Cada vez mais
o rito planejado pelos golpistas se evidencia: isolar e aniquilar o PT, atacar
o PMDB até inviabilizar a gestão de Michel Temer e criar fatos que leve o PSDB
ao poder por eleições indiretas, em 2017. O
PSDB tentará evitar as urnas e
antecipar as eleições, pois sabe que seus possíveis candidatos já esgotaram o
discurso de ódio e são
identificados como
defensores do Estado Mínimo e
responsáveis perda de direitos. Conforme
foi demonstrado nas TVs Câmara e Senado; o processos golpista ganha consistência quando
Aécio Neves e seus asseclas não aceitaram a derrota nas
urnas e influenciaram o Congresso para
desestabilizar o governo popular de Dilma, em sua 2ª gestão, até sua queda.
A resistência
ao golpe, organizada através das Frentes Populares, já ensaia o grito das DIRETAS JÁ e, novamente, o PT começa
ganhar espaço político, agora com a figura de Lula como candidato à presidência
do partido, cujo nome tem a força para buscar
a unificação da esquerda.
O PT deve se
preocupar em driblar esse isolamento que lhe é imposto de fora para dentro. Além disso, deve cuidar dos seus processos
internos. Após avaliação de seus erros e acertos, o partido deverá fazer seu dever de casa e centrar força
na sua reorganização, na discussão programática e no fortalecimento da sua relação
com os movimentos sociais.
A Luta da Cultura – Um exemplo motivador
Quando o
governo golpista extinguiu o Ministério da Cultura acabou transformando a Ocupação do Palácio Capanema num poderoso
foco de resistência, o que incentivou a
multiplicação das ocupações Brasil afora.
Com o recuo do governo o Ocupa MinC se fortaleceu e se tornou o símbolo
da resistência nacional ao golpe.
Nossos movimentos são formados por diversas
frentes dos mais variados segmentos artísticos e culturais, que lutam
bravamente contra o golpe e mantêm como bandeiras o “não diálogo” e o “não reconhecimento ao governo
ilegítimo” de Temer. Começamos com a pauta única do imediato restabelecimento
da Democracia, traduzida no grito de guerra Fora Temer. Hoje lutamos para obter
de volta o projeto cultural, democrático e inclusivo, experimentado entre 2003
e 2015, quando tivemos uma verdadeira revolução na gestão do Ministério da
Cultura. Não aceitamos extinção de órgãos e/ou equipamentos de cultura.
Portanto, no
setor cultural observamos um excelente exemplo de atuação petista junto aos movimentos
sociais. As Secretarias Estaduais de Cultura do PT terão papel preponderante
nesse processo de retomada do partido. É preciso dar continuidade à participação ativa do PT na organização das
atividades políticas de resistência ao golpe
e, ao mesmo tempo, prosseguir na
luta contra a implantação do Estado Mínimo que traz no seu receituário a extinção
dos órgãos específicos de cultura.
No Rio de
Janeiro, estado e capital, a militância cultural obteve resultados positivos
nesse quesito. Garantimos a permanência da SEC-RJ e da SMC-Rio, ambas muito
importantes nesse processo devido ao simbolismo que exercem em todo estado como
modelo de gestão.
Com esses
resultados a Secult PT RJ reforçou
sua relação com os movimentos sociais e fecha o ano motivada à luta e gozando
de grande reconhecimento junto aos
grupos culturais, artistas, produtores e
agentes culturais fluminenses.
Vamos que
vamos! Teremos um 2017 daquele jeito;
lutar, lutar, lutar... e
resistir.
(Secretaria Estadual de Cultura – PT RJ ,
29/12/16 )