sexta-feira, 12 de maio de 2017

GT de Cultura do 6º Congresso Estadual do PT RJ


Apresentamos o documento que foi elaborado coletivamente através das diversas contribuições dos membros participantes do GT de Cultura do 6º Congresso do PT RJ 

Cultura, Diversidade e Resistência Democrática

O governo ilegítimo e golpista de Michel Temer segue cumprindo suas metas de esvaziamento de serviços e programas sociais. Uma de suas estratégias é a paralisação dos órgãos colegiados, aqueles  que reúnem governo e sociedade civil no diálogo para a elaboração de propostas de política públicas.  Logo após a extinção dos ministérios da Igualdade Racial, de Mulheres, da Juventude e dos Direitos Humanos o governo federal prosseguiu  ameaçando e oprimindo a classe trabalhadora e a extinguir direitos previdenciários de trabalhistas.
                                                                                                                                      
A Cultura tem se dedicado à luta de resistência na defesa de suas pautas, relacionadas à cidadania cultural, que se traduz no direito de acesso aos bens culturais. Vamos continuar mobilizados  na luta para recuperação de programas do Ministério da Cultura, essenciais ao povo brasileiro, que não pode abrir mão de ter acesso  a livros, filmes, artes plásticas, discos, shows musicais, teatro...  produtos e bens culturais em geral.

Neste momento, o que assistimos é o aumento da  vulnerabilidade de jovens pobres, na maioria negros e de periferia,  expostos violência física e simbólica, onde o único aparato do Estado é uma polícia violenta e despreparada, que cotidianamente comete as maiores atrocidades.

Estamos atentos e denunciamos a luta dos povos quilombolas e indígenas, que sofrem mas mãos desse governo, que ao invés de protege-los e atender suas reinvindicações, busca inviabilizar as demarcações de duas terras e anular os processos que já tramitavam em seus departamentos.  Defendemos que a Constituição Federal seja cumprida e que os  direito dos povos indígenas  e quilombolas sejam respeitados, pois, eles precisam de  suas terras para viverem de acordo seus planos coletivos,  culturas, modos,  religiões e cosmovisões .

Os golpistas desrespeitam a luta das minorias e desprezam todo acúmulo e demandas dos movimentos sociais.  Produz um cenário de escassez de recurso para justificar o não  amparo  às políticas LGBT , mulheres, juventude,  e de outras minorias.


A Conjuntura Política e os Desafios da Cultura no Rio de Janeiro

De 2015 para cá vivemos o agravamento da crise política no Brasil. Atravessamos o tenebroso período de um golpe de Estado no Brasil, com uma campanha midiática atormentando diariamente os lares brasileiros e retirando da população doses homeopáticas de esperança e autoestima. Após décadas de um continuo bombardeio midiático os estragos psicológicos coletivos são bastante complexos, o que aumenta a necessidade de mais investimentos nas políticas públicas culturais. As conjunturas política e econômica vigentes anunciam a necessidade de medidas de austeridade. Precisamos ter máxima com as desigualdades econômica e social e os grupos culturais em situação de vulnerabilidade. Por isso, nesse momento tão difícil é importante pensar a cidade sobre o prisma da Cultura e através dele entender sua força estratégica para os enfrentamentos atuais e futuros.

É preciso entender a disputa da cultura em relação às outras políticas públicas. A Cultura não pode perder espaço por conta da crise política e econômica, pois, ela é essencial à vida e estratégica ao desenvolvimento.  O PT deve se empenhar para mudar a atual realidade atual do estado, cujos recursos são concentrados na capital, e exigir políticas culturais que  alcancem os artistas e grupos culturais dos municípios mais afastados dos grandes centros.  Os bolsões de pobreza, repletos de problemas crônicos, tornaram-se comuns no cotidiano fluminense. Muitas vezes somos induzidos a pensar mais em medidas paliativas do que em políticas públicas mais trabalhadas. O PT tem acúmulo bastante para propor ao estado a implantação de uma política de Estado para a cultura. Que a bandeira da Cultura seja, inclusive, um aponte para a disputa pelo governo do estado, no pleito eleitoral de 2018.


O PT e a Cultura

O PT liderou a construção de uma política de Estado para a cultura, fundamentada, e formulada através do diálogo com diversos setores da sociedade, visando a consolidação do Sistema Nacional de Cultura, calcado nos seus três eixos estruturante - Conselho de Cultura, Plano de Cultura e Fundo de Cultura, conhecidos simpaticamente como o CPF da Cultura.  Não há dúvida que uma parte do caminho foi realizada.  Neste momento de crise profunda  entendemos que Cultura deva lutar por sua valorização dentre as políticas públicas de forma organizada.  A nossa proposta é a realização de um planejamento estratégico para a cultura integrando-a a outras políticas. É retirá-la do campo periférico e colocá-la na agenda das cidades.

Na Cultura acreditamos que o tripé conceitual; social, simbólico e econômico;  possa retratar o seu poder transformador e constitutivo das cidades. Uma força que não pode, em hipótese alguma, ser desprezada por governos que tenham pretensões de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e cidadãs.

Essa deve ser a marca do PT-RJ para o setor. Os dirigentes petistas, bem como seus parlamentares,  devem influenciar  os grupos políticos locais, legislativo e executivo do Estado do Rio de Janeiro, em prol da mudança da gestão cultural comum e habitual para uma nova visão de gestão cultural transformadora, utilizando os conceitos contemporâneos de cultura que tenham como objetivo a cidadania cultural.

A Secult PT RJ recomenda à nova Direção Estadual do PT-RJ, eleita no 6º Congresso Estadual, deve reforçar a ideia de que as atividades culturais, dentro de um quadro de planejamento público, têm peso significativo para a economia. Por isso sustentamos que os investimentos, público e privado, na cultura são formas de promover sua regeneração socioeconômica que podem alavancar a saída da crise.

Defendemos, pois, a Cultura como vetor de desenvolvimento sustentável em nosso estado, e solicitamos que a Direção Estadual do PT-RJ possa orientar os governos petistas no sentindo da implementação desses conceitos em suas gestões, tendo o Sistema de Cultura e seus elementos básicos, Conselho, Plano e Fundo, como  petista de gestão cultural .


GT de Cultura do 6º Congresso Estadual do PT/RJ

Nossa homenagem especial à JPT-RJ que conquistou importante vitória na Plenária



A Cultura PT RJ participou  do 6º Congresso, onde ajudou a promover o diálogo construtivo e interagiu com os diversos segmentos presentes









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