Para o mundo do samba a morte de
Almir, nesta sexta feira, 05/05/17, é
considerara “irreparável” por tudo que ele representa para a música e a cultura
brasileira. Várias gerações cresceram ouvindo suas composições e aprendendo
mais e mais a gostar de samba. Excelente instrumentista, cantor e compositor, fazia
parte da nata dos maiores “versadores” de partido alto do Brasil.
Almir Guineto participou de dois
grupos musicais, Originais do Samba e Fundo
de quintal. Foi diretor de bateria do Salgueiro, posto que ele cedeu para
cedendo seu irmão mais novo, o saudoso Mestre Louro. No Fundo de Quintal gravou somente o primeiro
disco, com Sereno , Ubirany, Neoci,
Jorge Aragão, Sombrinha e Bira Presidente, em 1980. Sua carreira solo se
consagrou já no seu primeiro LP, em
1986, "Almir Guineto" de grande repercussão em todo país.
Secretaria Estadual de Cultura - PT/RJ
Biografia de Almir Guineto
Nascido e
criado no Morro do Salgueiro, na Zona Norte do Rio, Almir Guineto teve contato
direto com o samba desde a infância, já que havia vários músicos em sua
família. Seu pai Iraci de Souza Serra era violonista e integrava o grupo Fina
Flor do Samba; sua mãe Nair de Souza, conhecida como "Dona Fia", era
costureira e uma das principais figuras da Acadêmicos do Salgueiro; seu irmão
Francisco de Souza Serra, conhecido como Chiquinho, foi um dos fundadores dos
"Originais do Samba".
Na década de
1970, Almir já era mestre de bateria e um dos diretores da Salgueiro e fazia
parte do grupo de compositores que frequentavam o Bloco Carnavalesco Cacique de
Ramos. Nessa época, Almir inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um
braço de cavaquinho. O instrumento híbrido foi adotado por vários grupos de
samba.
Em 1979, Almir
mudou-se para a cidade de São Paulo para se tornar o cavaquinista dos Originais
do Samba. Lá fez "Bebedeira do Zé", sua primeira composição gravada
pelo grupo, onde a voz do Sambista aparece puxa o verso "Mas dá um tempo
na cachaça, Zé/ Para prolongar o seu viver" e a sambista Beth Carvalho
gravou algumas composições de Guineto, como "Coisinha do Pai",
"Pedi ao Céu" e "Tem Nada Não".
Fundo de Quintal e carreira solo
No início dos anos 80, ele ajudou a fundar o grupo Fundo de Quintal junto com os sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mas ele deixou o grupo logo após a gravação de "Samba é no Fundo de Quintal", primeiro LP do conjunto, e seguiu para carreira solo. O músico é autor de músicas como "Caxambu", "Meiguice Descarada" e "Conselho".
Fundo de Quintal e carreira solo
No início dos anos 80, ele ajudou a fundar o grupo Fundo de Quintal junto com os sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mas ele deixou o grupo logo após a gravação de "Samba é no Fundo de Quintal", primeiro LP do conjunto, e seguiu para carreira solo. O músico é autor de músicas como "Caxambu", "Meiguice Descarada" e "Conselho".
Sua notoriedade
como compositor e intérprete aumentaria ao longo daquela década. Beth Carvalho
gravou "É, Pois, É" em 1981, "À Luta, Vai-Vai!" e "Não
Quero Saber Mais Dela" em 1984, "Da Melhor Qualidade" com
Arlindo Cruz e outros sucessos.
Em 1986, foi
lançado o LP "Almir Guineto", que teve grande sucesso comercial.
Nesse disco, Almir Guineto gravou algumas de suas parcerias com Adalto Magalha,
Beto Sem Braço, Guará da Empresa, Luverci Ernesto e Zeca Pagodinho. Entre os
grandes destaques, estão "Caxambu", "Mel na Boca",
"Lama nas Ruas" e "Conselho".
Curiosidade
“Banjo no Samba, só existem dois:
Almir Guineto e Arlindo Cruz.” – Zeca Pagodinho. A frase é uma verdade popular,
apesar de vários nomes terem surgido com talento para o banjo desde aqueles
idos dos anos ’70 pra cá, mas um equívoco muito comum é atribuírem a INVENÇÃO
desse tipo de banjo a Almirzão, quando ele só o POPULARIZOU. O banjo original é
uma criação de povos africanos, que, assim como tudo, trouxeram para as
Américas grande parte de sua própria cultura. Registros anteriores, como da
jornalista Oneida Alvarenga, datam da década de 1930 o uso do banjo-cavaco,
assim como já li sobre Zezinho do Banjo, um dito pioneiro anterior a Guineto,
lá em São Paulo e até do próprio pai de Guineto, que teria utilizado também o
protótipo, mas a verdade é que Almir Guineto levou o instrumento para o lugar
certo no momento certo e não tem pagode que não se veja banjo repicando a toda. Fonte : Blog Raiz do Samba.
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