O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão, concedeu entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, publicada no domingo (25), em que defendeu a antecipação de eleição direta para presidente como forma de por fim ao programa recessivo imposto pelo usurpador Michel Temer (PMDB).
“Eles deram o golpe com duas
promessas para a população: acabar com a corrupção que eles atribuíam ao PT e
recuperar a economia no curto prazo. Não fizeram nem uma coisa nem outra”,
afirmou. “É preciso dar um fim neste programa recessivo com a substituição do
governo. É por isso que nós temos dito, e isso tem tido eco na sociedade, que é
preciso antecipar as eleições”.
Para ele, o
governo ilegítimo se vale da correlação de forças atual para desmontar a
Constituição Federal e tudo que foi construído durante décadas pelo povo
brasileiro, e defendeu construir um processo que leve a uma Constituinte.
“A Constituição já recebeu mais
de 30 ou 40 emendas. E, além disso, está sendo destruída sem uma Constituinte.
Está sendo destruída na prática como é o caso da PEC 55”, destacou.
Lula
presidente – Falcão reafirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como o
candidato do PT à Presidência da República e declarou que a melhor maneira de
tentar barrar o risco de Lula ficar inelegível, por conta das perseguições
jurídicas da qual é alvo, é colocar publicamente para a população a
pré-candidatura do Lula com um programa de reconstrução da economia nacional. “Assim ficará muito claro para a população
qual o objetivo dessa perseguição. Aí não será mais um eventual pretendente.
Será a interdição de alguém que se coloca publicamente como candidato”, disse.
O presidente
do PT saiu em defesa de Lula e garantiu que a relação do ex-presidente com as
empreiteiras é pública. “Ele ajudou de forma legítima para que estas pudessem
ter contratos no exterior gerando empregos e divisas para o Brasil. Fez
palestras para essas empresas, todas declaradas e comprovadas”, enfatizou.
6º Congresso –
O presidente da legenda acredita que o Congresso Nacional do PT, marcado para o
primeiro semestre de 2017, será o momento de dosar e medir que tipo de balanço
o partido precisa fazer. “Precisa ver o que necessariamente é autocrítica e
para quem você faz”, ressaltou. “Temos mecanismos internos, comissão de ética,
uma corregedoria, para avaliar comportamentos de filiados dentro das nossas
regras com direito de defesa, contraditório, no devido processo legal do PT”,
concluiu.
Segundo
Falcão, o PT não deve mais aceitar que se rebaixe as bandeiras históricas do partido:
“O PT tem que se aplicar mais na disputa de ideias na sociedade”, defendeu.
Da Redação da Agência PT de
Notícias
Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
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