As ocupações alcançaram os 27 estados brasileiros. Os manifestantes do campo da cultura ocupam prédios do MinC, onde realizam atos políticos, aulas e atividades com a participação de artistas e produtores culturais, gestores, professores, intelectuais, coletivos etc. e os “independentes, pessoas que não pertencem a nenhum dos grupos anteriores.
No início houve certa
confusão sobre a pauta do
movimento. A imprensa chegou a publicar
que “os grupos protestavam contra a decisão do presidente em exercício, Michel
Temer, por conta da transferência das atribuições do MinC para a pasta da
Educação”. Mas após a recriação do
Ministério da Cultura a pauta do movimento ficou bem evidente: é uma manifestação
em defesa da Democracia e da Cultura, que não reconhece o governo Temer e não
quer diálogo com o mesmo.
Hoje, 25/05/16, houve aula aberta sobre movimentos sociais ministrada pelo presidente da CUT, Marcelo Rodrigues. Marcelinho falou sobre a situação política do país e a participação dos sindicatos no processo democrático do país.
O dia 24/05 tornou-se uma data histórica para o movimento que atingiu todos os estados brasileiros . O grito de ordem Fora Temer ecoa como a voz guia das principais manifestações espalhadas pelo país contra o golpe. Cresce o apoio popular às ocupações.
Fotos do Ocupa MinC BA
Ocupa MinC RN
A Resposta Nacional à Mídia
24 de maio de 2016. Uma data
histórica para a Cultura Brasileira! No mesmo dia em que Marcelo Calero toma
posse como Ministro do Golpe de Estado na Cultura, as Ocupações em equipamentos
do MinC tomam todos os 27 estados do Brasil.
Um dia após a comprovação pública
por gravações telefônicas do pacto institucional para interromper a ordem
democrática no Brasil, que levou ao afastamento de mais um Ministro do Golpe,
foi desmascarada no mesmo jornal o objetivo de algumas entidades artísticas
sediadas no Rio de Janeiro, como a Associação de Produtores de Teatro do Rio de
Janeiro e do Procure Saber, que de maneira oportunista e corporativista, à
revelia da grande mobilização nacional dos mais diversos segmentos da
diversidade cultural, sentam-se à mesa dos golpistas para “dialogar” sobre seus
interesses.
Os artistas e trabalhadores da
Cultura, cidadãs e cidadãos que permanecem ocupados em equipamentos do
Ministério da Cultura em todo o Brasil, não reconhecem a legitimidade desse
auto intitulado governo interino. Repudiamos qualquer apoio ou tentativa de
diálogo de qualquer entidade, segmento ou artistas que venham a negociar com
esse governo ilegítimo, utilizando-se da luta plural e democrática travada nas
Ocupações. A História lhes reservará espaço ao lado dos usurpadores da
democracia.
É através do esforço de milhares
de trabalhadoras e trabalhadores da Cultura em todo o Brasil, junto com
movimentos sociais e do povo brasileiro a favor da democracia, que ampliou e
garantiu os direitos básicos de cidadania. Por isso, reafirmamos nossa posição:
QUEM LEGITIMA GOLPISTA, GOLPISTA É!
Nossa luta é em defesa, pelo
reestabelecimento e avanço da democracia e da justiça no Brasil. É contra os
retrocessos nos campos político, econômico, cultural e social! Os golpistas
recuam, as ocupações avançam!
A atriz Ana Lúcia Pardo lê a Nota Pública do Ocupa MinC RJ
Nota Pública da Ocupação MinC RJ
Nós, ocupantes do Palácio Gustavo
Capanema - sede do Ministério da Cultura no Rio de Janeiro, reiteramos que o
movimento #OcupaMinC RJ não tem líderes. É
uma articulação horizontal e coletiva. Ocupações
avançam!
Em respeito ao processo
democrático do voto direto de milhões de brasileiros/as, exigimos que seja
cumprido o mandato da presidente eleita até 2018. Exigimos
a saída imediata de Temer do governo!
A mobilização de milhares de
artistas, agentes culturais, estudantes e trabalhadorxs de vários setores da
sociedade pela garantia e o respeito à diversidade cultural brasileira, OCUPA os prédios do Ministério da Cultura em todos os
27 estados brasileiros, EXIGINDO a SAÍDA IMEDIATA do governo ilegítimo
de Michel Temer.
O retorno do MinC, ao invés de
ser uma vitória da nossa causa, representa mais um passo da ofensiva que se
amplia a cada dia para todos os campos da sociedade. A estratégia é de retirar
o pouco que temos para depois nos devolver menos ainda.
Não estamos aqui por um
ministério! É pela cultura, é pela reforma agrária, é pela agricultura
familiar, é pelas demarcações de terra e direitos indígenas e quilombolas, é
pela igualdade racial, é pelos direitos das mulheres e LGBTs, é pela rede
pública de comunicação, é pela educação pública de qualidade, é pelo Estado
laico, é pelo SUS, é pelos direitos dos trabalhadores, é pela Democracia!
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