por Álvaro Maciel
É preciso combater
o racismo no Brasil, pois, não haverá avanços mais profundos em nossa sociedade
enquanto os problemas da população negra não forem resolvidos.
Há anos que a
militância do Movimento Negro do Brasil exige a implementação de políticas
públicas específicas para a população negra nos campos da educação, saúde,
cultura, assistência social, habitação, dentre outros. Ainda que pesem os avanços
experimentados no âmbito de alguns governos, o Estado brasileiro não foi capaz
de promover, de forma definitiva, a igualdade racial em nossa sociedade.
Ainda convivemos
com a triste realidade da desigualdade de oportunidades e da falta de políticas
específicas acessíveis à população negra, que continua como maioria absurda em
todas as pesquisas a respeito da exclusão social.
Tudo o que se viu de conquistas que referem às políticas afirmativas, implantadas nos últimos 14 anos, está
sendo destruído pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Vivemos hoje um clima
de violência e perda de direitos que somente pode se comparar aos tempos da
ditadura militar. Podemos afirmar, ainda, que negros e negras no Brasil não têm
seu direito de ir e vir garantido.
Precisamos,
urgentemente, rever nosso formato de segurança pública. O modelo que aí está é
inaceitável. As práticas policiais, por exemplo, continuam arcaicas, copiadas
da polícia do Brasil Império, quando apenas uma parte da população era
alcançada pelos direitos civis.
A população negra é
constante desrespeitada. Não podemos aceitar o neoliberalismo que o PSDB quer
impor ao país neste momento. Será preciso muita luta e enfrentamento político
para barrar esse projeto golpista que avança feroz sobre negros e negras de
nosso país.
Dedico o 13 de Maio
aos militantes do Movimento Negro do Brasil, em seus diversos segmentos; que
surgiu para combater e denunciar o racismo e a discriminação, em oposição ao
mito da democracia racial no país, usado para desestimular a luta organizada. Por
um Brasil mais igualitário!
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