1º Lugar de Medicina na Fuvest é de Bruna Sena - estudante negra da rede pública

Nestes tempos de negativismo e notícias ruins surge uma jovem de 17 anos, chamada Bruna Sena, que deu  uma sacudida positiva em nossos sentimentos. Ela é a primeira colocada em medicina da USP de Ribeirão Preto e  para abrilhantar mais ainda o seu feito  declarou  nas redes sociais uma frase de efeito que está causando: “A casa-grande surta quando a senzala vira médica”.

E a casa-grande pira mesmo ao ver uma negra, que estudou toda sua vida na rede pública de ensino, conquistar uma vaga na faculdade mais concorrida da Fuvest-2017. A nossa guerreira superou 6,8 mil candidatos que disputaram as 90 vagas de medicina e ficou com o 1° lugar. Eis aí um motivo de orgulho e de esperança para os que lutam contra as desigualdades e acreditam na transformação da sociedade. Este resultado, evidentemente, foi muito comemorado pelos movimentos sociais que muito lutaram e conquistaram as cotas raciais para vagas em universidades públicas do Brasil.

Valeu Bruna! Nossos parabéns vão também para sua mãe Dona Dinália, para seus professores e para todos e todas que de alguma forma apoiaram à Bruna.

 Negra, pobre e da rede pública fica em 1º em curso mais concorrido da Fuvest

(por Jairo Marques no Folha de São Paulo)

Negra, pobre, tímida, estudante de escola pública, criada apenas pela mãe, que ganha R$ 1.400 como operadora de caixa de supermercado, Bruna será a primeira da família a interromper o ciclo de ausência de formação superior em suas gerações. Fez em grande estilo, passando em uma das melhores faculdades médicas do país.

A mãe, Dinália Sena, 50, que sustenta a casa desde que Bruna tinha nove meses e o pai deixou o lar, está entre a alegria e o pavor. Tem medo que a filha seja hostilizada. “Por favor, coloque no jornal que tenho medo dos racistas. Ela vai ser o 1% negro e pobre no meio dos brancos e ricos da faculdade.”

Já a filha mostra-se tranquila. Acredita que será bem recebida e tem na ponta da língua a defesa de sua raça, de cotas sociais e da necessidade de mais oportunidades para os negros no Brasil. “Claro que a ascensão social do negro incomoda, assim como incomoda quando o filho da empregada melhora de vida, passa na Fuvest. Não posso dizer que já sofri racismo, até porque não tinha maturidade e conhecimento para reconhecer atitudes racistas”, diz a caloura. “Alguns se esquecem do passado, que foram anos de escravidão e sofrimento para os negros. Os programas de cota são paliativos, mas precisam existir. Não há como concorrer de igual para igual quando não se tem oportunidade de vida iguais.”

Cultura de Luto : Morre Dona Marisa Letícia

É com o sentimento de luto que a Secretaria Estadual de Cultura do PT - SECULT PT/RJ - vem a público manifestar nota de pesar pela morte, nesta manhã do dia 02 de fevereiro de 2017, da nossa companheira de jornada e muitas lutas, Dona Marisa Letícia.
Um mulher de fibra que aguentou firme, lutou e esteve presente com Lula em todos os momentos de sua vida política, dando o suporte necessário ao seu companheiro, filhos e amigos. Uma mulher forte, de fibra, que foi o esteio, a mão firme e a voz suave que conduziu e aconselhou o maior líder brasileiro por muitas vezes.
Dona Marisa teve a força necessária para reconstruir sua vida, após a morte de seu primeiro marido. Teve a coragem e a garra de uma militante para acompanhar a lida sindical de Lula, foi firme enquanto primeira dama e superou com o marido a dor de câncer.
Infelizmente, a crise forjada para golpear a democracia e a economia brasileira trouxe sua primeira vitima: Dona Marisa Letícia, que só não teve força suficiente para lidar com a perseguição golpista e midiática contra a sua família.

Os membros da SECULT PT/RJ torcem para que o Presidente Lula e toda família Inácio da Silva tenham um pouco da sua força para atravessar esse momento tão difícil e seguir com suas vidas.
Companheira Marisa Letícia: PRESENTE

Alvaro Maciel 

Secretário Estadual de Cultura do PT - Rio de Janeiro