Minha Sede, minha vida
– um passo para autonomia da Cultura
A
Baixada Fluminense se apresenta como um caso peculiar tratando-se de espaços
culturais. Devido a total falta de espaços para esta questão na região parte
dos nossos agentes culturais se colocou numa tarefa árdua: estabelecer uma sede
física para desenvolvimento de suas atividades. No centro desta questão está à
inexistência total de uma política de espaços culturais desenvolvida por
qualquer esfera governamental, talvez por ter sido historicamente encarada como
região dormitório, aliás, fato comum em todas as regiões metropolitanas do país
e também aos nossos municípios do interior.
Apesar dos últimos doze anos dos governos Lula e Dilma terem acontecidos
programas importantes neste sentido como: as praças do PAC, o Programa Cultura
Viva/ Pontos de Cultura (mesmo que este não fosse um dos seus objetivos) e
recentemente os Ceus, mesmos assim, não temos um programa efetivo de fomento e
criação de espaços culturais que possa abarcar todo país. O caso é tão grave
que mesmo o fomento dos Pontos de Cultura não previa custos administrativos
para o desenvolvimento das atividades como se todo agente cultural nos país
tivesse estrutura física ou financeira para manutenção de sede. Falar dos
escassos espaços municipais é assustador, pois na maioria das vezes não
dialogam com os grupos locais, não apresentam continuidade ou pior viram
elefantes brancos no meio do deserto do Saara.
A
falta de espaços culturais inviabiliza consolidação de um mercado consumidor
local, por isso é necessário à existência de espaços com atividades contínuas.
Esta inexistência cria um circulo vicioso, pois sem espaços para atividades,
sejam elas didáticas (oficinas e cursos), sejam elas estéticas (apresentações
artísticas) esses agentes culturais não encontram uma fonte de renda,
consequentemente, não conseguem dar continuidade as suas atividades. Voltando a
iniciativa peculiar da Baixada Fluminense nossos agentes culturais tem uma
enorme precariedade para manutenção de suas sedes (a maioria de aluguel) sendo
poucas as experiências que conseguem se consolidar em longo prazo.
Nas
conversas estabelecidas pela nossa Rede Baixada Encena vislumbramos um programa
de fomento e financiamento de sede para grupos culturais nos moldes do Programa
Minha casa, minha vida. Isto mesmo um programa de compra de espaços para
utilização sociocultural por entidades culturais feitos pela Caixa Econômica,
BNDES e outros organismos como se faz para comprar a casa própria.
Se
perguntarmos aos agentes culturais, pelos menos aqui na Baixada Fluminense, a
grande maioria se sentiria pleiteada com tal ação. Trocar o pagamento do
aluguel para investimento na compra de um espaço próprio seria uma vitoria
significativa para todos nós. Além desse modelo uma ação de desapropriação de
imóveis abandonados e sem uso social seria também de ótima repercussão. Outra
ação paralela de vital valor seria um programa de doação de equipamentos de
sonorização e iluminação para sedes estabelecidas com espaços de apresentações
(este programa foi realizado pela Funarte em 2005 e 20006 e hoje se encontra
paralisado).
Bem,
neste sentido termino afirmando ser fundamental e urgente trazer a tona uma
discussão sobre a disseminação de aparelhos culturais em grande escala por todo
Brasil como política de descentralização e democratização da Cultura no Brasil.
Lino Rocca – Ex
Subsecretário de Cultura e Nova Iguaçu, Diretor e Produtor Teatral.
Minha Sede, minha vida
– um passo para autonomia da Cultura
A
Baixada Fluminense se apresenta como um caso peculiar tratando-se de espaços
culturais. Devido a total falta de espaços para esta questão na região parte
dos nossos agentes culturais se colocou numa tarefa árdua: estabelecer uma sede
física para desenvolvimento de suas atividades. No centro desta questão está à
inexistência total de uma política de espaços culturais desenvolvida por
qualquer esfera governamental, talvez por ter sido historicamente encarada como
região dormitório, aliás, fato comum em todas as regiões metropolitanas do país
e também aos nossos municípios do interior.
Apesar dos últimos doze anos dos governos Lula e Dilma terem acontecidos
programas importantes neste sentido como: as praças do PAC, o Programa Cultura
Viva/ Pontos de Cultura (mesmo que este não fosse um dos seus objetivos) e
recentemente os Ceus, mesmos assim, não temos um programa efetivo de fomento e
criação de espaços culturais que possa abarcar todo país. O caso é tão grave
que mesmo o fomento dos Pontos de Cultura não previa custos administrativos
para o desenvolvimento das atividades como se todo agente cultural nos país
tivesse estrutura física ou financeira para manutenção de sede. Falar dos
escassos espaços municipais é assustador, pois na maioria das vezes não
dialogam com os grupos locais, não apresentam continuidade ou pior viram
elefantes brancos no meio do deserto do Saara.
A
falta de espaços culturais inviabiliza consolidação de um mercado consumidor
local, por isso é necessário à existência de espaços com atividades contínuas.
Esta inexistência cria um circulo vicioso, pois sem espaços para atividades,
sejam elas didáticas (oficinas e cursos), sejam elas estéticas (apresentações
artísticas) esses agentes culturais não encontram uma fonte de renda,
consequentemente, não conseguem dar continuidade as suas atividades. Voltando a
iniciativa peculiar da Baixada Fluminense nossos agentes culturais tem uma
enorme precariedade para manutenção de suas sedes (a maioria de aluguel) sendo
poucas as experiências que conseguem se consolidar em longo prazo.
Nas
conversas estabelecidas pela nossa Rede Baixada Encena vislumbramos um programa
de fomento e financiamento de sede para grupos culturais nos moldes do Programa
Minha casa, minha vida. Isto mesmo um programa de compra de espaços para
utilização sociocultural por entidades culturais feitos pela Caixa Econômica,
BNDES e outros organismos como se faz para comprar a casa própria.
Se
perguntarmos aos agentes culturais, pelos menos aqui na Baixada Fluminense, a
grande maioria se sentiria pleiteada com tal ação. Trocar o pagamento do
aluguel para investimento na compra de um espaço próprio seria uma vitoria
significativa para todos nós. Além desse modelo uma ação de desapropriação de
imóveis abandonados e sem uso social seria também de ótima repercussão. Outra
ação paralela de vital valor seria um programa de doação de equipamentos de
sonorização e iluminação para sedes estabelecidas com espaços de apresentações
(este programa foi realizado pela Funarte em 2005 e 20006 e hoje se encontra
paralisado).
Bem,
neste sentido termino afirmando ser fundamental e urgente trazer a tona uma
discussão sobre a disseminação de aparelhos culturais em grande escala por todo
Brasil como política de descentralização e democratização da Cultura no Brasil.
Lino Rocca – Ex
Subsecretário de Cultura e Nova Iguaçu, Diretor e Produtor Teatral.
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