quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Militância Cultural – pronta para interromper o rito golpista



Cada vez mais o rito planejado pelos golpistas se evidencia: isolar e aniquilar o PT, atacar o PMDB até inviabilizar a gestão de Michel Temer e criar fatos que leve o PSDB ao poder por eleições indiretas, em 2017. O  PSDB  tentará evitar as urnas e antecipar as eleições, pois sabe que seus possíveis candidatos já esgotaram o discurso de ódio e são  identificados  como defensores  do Estado Mínimo e responsáveis perda de direitos.  Conforme foi demonstrado nas TVs Câmara e Senado;  o processos golpista ganha consistência quando  Aécio Neves  e seus asseclas não aceitaram a derrota nas urnas e influenciaram o Congresso  para desestabilizar o governo popular de Dilma, em sua 2ª gestão, até sua queda.

A resistência ao golpe, organizada através das Frentes Populares, já ensaia o grito  das DIRETAS JÁ e, novamente, o PT começa ganhar espaço político, agora com a figura de Lula como candidato à presidência do partido, cujo nome  tem a força para buscar a unificação da  esquerda.

O PT deve se preocupar em driblar esse isolamento que lhe é imposto de fora para dentro.  Além disso, deve cuidar dos seus processos internos. Após avaliação de seus erros e acertos, o partido  deverá fazer seu dever de casa e centrar força na sua reorganização, na discussão programática e no fortalecimento da sua relação com os movimentos sociais.

A Luta da Cultura – Um exemplo motivador


Quando o governo golpista extinguiu o Ministério da Cultura acabou transformando  a Ocupação do Palácio Capanema num poderoso foco de resistência, o que  incentivou a multiplicação das ocupações Brasil afora.  Com o recuo do governo o Ocupa MinC se fortaleceu e se tornou o símbolo da resistência nacional ao golpe.

 Nossos movimentos são formados por diversas frentes dos mais variados segmentos artísticos e culturais, que lutam bravamente contra o golpe e mantêm como bandeiras o “não  diálogo” e o “não reconhecimento ao governo ilegítimo” de Temer. Começamos com a pauta única do imediato restabelecimento da Democracia, traduzida no grito de guerra Fora Temer. Hoje lutamos para obter de volta o projeto cultural, democrático e inclusivo, experimentado entre 2003 e 2015, quando tivemos uma verdadeira revolução na gestão do Ministério da Cultura. Não aceitamos extinção de órgãos e/ou equipamentos de cultura.  

Portanto, no setor cultural observamos um excelente exemplo de atuação petista junto aos movimentos sociais. As Secretarias Estaduais de Cultura do PT terão papel preponderante nesse processo de retomada do partido. É preciso dar continuidade  à  participação ativa do PT na organização das atividades políticas de resistência ao golpe  e,  ao mesmo tempo, prosseguir na luta contra a implantação do Estado Mínimo que traz no seu receituário a extinção dos órgãos específicos de cultura.

No Rio de Janeiro, estado e capital, a militância cultural obteve resultados positivos nesse quesito. Garantimos a permanência da SEC-RJ e da SMC-Rio, ambas muito importantes nesse processo devido ao simbolismo que exercem em todo estado como modelo de gestão.

Com esses resultados  a Secult PT RJ  reforçou  sua relação com os movimentos sociais e fecha o ano motivada à luta e gozando de grande  reconhecimento junto aos grupos culturais, artistas, produtores e  agentes culturais fluminenses.
Vamos que vamos! Teremos um 2017 daquele jeito;  lutar, lutar, lutar...  e resistir.


(Secretaria Estadual de Cultura – PT RJ , 29/12/16 )









terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Confraternização da Cultura - 29/12 quinta feira



Nossa festa de confraternização- 2016 será realizada no próximo dia 29 de dezembro, a partir das 16h, nas dependências do Café Cultural Seu Machado, em São Gonçalo. Vamos curtir um momento alegre e descontraído, tão necessário ao povo da cultura. Será um encontro simples com arte, poesia e música dos próprios membros e amigos do grupo. Vamos cantar, dançar, recitar, etc... ao sabor dos petiscos da Casa e de muitas geladinhas. 

Endereço : R Doutor Francisco Portela, 2360, Patronato, Sao Goncalo, RJ, após a UERJ, próximo ao Parada 40.

Confirme sua presença -  clique aqui https://www.facebook.com/pg/SecretariaDeCulturaPtrj/events/?ref=page_internal



2016 foi um ano marcado pela constante mobilização da militância cultural na luta contra o golpe e em defesa da Democracia, incluindo aí a luta pela cultura como direito. Neste cenário de perda de direitos de tanta turbulência política, a Secult PT RJ se manteve ao lado dos movimentos culturais e dos fazedores de cultura (agentes culturais, artistas e trabalhadores da cultura). 


Montamos uma verdadeira trincheira de resistência contra o avanço das tropas conservadoras, culminando na luta contra a extinção do Ministério da Cultura e, mais recentemente, na luta contra a extinção da SEC-RJ. Duas vitórias marcantes. Mantivemo-nos firmes nas atividades contra a PEC 241, hoje PEC 55, que congela os investimentos sociais por 20 anos, que sintetiza o terror contra a classe trabalhadora imposto pelo governo golpista de Michel Temer.

E como 2016 também foi um ano de eleições municipais, praticamente, não teremos espaço para um período de recesso. Estamos mantendo diálogo com os parlamentares eleitos e reeleitos para as novas câmaras municipais – mandato 2017/2020, que tomarão posse no próximo domingo, 01/01/201, além do acompanhamento da formação das equipes das novas gestões municipais. Já temos compromissos marcados para o mês de janeiro e, inclusive, a nossa própria atividade de Planejamento, cuja data definiremos ainda nesta semana.

Seremos recebidos por Décio Machado, que gentilmente nos cedeu o espaço do Café. Décio é Fundador do projeto cultural "Nós Temos a Força"; Criador do Relógio de Sol de São Gonçalo e patrono da Academia Gonçalense de Letras, Artes e Ciências (AGLAC), da qual é o atual presidente. Décio é autor do livros: Zé Maleta, Adaflor, Passarinho Passará, O Revisor. 

Merecemos muito esse momento festivo. Vamos que vamos! Confirme sua presença !

Secretaria Estadual de Cultura do PT RJ

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Cuba sempre Cuba - Governo cubano rejeita embaixador brasileiro e não reconhece o governo de Michel Temer




O presidente de Cuba, Raul Castro, se negou a receber as credenciais do embaixador Frederico Duque Estrada e declarou que não reconhece o governo de Michel Temer. Conforme noticiado no Jornal O Dia desta segunda feira, 26/12/16, em sua justificativa o presidente comunista diz que só voltará a reconhecer o governo brasileiro quando houver eleições diretas para presidência da República.


Em dezembro de 2015 o líder cubano se solidarizou com a ex-presidente Dilma quando esta lutava contra o impeachment. — “No Brasil, a oligarquia tampouco poupa esforços para tentar derrubar a presidente Dilma Rousseff, mediante um golpe parlamentar. Que cheguem até ela e o irmão povo brasileiro nossa solidariedade e apoio na batalha que se trava em defesa dos avanços sociais e políticos do Partido dos Trabalhadores”.

Cuba e Brasil  mantiveram ótimas relações durantes os governos Lula e Dilma. 




sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O Dia do Samba e o samba na cidade



 Mestre Cartola e Nelson Cavaquinho

Viva do Dia Nacional do Samba. Inicialmente o Dia do Samba era comemorado apenas em Salvador. A data foi criada em homenagem a Ary Barroso, pela composição da música “Na Baixa do Sapateiro” e é uma referência a primeira visita dele à Capital. Depois foi se espalhando para outras cidades e estados até entrar para o calendário nacional. Hoje é Dia de comemorar e sambar bastante.

Ontem eu saí do Centro do Rio e fui de VLT até a Cidade do Samba, que fica na Gamboa, Zona Portuária do Rio, para participar do lançamento do CD dos sambas-enredos para o Carnaval 2017 das escolas de samba do Grupo Especial. O evento é bastaste disputado, pois, o samba-enredo é considerado o mais importante dos quesitos que as escolas apresentam durantes seus desfiles.  É evidente que as musas do samba roubam grande parte da cena, mas a festa é um momento de confraternização, onde os compositores de todas as agremiações trocam abraços entre si e depois são chamados ao palco, escola por escola, para apresentação de suas obras. Quando a festa terminou já era o Dia Nacional do Samba e já não havia mais transporte público.  

Podemos observar como os espaços urbanos são apropriados ou reinventados pelo samba. Além de estar ligado ao tradicional poder político da dominação, o território é compreendido também a partir do sentido simbólico da apropriação.  A Zona Portuária foi toda reurbanizada e revitalizada. Ganhou museus, novos prédios residenciais, lojas, etc. e o samba continuou ali, forte e com seu espaço garantido numa área em sua presença sempre foi marcante.

Desde seus primeiros momentos, o samba carioca se conectou com seus territórios de forma muito representativa.  Nunca houve uma estrutura única e rígida, mas um sistema aberto e em busca de aprimoramento de seus conceitos.  Dessa forma, o samba e seus atores, estabelecem relações entre si e diversas zonas de vizinhança. Eis aí alguns dos principais elementos essenciais e comum do samba, que explicam, inclusive, a sua fluidez: mobilidade, agentes culturais, redes, conexões e comunidades.

Dentre as invenções do samba, ao longo de sua história, podemos perceber a formação de diversas redes de sambistas e sub territórios específicos, que passaram a formar o território carioca, depois o fluminense, até alcançar todos os estados brasileiros. Podemos extrair a partir daí, algumas relações; dos sambistas com  determinadas áreas, do samba com a cultura das comunidades, do mundo do samba com a Cidade do Rio de Janeiro e da Cidade com o Brasil. Logo, há uma necessidade de relacionamento intrínseca ao ambiente do samba que se expressa na sua intensa movimentação. O Samba Carioca foi proclamado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em 2007, quando as matrizes do Samba no Rio de Janeiro; o partido alto, o samba de terreiro e o samba enredo foram incluídos no Livro de Registro de Formas de Expressão.

Pensemos no conceito da mobilidade urbana – o que a Avenida Central, a Avenida Presidente Vargas e, depois, os viadutos, representaram culturalmente quando surgiram? O que os VLTs e BRTs, o metrô, a oferta de Vans na madrugada, o Cartão Integração Intermunicipal, os trens e barcas com ar condicionado, o taxi e o aplicativo Uber, representam hoje? Pelos horários das reuniões e encontros de sambistas, a oferta de transporte coletivo e a qualidade da mobilidade urbana influenciam diretamente a fruição do samba.

Assim, o samba e suas invenções, não giram apenas em torno de um gênero musical. O samba é  uma cultura ampla, definida social e territorialmente, com ações e expressões próprias. Em suas relações simbólicas e subjetivas ele  se mostra presente através da população e da ocupação dos equipamentos culturais, sem abrir mão daqueles espaços que vão se caracterizando como “bons” para suas atividades; tais como, praças, esquinas, calçadas, portas de botecos, terreiros, lajes, final de ladeiras, fundos de quintais, dentre outros.

(Rio, 02/11/2016, por Álvaro Maciel)



Chico Buarque, João do Vale e Clara Nunes    

 Dona Ivone Lara e Clementina de Jesus


Mestre Candeia e Martinho da Vila

 Alcione

Alcione, Clara Nunes e Leci Brandão


Gisa Nogueira, Dona Ivone e Leci Brandão


Loja onde foi gravado o sama Pelo Telefone 



Mestre Cartola e Dona Zica



 
               Almir Guineto                                                                Mestre Ismael Silva



Conjunto Fundo de Quintal


 Beth Carvalho e Zeca Pagodinho


Jovelina Perola Negra

Guilherme de Brito, Beth e Nelson Cavaquinho

 Paulinho da Viola

 Conjunto Os Originais do Samba













































quarta-feira, 30 de novembro de 2016

36 Anos sem o Mestre Cartola


Hoje se completam 36 anos sem o grande cantor e compositor Cartola. É difícil falar de Cartola sem refletir sobre o seu reconhecimento tardio como grande nome da música brasileira.  Somente em 1974 , aos 65 anos, conseguiu gravar o seu primeiro disco solo.  Após o enorme sucesso do primeiro disco veio o LP que marcou definitivamente sua carreira, quando emplacou duas músicas nas paradas , “As rosas não falam” e “O mundo é um moinho”, composições que se tornariam grandes clássicos da música brasileira.  Cartola deixou o morro de Mangueira para fugir dos assédios dos fãs e jornalista e passou os últimos anos de sua vida ao lado de sua amada Dona Zica, em Jacarepaguá.  Angenor de Oliveira nos deixou em 30 de novembro de 1980, aos 72 anos.

Nascido  no dia 11 de outubro de 1908 no bairro do Catete, no Rio, aos oito anos mudou-se para Laranjeiras e aos 11 para o Morro da Mangueira, que na época era ainda pequeno e tinha não sequer 50 casas. Após a morte de sua mãe, devido aos constantes conflitos com pai, aos 15 anos, saiu de casa e da escola. Por um tempo levou uma vida boemia e errante. Conseguiu fazer uns bicos em tipografias até conseguir um emprego fixo como pedreiro.  Vem daí o seu apelido: para evitar sujar a cabeça com cimento ele usava um chapéu-coco e seus companheiros não demoraram a lhe apelidar de Cartola.

Foi um dos criadores do Bloco dos Arengueiros no Carnaval, que mais tarde agregou novos blocos e, em 28 de abril de 1928, fundaram a segunda Escola de Samba carioca, a Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Homem simples, Cartola veio a se tornou um dos maiores nomes do samba e da música brasileira. Suas músicas de foram gravadas por diversos artistas dos mais variados estilos e regiões, dentre os quais, Chico Buarque, Marisa Monte, Paulinho da Viola, e eles, Beth Carvalho, Fagner, Gal Costa e muitos outros.   



É bom saber que a memória de Cartola está bem viva e preservada através do trabalho de Nilcemar Nogueira, sua neta e presidente do Museu do Samba - situado à Rua Visconde de Niterói, 1296 - Mangueira/RJ.  O museu possui espaço de exposição, auditório, sala de projeção, teatro, biblioteca, loja, café, bar e restaurante. Fundado em janeiro de 2001 como Centro Cultural Cartola, é uma organização sem fins lucrativos que reúne a mais variada gama de pessoas devotadas à causa da cultura brasileira e do desenvolvimento social. O complexo cultural, teve como primeira presidenta de honra a companheira de nosso Mestre, a incansável Dona Zica, que nos deixou em janeiro de 2003, cuja história de luta e sucesso é bastante conhecida no mundo samba.   

A escolha de Cartola como patrono da instituição se justifica não apenas por sua importância no mundo musical, mas também por sua história de luta, de superação de dificuldades e de inserção ativa do indivíduo na sociedade através da produção cultural. Tendo como referência a vida e obra de um grande mestre, morador da Mangueira, poeta sofisticado e um dos maiores ícones da música popular brasileira, o museu consegue atrair jovens da comunidade para as diversas atividades voltadas à capacitação profissional e artística. A base deste empreendimento é a vasta obra de Cartola, cuja importância para a música popular brasileira é mundialmente reconhecida.

O Mestre mangueirense se torna, assim, um exemplo a ser seguido pelas crianças, que têm no Museu do Samba uma fonte de aprendizado, de experiência e de incremento de suas capacidades. A preservação da memória de Cartola e do seu legado cultural requer uma participação ativa da instituição junto à comunidade, o que tem sido feito com muito amor e competência.







Viva os 100 Anos do Samba!


Pelo Telefone
Donga e Mauro de Almeida
1916


Nessa semana conversei com pessoas que estavam convencidas de que o samba está fazendo exatos 100 anos.  Tive que explicar para elas que as manchetes dos jornais se referiam aos 100 anos da gravação de Pelo Telefone.  27 de novembro é realmente uma data muito importante para nossa cultura. Além de se comemorar a primeira gravação de um samba com grande repercussão na sociedade, vale aproveitar a ocasião para se falar sobre a mais importante expressão da música brasileira, o samba.

Como manifestação cultural, o samba tem suas raízes nos batuque e danças ligados a variados ritmos africanos, a partir do século 19. Com a introdução dos instrumentos de corda ele ganha mais força e passa a se popularizar como gênero musical.  Nestas comemorações dos 100 anos do samba não podem faltar às homenagens aos compositores Ernesto dos Santos (o Donga) e Mauro de Almeida, autores de Pelo Telefone, que foi gravado em novembro de 1916 e fez sucesso no Carnaval de 1917.

O samba atravessou o tempo lidando com inúmeras transformações estéticas.  Influenciou e foi influenciado, mas nunca perdeu o seu lugar na centralidade da cultura brasileira. Por conta de diferenças no jeito de ser cantado e tocado; de tema e formato da letra; de andamento, acordes e arranjos; surgiram algumas denominações variadas para o samba, dentre as mais tradicionais temos samba canção, samba de roda, samba enredo, bossa nova,     samba exaltação, samba de terreiro, o samba de breque, partido alto e pagode, que caracterizam diferentes estilos de samba.   

Mas como o samba nunca parou de se reinventar e de interagir com outros gêneros musicais é muito comum também encontrarmos junções como, samba choro, samba jazz, samba bolero, samba rock, forrogode, sambaião, samba soul, samba reggae, samba funk, dentre outros que hoje conhecemos e outras que certamente irão surgir.

Lindo por ser plural e forte por natureza, o samba também se globalizou. Fala de tudo e para todo o planeta, sem perder aquele charme ao lidar com temas que vêm direto do cotidiano e do coração do povo brasileiro, como paixão, amor, dor, prazer, saudade, traição, vingança, felicidade, solidão, injustiça, ironia, desigualdade social, tristeza, alegria, encontros, partidas e muitos outros.

A história de Pelo Telefone é cheia de controvérsias, desde autoria, data de criação, letra (as) original (ais) e até os dias de hoje os pesquisadores brigam entre si, em torno desses detalhes. Há notícias de outros sambas gravados antes de 1916, mas há quem diga que “com registro, selo e tudo mais" foi mesmo o Pelo Telefone”. Por isso é considerada uma de nossas músicas mais discutida e polemizada.

Mas o que não deixou nenhuma dúvida para os historiadores foi o seu enorme sucesso no Carnaval de 1917, que guarda um fato inédito para época: todos os clubes carnavalescos entraram na Avenida Central tocando Pelo Telefone. Foi a primeira vez na história que todos os blocos tocaram a mesma música em seus desfiles.   

Viva os 100 anos do samba! Viva os compositores de Pelo Telefone, Donga e Mauro de
Almeida!

(por Álvaro Maciel – Rio, 30/11/2016)



Donga
Ernesto Joaquim Maria dos Santos, conhecido como Donga, nasceu no dia 5 de abril de 1890 no Rio de Janeiro, e nos deixou no 25 de agosto de 1974. Foi músico, compositor e violonista.  Participava das rodas de música na casa da lendária Tia Ciata, ao lado de João da Baiana, Pixinguinha e outros.   



Mauro de Almeida 
Como compositor, entrou para a história da música popular brasileira por ter escrito em coautoria com Donga a letra de "Pelo Telefone". Compôs com Pixinguinha e Donga o samba "O Malhador", que, assim como a canção anterior, também foi interpretado por Baiano,  gravado na Casa Edison e lançado através do selo Odeon Records. Começou a carreira de jornalista na redação de A Folha do Dia, do Rio de Janeiro, como repórter policial e cronista carnavalesco.



Baiano
 Baiano é o nome artístico de Manuel Pedro dos Santos, nascido em  Santo Amaro da Purificação,  em 5 de dezembro de 1870  e morreu  no Rio de Janeiro, 15 de julho de 1944).  O cantor foi   reconhecido pelo seu pioneirismo dentre as gravações fonográficas na Casa Edison, uma das primeiras gravadoras existentes no Brasil e sediada na então capital federal.



 
Tia Ciata 
Hilária Batista de Almeida, conhecida como Tia Ciata (Santo Amaro da Purificação, 1854 — Rio de Janeiro, 1924) foi uma cozinheira e mãe de santo brasileira, considerada por muitos como uma das figuras influentes para o surgimento do samba carioca.


Pixinguinha, João da Baiana e Donga



Maria das Dores Santos, a Vó Maria
Natural de Mendes, interior do estado do Rio, foi a última mulher de Donga, com quem viveu por 15 anos. Na casa dos dois era comum a visita de  Pixinguinha, João da Baiana, Martinho da Vila, Ney Lopes, Geraldo Babão, Clara Nunes e não faltavam as rodas de samba, com direito a feijoada e acarajés. Nos deixou no ano passado, com seus 104 anos. 


terça-feira, 29 de novembro de 2016

Nota de Pesar pelo acidente com voo da Chapecoense


A Secretaria de Cultura do PT RJ vem externar sua profunda tristeza diante do trágico acidente  ocorrido  com os atletas do time  da Chapecoense na madrugada  desta terça feira, 29/11/16. Sentimos  também pela  morte dos   jornalistas, tripulação , dirigentes do clube e demais passageiros. Nossos solidários cumprimentos à Cidade de Chapecó que, cumpre-nos anotar, teve especial destaque na construção de políticas públicas de cultura no último período.

A delegação da Chape, como é carinhosamente tradada,  era constantemente  aplaudida  por sua torcida antes e depois das viagens para os jogos internacionais, que levaram a equipe  a disputar seu primeiro título  internacional,  a Copa Sul-Americana de futebol. Um grande orgulho para a cidade e para o país.

A Chapecoense é um clube jovem do tradicional futebol brasileiro e, com menos holofotes e investimentos reduzido chegou à final de um torneio continental. Assim serão lembradas, todas as figuras que honraram as cores de seu clube com espírito esportivo, coletividade e respeito aos adversários.

Rechaçamos toda e qualquer forma de comercialização ou apropriação espetaculosa desta tragédia e, neste sentido, reforçamos nosso imenso pesar e efetiva solidariedade aos familiares e amigos das vítimas e todas e todos que, de alguma maneira, percebem-se atingidos por esse lamentável acontecimento.

Hoje o mundo o Brasil é  CHAPE !


Secretaria de Cultura do PT RJ

Rio, 29/11/2016