"A
energia do povo nas praças remove montanhas, e vai remover dos palácios os
traidores do povo", Eusébio Luis Pinto Neto / Fotos: Daniel Mazola.
A única saída minimamente honrosa
para o usurpador Temer é a renúncia, hoje ele é o maior estorvo para o Brasil.
No dia 28, seu desgoverno foi alvo da maior greve geral dos últimos 30 anos,
quem disser o contrário é criminoso ou ignorante. Dois dias após a greve geral,
centrais sindicais e movimentos populares realizaram atos no 1º de Maio em todo
o país contra a política de retirada dos direitos.
Na Praça da Cinelândia, Rio de
Janeiro, milhares de lutadores ergueram suas bandeiras contra a exploração e
reafirmaram compromisso de unidade contra os ataques neoliberais do governo.
Dessa vez não presenciamos nenhuma covardia desmedida das "forças de
segurança", como ocorreu no dia 28 de abril, quando manifestantes que
caminhavam da Assembleia Legislativa em direção a Cinelândia foram impedidos de
chegar pela polícia, que os atacou com bombas de gás lacrimogêneo ainda na
saída do ato. O intuito (leia-se ordem) era acabar com qualquer tipo de
manifestação pela cidade, tornando a região central em uma verdadeira Praça de
Guerra.
Trabalhadores
lotaram a Praça no 1º de Maio
Ontem vimos performances
culturais e representantes de diversas organizações sociais e sindicais se
manifestando nas escadarias da Câmara dos Vereadores. Entre diversas falas,
destaque para o presidente da FENEPOSPETRO e do SINPOSPETRO-RJ. Eusébio Pinto
Neto afirmou: “As centrais sindicais não têm donos, são dos trabalhadores. Esse
1º de Maio de 2017 é dia de luta para tomar de volta o que nos foi tirado, por
esses que agora estão no poder, e para construção de uma verdadeira democracia.
O momento é de vigilância permanente (...) é preciso libertar os presos
políticos pelo estado repressor, os companheiros que moram nas favelas estão
morrendo nas mãos dos aparelhos desse estado. A energia do povo nas praças
remove montanhas, e vai remover dos palácios os traidores do povo. Nós
trabalhadores, construímos a riqueza desse país, e vamos ficar nas ruas até
derrubar esse governo golpista".
No domingo, o Datafolha divulgou
que 85% dos brasileiros exigem diretas-já e querem Temer longe do Palácio do
Planalto. Para as forças econômicas que deram apoio ao golpe, e para
conspiradores e corruptos, que pretendiam se proteger da Lava Jato, Temer não
tem mais nenhuma serventia. Temer se tornou um peso até mesmo para a Globo,
arquiteta do golpe, que foi também um dos alvos preferidos dos protestos ontem
na Cinelândia
Iluska
Lopes entre as diretoras do Sinpospetro-RJ, Aparecida Evaristo e Angela Matos
“Com nossa capacidade de
organização, demos um recado contundente ao governo Temer e ao Congresso
Nacional: exigimos que as propostas nefastas que tramitam em Brasília sejam
retiradas. Não aceitamos perder nossos direitos previdenciários e
trabalhistas”, afirmaram centrais sindicais, em manifesto conjunto que foi
distribuído no 1º de Maio. “O próximo
passo será ocupar Brasília para pressionar o governo e o Congresso a reverem
seus planos de ataques aos sagrados direitos da classe trabalhadora”, avisam.
Por Iluska Lopes
Fonte: Jornal Tribuna da Imprensa Sindical - 02/05/2017
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