quinta-feira, 30 de junho de 2016

PF, Por Favor - Deixe a Senadora Trabalhar



A população brasileira  cobra os resultados das investigações  da Polícia Federal e do Ministério Público para elucidar dúvidas em torno da morte de Eduardo Campos. Já são 10 meses de espera. Um caso de repercussão internacional, onde um dos candidatos à Presidência da República perdeu a vida de forma trágica. Desde o início há uma forte suspeita de fraudes  e outras dúvidas a respeito da compra do jato que transportou Campos.

Em junho/16, no dia 21, foi  anunciada  a existência de  uma organização criminosa  suspeita de movimentar mais de R$ 600 milhões e 04 pessoas foram presas em uma operação da Polícia Federal, que investiga a ligação entre o avião que caiu com o ex-governador de Pernambuco e então candidato à presidência Eduardo Campos, em agosto/14. 

Parecia que, enfim,  os resultados das investigações  seriam  divulgados de forma completa. Eis que surgem três fatos de grande repercussão na mídia:  1) a morte do empresário foragido da Operação Turbulência , Paulo Cesar Morato, o 5º nome dos envolvidos;  2) mais sensacionais “novas fases da Lava Jato” são deflagradas, com espetaculares mandatos de prisão, buscas e apreensões e conduções coercitivas e 3) prisão indevida do ex ministro Paulo Bernardo na Operação Custo Brasil, seguida de soltura.  

Não está  muito esquisito essa bagunça toda?  Como é que exatamente  na hora em que o país se preparava para conhecer a conclusão das investigações sobre a morte de Eduardo Campos  tantos fatos novos surgiram de uma só vez. Diante de tanta movimentação e investigações misturadas fica difícil para a população acompanhar. Daqui a pouco vamos completar um ano e a PF não consegue concluir o processo da Operação Turbulência. 

Continuo a achar que a Polícia Federal está agindo à margem dos critérios justos. Quando há  um petista envolvido, imediatamente, manda prender.  Quando a investigação envolve outros segmentos políticos a PF  não é tão rigorosa. No caso da prisão do ex-ministro Paulo Bernardo muitos blogs e sites jurídicos alertaram  que sua  a prisão , salvo algum elemento estivesse em segredo, não se sustentaria porque não encontrava amparo no Artigo 312 do Código de Processo Penal.   Foi dito e certo. 

Os fatos imputados ao investigado persistem e o processo deve continuar. O que é estranho é que mais uma vez, confirmou-se erro e exagero por parte da PF contra um petista. Outra dúvida em relação à PF;  como a Rede Globo tem livre acesso aos relatórios de suas investigações? Os vazamentos já ultrapassaram todos os limites aceitáveis.   

É bom lembrar também que a PF já tentou indiciar a Senadora Gleisi Hoffmann, esposa de Paulo Bernardo, mas teve que recuar por que o STF, em outros processos, havia se  pronunciado orientando que os deputados e senadores  só  possam ser  indiciados pela Procuradoria Geral da República. A PF está indo com tanta sede ao pote, em alguns casos, que chega até a tropeçar nas normas processuais.

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR),  juntamente com  Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lindbergh Farias ( PT – RJ)  formam uma espécie de pelotão de frente em defesa da presidente Dilma Housseff na Comissão do Impeachment do Senado. Eles  estão dando um show na defesa da presidente Dilma nas sessões da Comissão do Impeachment, o que parece incomodar a muita gente.  

Vejamos algumas  Declarações de Gleisi a respeito da prisão do seu marido:

Sobre a prisão: “Quando eu retornei, na segunda-feira, eu disse que retornava de cabeça erguida. Muitos me perguntaram se eu retornaria, porque o meu marido tinha sido preso e eu disse que a prisão tinha sido injusta, inconsequente, ilegal e que aquilo fazia parte mais de uma ação midiática para constrangê-lo do que qualquer outra coisa.”  

Sobre a soltura:  “Isso é fundamental para mim, para nós, porque essa prisão não tinha base nenhuma. Quem leu a decisão judicial não precisava nem ser advogado, via de pronto a fragilidade”.

Viva a Liberdade - Uma Expressão Singular 









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