sábado, 4 de junho de 2016

Um Projeto de País e o Caminho da Oposição ao Golpe



Em 2002 o PT chegou mais preparado para disputa eleitoral e conseguiu sua primeira vitória nas urnas. Para eleger Lula o partido usou em sua campanha elementos de marketing com frases simples como,  "Não há Democracia sem povo" e  "Sem medo de ser feliz" .  Apresentou um programa com o social bem abrangente, que citava a necessidade  do combate à fome a à miséria. 




Vamos a uma pergunta que nos faz refletir. Será que o golpe de Estado, em curso no Brasil,  foi resultado da ambição ou do desespero da oposição à Dilma e ao PT?  Talvez a resposta mais próxima da realidade misture um pouco das duas opções.  




O Brasil de Lula para cá passou a se mostrar para o mundo como um país capaz de exercer um papel de destaque, não apenas na diplomacia, mas na economia e na política mundial. O novo projeto de país , que aliou desenvolvimento e inclusão social, incomodou a direita e  provocou  a sua reorganização. 




De fato, entre 2003 e 2014 o Brasil esteve em posição privilegiada em relação aos países do G20.  Nosso país pode testar sua  liderança no mundo como único BRIC que aliou democracia, desenvolvimento econômico e políticas de inclusão social bem sucedidas. 




Nesse período, pela primeira vez conseguimos desenvolver um projeto político com capacidade de projetar os interesses brasileiros no exterior e, ao mesmo tempo, contemplar a inclusão social no país. Ou seja, uma política externa que tinha como pano de fundo, simultaneamente, o social e o econômico.


O Protagonismo Político do Brasil na América Latina


Uma política externa com maior atenção para a América Latina, desde de 2003 almejada por Lula, levou o Brasil a exercer uma liderança política no continente, fato que passou a ser senso comum entre os diversos governantes dos países bolivarianos,  o que fortaleceu a   rede de sustentação das discussões  políticas do Mercosul.




Com Dilma na presidência a projeção internacional brasileira passou a influenciar diretamente às escolhas de políticas públicas internas,  que nos trouxeram resultados indiscutíveis.  A inclusão  social e econômica  de 35 milhões de pessoas teve como carro chefe a grande geração de empregos, o que  garantiu ao Brasil uma posição de destaque entre os países do BRICS.

Dilma na ONU – 2014

Por Celso Amorim... ”a Nova Política Externa brasileira, altiva e ativa nos dizeres do chanceler Amorim, torna-se cada dia mais duradoura e reconhecível: 12 anos de uma nova política externa reconhecida pelos líderes mundiais mais expressivos, analistas e mídias internacionais (com exceção de praxe da nossa mídia nativa colonizada e colonial).”

O Golpe de Estado e o Início da Crise


Através das diversas análises, quantitativas e qualitativas, do grande potencial produtivo do Brasil, com o pre-sal e um parque industrial em evolução, Podemos chegar à conclusão de que não demorou muito para o grande capital internacional passar a ver nosso país como um possível concorrente na disputa dos mercados.

Assim a oposição ao governo e ao PT,  a serviço do grande capital internacional operaram  o golpe de Estado de 2016.  Exatamente para impor um freio ao país que vinha despontando para o mundo como uma grande potência econômica. 

Logo, a crise que estamos vivendo hoje não começou agora. Ela se inicia ao final da primeira gestão da presidente  Dilma, em função da articulação entre empresários e parlamentares que se uniram para tomar o poder e usá-lo em prol de seus próprios interesses. 

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